Imagem: iStock/ Joa_Souza
A Petrobras (PETR4) apresentou resultados recorrentes em linha com as estimativas do mercado, com o aumento da produção do período compensando parcialmente a queda do petróleo.
Veja o desempenho da Petrobras por segmento
O segmento de Exploração e Produção (E&P) apresentou Receita de US$ 14,4 bilhões, -4% menor que o 1T25, número que consideramos sólido levando em consideração a queda de -10% do brent médio no período. Vale destacar também o lifting cost (custo de extração), que caiu -12% por menos intervenções e diluição de custos por conta da maior produtividade. Ainda assim, o Ebitda de E&P recuou -10% no período, para US$ 9,0 bilhões, afetado por algumas despesas não recorrentes.
O segmento de Refino manteve receita e Ebitda praticamente estáveis na comparação com o 1T25, em U$$ 19,8 bilhões e US$ 1,1 bilhão respectivamente, com aumento de vendas de gasolina e melhor sazonalidade sendo compensadas por efeito negativo de giro de estoques, queda de preços (que acompanharam parcialmente a desvalorização do petróleo) e aumento nos custos de materiais e serviços. Mesmo assim, o segmento manteve uma margem Ebitda saudável de 5% (em linha com o 1T25, e queda de -1% na comparação anual).
O segmento de Gás e Energia mostrou forte crescimento frente ao 1T25, com a nova infraestrutura do Rota 3 permitindo maior oferta e venda de gás nacional, além de reduzir a necessidade de importação. O Ebitda do segmento saltou de US$ 87 milhões no 1T25 para US$ 236 milhões no 2T25.
Lucro líquido ficou estável na comparação trimestral
No consolidado e desconsiderando efeitos não recorrentes do trimestre, o Ebitda atingiu US$ 10,2 bilhões, queda trimestral de -4%, afetado principalmente pela desvalorização do petróleo, parcialmente compensado por melhor produtividade.
Ainda assim, o Lucro Líquido recorrente ficou praticamente estável na comparação com o 1T25, em US$ 4,1 bilhões, ajudado por menor pagamento de imposto.
O capex ficou em US$ 4,4 bilhões, um pouco acima do 1T25 mas ainda bem abaixo dos US$ 5,7 bilhões que assustaram o mercado no 4T24, reforçando que aquele foi um número fora da curva.
- Onde investir para buscar dividendos? Analista recomenda 5 ações que pagam bons proventos; confira o relatório gratuito aqui.
PETR4: Resultados sólidos e dividendos
A companhia aproveitou para anunciar R$ 8,66 bilhões em dividendos aos acionistas, o que equivale a um yield de 2%, um pouco abaixo do que o mercado esperava, mas que deve melhorar à medida que a produção aumenta ao longo do ano.
Mesmo em trimestre que foi marcado por forte queda do petróleo e receios com tarifas, a Petrobras ainda conseguiu entregar resultados sólidos. Por apenas 4x lucros e um dividend yield esperado acima de 10%, as ações seguem com recomendação de compra em várias séries da Empiricus Research.