Na última terça-feira (30), após o fechamento do mercado, a Intelbras (INTB3) divulgou os resultados referentes ao segundo trimestre (2T25). Temos uma avaliação neutra, com a receita abaixo da esperada, que foi compensada pelos lucros, que superaram as nossas projeções, bem como as do mercado.
A receita líquida de R$1,25 bi veio abaixo da nossa projeção e ligeiramente inferior ao consenso de mercado (R$1,28 bi). Ainda assim, o montante representou um aumento de 5% em relação ao mesmo período do ano passado.
A receita do segmento de segurança veio em linha com nossas expectativas, (R$779MM vs. R$778MM est.), mas com um resultado mais fraco em TIC e Energia, que na comparação com o mesmo período do ano passado, tiveram uma queda de 0,5% e 19,5%, respectivamente. O desempenho da receita repercutiu nas linhas seguintes da DRE.
A margem bruta veio ligeiramente abaixo do esperado (29,4% vs. 30,1% no consenso), pressionada pelo impacto do AVP, pela redução de fornecedores e pelo efeito da alta da Selic sobre o valor presente das receitas.
O EBITDA do trimestre foi de R$154MM, abaixo da projeção do mercado (R$165MM), com margem de 12,4% frente aos 12,9% esperados. SG&A permaneceu praticamente estável na comparação anual.
Lucro líquido surpreende positivamente
No resultado financeiro, houve redução de 10% nas despesas na comparação trimestral e 7% na visão anual. Em paralelo, a receita financeira cresceu 10% yoy e 20% qoq, resultando em um desempenho acima do consenso nessa linha.
Ainda assim, o lucro líquido surpreendeu positivamente, alcançando R$136,2MM (vs. R$127,9MM, 6% acima do consenso), impulsionado por um resultado financeiro superior às projeções do mercado. A forte geração de caixa, de R$190MM no trimestre, também foi destaque positivo.
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Intelbras (INTB3): recomendação de compra
A companhia divulgou ainda que os impactos relativos à troca do ERP foram restritos ao primeiro trimestre. Apesar das surpresas negativas nos segmentos de TIC e Energia, a empresa mostrou força no seu core business, com resultado convincente e importante geração de caixa no período.
Negociando a um múltiplo P/L para o final de 2026 em 7,8x para o consenso de mercado e 8,3x nas nossas estimativas, seguimos com recomendação de compra na tese.