Imagem: montagem/Empiricus Research
O setor financeiro é um dos que desperta maior interesse dos investidores da bolsa brasileira. Por isso, a analista da Empiricus Larissa Quaresma projetou os resultados do segundo trimestre (2T25) dos chamados bancões da B3: Banco do Brasil (BBAS3), Itaú (ITUB4), Bradesco (BBDC4) e Santander (SANB11).
Na visão da analista, o Banco do Brasil é o que deve ter o pior resultado entre os quatro. Isso se deve, principalmente, à inadimplência no agronegócio – atualmente, o setor corresponde a cerca de 33% da carteira de crédito do BB.
Isso é corroborado pelos dados prévios do PIB. O IBC-Br de maio mostrou um recuo de 4,2% no setor agro, o que pode indicar uma pressão adicional na inadimplência e pesar sobre o balanço do BB no 2T25 – assim como ocorreu no primeiro trimestre.
“É uma questão cíclica. Estamos em um momento de baixa do ciclo agrícola, tanto por conta dos preços das commodities quanto pela alavancagem elevada da maioria dos produtores, principalmente pequenos e médios”, disse a analista.
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Bradesco e Santander: o que esperar para o 2T?
No caso do Santander, a analista também vê a inadimplência pesando sobre o resultado.
“Quando olhamos para os indicadores de inadimplência do sistema de crédito, vemos uma piora não só no agro, mas também naquele crédito livre à pessoa física e às pequenas e médias empresas. Vemos aumento de inadimplência no cartão de crédito, empréstimo pessoal e até consignado, e isso é natural dado o momento do ciclo monetário em que estamos”, comentou.
Nesse sentido, a analista acredita em um aumento mais forte nas provisões de inadimplência por parte do Santander por conta da carteira de crédito pouco conservadora.
Em relação ao Bradesco, a analista acredita em um resultado melhor que o dos pares Banco do Brasil e Santander, mas ainda longe do ideal.
“Não vai ser nem de perto tão ruim quanto Banco do Brasil, e não acho que vai mostrar sinais claros de inadimplência como o Santander. O Bradesco deve continuar nessa jornada de recuperação de ROE da operação bancária”, avalia.
A analista destaca que o banco tem o desafio de recuperar rentabilidade e reduzir a inadimplência, mas tem “feito o dever de casa de readequação de carteira”.
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Itaú (ITUB4) deve ser o grande destaque do 2T25, avalia analista
Na ponta positiva, a analista coloca o Itaú. Ela avalia que, no cenário atual, aqueles players com carteira de crédito mais defensiva conseguem se proteger.
“Esse é o caso do Itaú. O banco tem surpreendido na execução nos últimos três anos, graças à carteira conservadora”, comenta a analista.
Para isso, o banco foca seu crescimento em clientes de baixo risco de inadimplência, o que serve como defesa no ciclo de crédito atual.
Além disso, Larissa Quaresma projeta continuidade no crescimento de lucro e uma manutenção do ROE na casa dos 23%.
“Reconhecemos o valuation premiado, com múltiplo preço/valor patrimonial de 1,9x, o que, entretanto, é um prêmio justo pela execução previsível e rentabilidade superior aos pares”, completa a analista, que também destaca o dividend yield estimado de 10% para próximos 12 meses.
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Além de ITUB4: analista recomenda outras 9 ações para comprar agora
Pelos fatores mencionados na matéria, o Itaú está entre as 10 recomendações de ações da analista Larissa Quaresma para comprar agora.
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