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A Petrobras (PETR4) pode entregar dividendos adicionais mais cedo e em valores maiores do que o mercado precifica hoje. Esta é a perspectiva dos analistas do BTG Pactual.
A visão “fora do consenso”, como definiram os analistas do banco, foge das expectativas mais pessimistas dos investidores – que ficaram com o pé atrás, principalmente, com as especulações sobre um possível retorno de investimento da estatal em etanol e em GLP (gás de cozinha).
De acordo com relatório recente do BTG Pactual, há uma contraponto positivo em jogo para os investidores de PETR4: a produção de petróleo deve ser maior do que as projeções atuais indicam, enquanto os investimentos e custos (capex e opex) devem ser menores.
Na mesma linha, os analistas da Empiricus Research também estão otimistas com os papéis da estatal e, um dos motivos, é o Plano Estratégico 2026-2030 da companhia que deve ser anunciado em breve.
Plano de negócios de 2026-2030 pode sinalizar mudanças nos investimentos da Petrobras
A Petrobras pode reduzir em até US$ 8 bilhões as perspectivas de investimentos e gastos no próximo plano, de acordo com rumores que circularam no mercado. Para o analista Ruy Hungria, da Empiricus, isso seria uma sinalização positiva para os acionistas.
“Menos gastos e investimentos significam maior geração de caixa e, consequentemente, maior capacidade de distribuição de dividendos, o que deve agradar muita gente”, disse.
O analista explica que essa redução esperada é decorrente da queda nos preços do petróleo. As premissas do atual Plano Estratégico consideram o petróleo tipo Brent a US$ 83 por barril, contra uma média em 2025 mais próxima de US$ 70.
“Desde que o último plano estratégico foi divulgado, muita coisa mudou nos planos da Petrobras. Donald Trump encheu o mundo de tarifas, as maiores economias globais começaram a desacelerar e a Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) aumentou mês após mês a sua produção”, explicou o analista.
Com o preço da commodity em baixa, alguns projetos que eram viáveis passaram a pesar no orçamento.
“É importante destacar que muitos dos investimentos que estavam incluídos no plano anterior não eram realmente prioridade para a companhia, como projetos solares, eólicos, de etanol, entre outros, que podem aguardar um momento mais propício para os preços do óleo”, afirma Hungria.
Caso o rumor de redução no orçamento se confirme, a estatal poderá se concentrar nos ativos de Exploração e Produção de petróleo, o segmento mais rentável para a companhia e responsável por grande parte da distribuição de dividendos da Petrobras.
Ciclo eleitoral pode destravar valor adicional para a Petrobras, diz BTG
Além do novo Plano Estratégico, outro fator que pode ser positivo para a Petrobras, segundo analistas do BTG, é o ciclo eleitoral.
“Cada vez mais vemos a Petrobras como um play eleitoral. Maior clareza fiscal e estabilidade macroeconômica em direção a 2026 poderiam comprimir o custo de capital do acionista da companhia, abrindo espaço para uma reavaliação de valuation”, escreveram os analistas do BTG.
De acordo com as estimativas do banco, os pares do setor negociam atualmente com um prêmio de cerca de 20% no múltiplo EV/Ebitda. Uma convergência da Petrobras à essa média pode resultar em um retorno de aproximadamente 30% no valor de mercado das ações em relação aos níveis atuais.
Para o BTG, o primeiro catalisador para isso seria a confiança dos investidores na sustentabilidade dos dividendos. “A Petrobras precisa manter yields suficientemente atrativos para compensar o menor risco político e a maior estabilidade oferecida pelas grandes produtoras globais”, afirmam os analistas Luiz Carvalho, Gustavo Cunha e Bruno Henriques.
Por todos esses fatores, tanto a Empiricus Research quanto o BTG Pactual mantêm recomendação de compra para as ações PETR4.
Para Hungria, da Empiricus, “por apenas 4x lucros e um dividend yield de 10%, há muito pessimismo embutido no preço dos papéis”.
“Ainda vemos espaço para surpresas positivas, como a possível revisão no plano estratégico e o aumento de probabilidade de uma mudança no pêndulo político a partir de 2027, o que traria forte reprecificação para as ações da Petrobras”, disse.
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