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Investimentos

Iguatemi (IGTI11): Desempenho operacional se impõe em trimestre marcado por mudanças; veja análise do 2T25

Os resultados operacionais do grupo Iguatmei (IGTI11) no segundo trimestre trouxe ótima performance dos shoppings.

Por Caio Araújo

06 ago 2025, 10:32

Atualizado em 06 ago 2025, 10:32

iguatemi fortaleza igti11

Imagem: Divulgação

Na noite de ontem (5), a Iguatemi (IGTI11) divulgou seus resultados operacionais do 2T25, com ótima performance dos seus imóveis.

O resultado foi influenciado por diversos efeitos não recorrentes, em função das recentes movimentações de M&A da companhia – especialmente a aquisição de participações nos shoppings Pátio Paulista e Higienópolis, além do desinvestimento no Complexo Market Place e no Galleria. Ainda assim, o destaque foi a performance operacional.

Vendas da Iguatemi crescem no trimestre

Considerando o incremento de ABL, as vendas totais somaram R$ 6,3 bilhões no trimestre, um crescimento de 27,4% em relação ao 2T24. Na mesma base de ativos, o crescimento foi de 14,4%.

As vendas nas mesmas lojas (SSS) avançaram 12,1% na comparação anual, impulsionadas pela qualificação do mix de lojistas promovida pela administração. Com isso, o aluguel nas mesmas lojas (SSR) cresceu 10,4%, o que representa um ganho real de 5,4 p.p. sobre o IGP-M médio aplicado na carteira.

A taxa média de ocupação foi de 96,4%, alta de 1,4 p.p. em relação ao 2T24, um dos maiores patamares já registrados para o período.

O custo de ocupação seguiu controlado, em torno de 10,5%, o que favorece o spread real positivo do portfólio. Outro destaque foi a inadimplência, praticamente zerada no trimestre (0,3%).

Na frente digital (I-Retail e Iguatemi 365), a receita cresceu 40%, com a adição de novas marcas. O Ebitda do segmento foi de R$ 2,5 milhões.

Com a boa performance dos empreendimentos, a receita líquida recorrente — que exclui os efeitos das novas aquisições e desinvestimentos — totalizou R$ 389 milhões no trimestre, alta de 22% em relação a 2024.

Graças à gestão eficiente de custos e despesas, o EBITDA ajustado alcançou R$ 288,4 milhões, 23,8% acima do 2T24.

Por outro lado, o resultado financeiro foi pressionado pelo aumento da alavancagem — essencial para a expansão do portfólio —, resultando em um prejuízo contábil de R$ 125 milhões.

Ao final, o FFO (Fluxo de Caixa Operacional) ajustado foi de R$ 240 milhões, alta de 56,2% na comparação anual. O FFO recorrente, no entanto, foi de R$ 141,2 milhões, queda de 8,2%, impactado pelo aumento da dívida.

Alavancagem saudável com reestruturação de portfólio: é hora de investir em IGTI11?

Apesar do efeito negativo no resultado de 2025, a Iguatemi encerrou o trimestre com uma alavancagem de 2,0x Dívida Líquida/EBITDA, patamar considerado saudável diante do potencial das aquisições recentes.

De forma geral, avaliamos o resultado como positivo, refletindo a reestruturação do portfólio, o aumento da ocupação e os leasing spreads favoráveis nas renovações contratuais. Para o segundo semestre, mantemos uma perspectiva construtiva, ainda que com possível desaceleração nas vendas.

Negociando a 8x o FFO projetado para 2026, consideramos que a ação IGTI11 está em um patamar atrativo de preço e, por isso, permanece como recomendação da Empiricus.

Administrador de empresas formado pela Fundação Getúlio Vargas (EAESP-FGV) e profissional da Empiricus Research desde 2016. Com as certificações CAIA e CNPI, é o analista de Real Estate e responsável pela série Renda Imobiliária, que atua no mercado de fundos de investimento imobiliários.