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Nesta terça-feira (4), a Iguatemi (IGTI11) divulgou seus resultados do terceiro trimestre (3T25), apresentando números acima das expectativas do mercado.
As vendas totais somaram R$ 6 bilhões no período, um avanço de 22,5% em relação ao 3T24, impulsionado pela recente expansão do portfólio — com destaque para o aumento de participação nos shoppings Pátio Paulista e Higienópolis. Nas mesmas bases, o crescimento foi de 9%, um desempenho considerado sólido.
Crescimento e estabilidade nas principais linhas de dados da Iguatemi
As vendas nas mesmas lojas (SSS) subiram 5,8%, mesmo diante de uma base comparativa desafiadora. Em linha, o aluguel nas mesmas lojas (SSR) apresentou alta de 7,1% em relação ao 3T24, representando crescimento real de 2,8 p.p. no período.
Vale destacar que o custo de ocupação (11,1%) e a taxa de inadimplência (-0,3%) permaneceram em níveis bastante saudáveis, reforçando a perspectiva positiva para renovações de aluguel no médio prazo. A taxa de ocupação encerrou o trimestre em 96,1%, praticamente estável.
O resultado operacional líquido (NOI) totalizou R$ 298 milhões, crescimento de 17,7% na comparação anual, com margem expressiva de 97,5%, evidenciando a eficiência do portfólio da companhia.
Na frente digital (I-Retail e Iguatemi 365), a receita líquida alcançou R$ 60 milhões, aumento de 43,5% frente ao 3T24. O resultado operacional foi novamente positivo, atingindo R$ 8 milhões (margem ebitda de 18,1%).
Com bom controle de despesas, o EBITDA ajustado atingiu R$ 302 milhões, alta de 20,6% em relação ao 3T24, com expansão de margem para 79,4%.
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Resultado financeiro de IGTI11 apresenta prejuízo maior; dado prejudica a tese?
Como esperado, o resultado financeiro apresentou prejuízo de R$ 102 milhões (+77,4% vs. 3T24), reflexo de:
- Maior custo de capital;
- Aumento do endividamento;
- Atualizações de contas a pagar vinculadas às aquisições recentes.
Com isso, o FFO ajustado registrou leve retração de 3,6% na comparação anual, somando R$ 160,3 milhões. Ao fim do trimestre, a Iguatemi manteve alavancagem controlada, com Dívida Líquida/EBITDA de 1,64x — patamar confortável frente ao histórico da companhia.
De modo geral, embora a dinâmica operacional e financeira já fosse amplamente antecipada pelo mercado, as elevações de margens foram surpresas positivas, que devem sustentar uma reação favorável das ações. As ações de IGTI11 negociam a 9,5 vezes FFO projetado para 2026 (FFO yield de 10,6%) e seguem entre as recomendações de compra da Empiricus.
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