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Na noite de ontem (5), a Iguatemi (IGTI11) divulgou seus resultados operacionais do 2T25, com ótima performance dos seus imóveis.
O resultado foi influenciado por diversos efeitos não recorrentes, em função das recentes movimentações de M&A da companhia – especialmente a aquisição de participações nos shoppings Pátio Paulista e Higienópolis, além do desinvestimento no Complexo Market Place e no Galleria. Ainda assim, o destaque foi a performance operacional.
Vendas da Iguatemi crescem no trimestre
Considerando o incremento de ABL, as vendas totais somaram R$ 6,3 bilhões no trimestre, um crescimento de 27,4% em relação ao 2T24. Na mesma base de ativos, o crescimento foi de 14,4%.
As vendas nas mesmas lojas (SSS) avançaram 12,1% na comparação anual, impulsionadas pela qualificação do mix de lojistas promovida pela administração. Com isso, o aluguel nas mesmas lojas (SSR) cresceu 10,4%, o que representa um ganho real de 5,4 p.p. sobre o IGP-M médio aplicado na carteira.
A taxa média de ocupação foi de 96,4%, alta de 1,4 p.p. em relação ao 2T24, um dos maiores patamares já registrados para o período.
O custo de ocupação seguiu controlado, em torno de 10,5%, o que favorece o spread real positivo do portfólio. Outro destaque foi a inadimplência, praticamente zerada no trimestre (0,3%).
Na frente digital (I-Retail e Iguatemi 365), a receita cresceu 40%, com a adição de novas marcas. O Ebitda do segmento foi de R$ 2,5 milhões.
Com a boa performance dos empreendimentos, a receita líquida recorrente — que exclui os efeitos das novas aquisições e desinvestimentos — totalizou R$ 389 milhões no trimestre, alta de 22% em relação a 2024.
Graças à gestão eficiente de custos e despesas, o EBITDA ajustado alcançou R$ 288,4 milhões, 23,8% acima do 2T24.
Por outro lado, o resultado financeiro foi pressionado pelo aumento da alavancagem — essencial para a expansão do portfólio —, resultando em um prejuízo contábil de R$ 125 milhões.
Ao final, o FFO (Fluxo de Caixa Operacional) ajustado foi de R$ 240 milhões, alta de 56,2% na comparação anual. O FFO recorrente, no entanto, foi de R$ 141,2 milhões, queda de 8,2%, impactado pelo aumento da dívida.
Alavancagem saudável com reestruturação de portfólio: é hora de investir em IGTI11?
Apesar do efeito negativo no resultado de 2025, a Iguatemi encerrou o trimestre com uma alavancagem de 2,0x Dívida Líquida/EBITDA, patamar considerado saudável diante do potencial das aquisições recentes.
De forma geral, avaliamos o resultado como positivo, refletindo a reestruturação do portfólio, o aumento da ocupação e os leasing spreads favoráveis nas renovações contratuais. Para o segundo semestre, mantemos uma perspectiva construtiva, ainda que com possível desaceleração nas vendas.
Negociando a 8x o FFO projetado para 2026, consideramos que a ação IGTI11 está em um patamar atrativo de preço e, por isso, permanece como recomendação da Empiricus.
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