Imagem: Divulgação/Intelbras
Na semana passada, a Intelbras (INTB3) anunciou a distribuição de R$ 300 milhões em dividendos. O movimento está em linha com o que vínhamos destacando nos últimos relatórios sobre o aumento de pagamentos extraordinários. A decisão aproveita o fato de que os dividendos anunciados em 2025, referentes às operações deste ano, estarão isentos da nova regra de tributação.
Avaliamos a distribuição como positiva. A companhia apresenta reservas de lucro relevantes, além de alavancagem controlada e forte geração de caixa e que devem permanecer controladas após a distribuição.
Os acionistas que estavam posicionados na segunda-feira (15) terão direito ao dividendo da Intelbras, que será pago no dia 23 de dezembro. O valor por ação INTB3 é de R$ 0,917, um yield de 7% considerando o preço de fechamento do pregão anterior ao anúncio.
A decisão de distribuir capital se fundamenta na robusta posição financeira da Intelbras. Na última divulgação (3T25), a companhia mantinha um caixa líquido R$ 211 milhões superior à sua dívida, uma posição muito confortável de endividamento. Soma-se a essa posição o fato de a empresa ser geradora de caixa e não ter previsão de aumento significativo de CAPEX para o próximo ano. Dessa forma, entendemos que a empresa está devolvendo o excesso de capital ao acionista sem comprometer o crescimento futuro e aproveitando, de forma inteligente, a janela da isenção tributária.
A companhia segue com o seu plano de reestruturação operacional iniciado neste ano, focado em disciplina e otimização de ROIC. Esperamos que essa estratégia continue a aprimorar as margens e a geração de caixa nos próximos anos. Negociando a um P/L projetado para o fim de 2026 de 7,2x, a Intelbras segue na carteira da Empiricus Research.
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