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Após o fechamento do mercado na quarta (30), a Meta Platforms (B3: M1TA34 | Nasdaq: META) reportou seus balanços do segundo trimestre de 2025. Os números vieram acima das expectativas dos analistas, demonstrando a capacidade que a companhia tem tido de conseguir entregar produtos mais direcionados e serviços mais eficientes para seus clientes.
Nos três meses encerrados em junho, as vendas da Meta foram de US$47,516 bilhões, um aumento de 22% na comparação anual, com uma receita média por usuário de US$13,65 (+14,8%).

Apesar de outras frentes de trabalho, a receita da Meta é quase na sua totalidade proveniente da venda de espaço para anúncios, que totalizou US$46,563 bilhões no período, valor 21,5% maior na comparação anual. Esse forte aumento foi impulsionado tanto pela alta nas impressões de anúncios como no preço médio por ad (+11% e +9%, respectivamente).
Por outro lado, na parte operacional, a companhia teve um aumento de apenas 12% nos seus custos e despesas, que somou US$27,075 bilhões no trimestre. Um ponto positivo é que esse aumento se deu principalmente na linha de Pesquisa e Desenvolvimento (+22,8% vs. 2T24), o que demonstra a intenção da companhia de continuar fazendo melhorias nos seus produtos visando o longo prazo.
Dessa forma, essa alavancagem do negócio permitiu a empresa reportar um lucro operacional de US$20,441 bilhões no segundo trimestre de 2025, um crescimento de 37,8% frente ao resultado do segundo trimestre de 2024 e o que representa uma margem de 43,0% (+5 pontos percentuais vs. 2T24).
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Lucro e geração de caixa em alta na Meta
Na linha final do resultado, o lucro líquido da Meta foi de US$18,337 bilhões, ou US$7,14 por ação, valor 38,4% maior na comparação anual.
Juntamente com a ótima lucratividade, a Meta vem aumentando também significativamente a sua capacidade de geração de caixa.
No trimestre, o fluxo de caixa operacional da empresa foi de US$25,561 bilhões, um aumento de quase 32% ante o mesmo período de 2024 (US$19,370 bilhões). Isso fez com que a direção desse sequência no seu plano de investimentos, principalmente na infraestrutura necessária para o desenvolvimento de sua IA, alocando US$17,012 bilhões (+100% vs. 2T24).

Para o terceiro trimestre de 2025, a direção da empresa espera que a receita fique no intervalo entre US$47,5 bilhões e US$50,5 bilhões. Considerando o ponto médio dessa projeção, isso representaria um crescimento de mais de 20% na comparação anual.
Esse número fica ainda mais relevante se pensarmos que quase metade da população mundial (3,48 bilhões, +6,4% vs. 2T24) já utilizam seus aplicativos. E, mesmo assim, a companhia também tem conseguido aumentar esse número trimestre após trimestre.
Já em relação ao capex esperado para 2025, a CFO Susan Li atualizou levemente para cima os gastos do período, passando de um intervalo entre US$64 bilhões e US$72 bilhões para US$66-US$72 bilhões (mais de 30% os investimentos feitos em 2024).
Aquisições em IA chama atenção dos investidores
Um ponto de atenção entre os investidores tem sido as aquisições recentes feitas pela Meta no campo da IA. Um exemplo foi a compra de 49% da Scale AI por US$14 bilhões, seguido da contratação do CEO da startup, com objetivo principal de acelerar seu projeto Prometheus, iniciativa que visa a próxima geração de Inteligência Artificial.
Essa capacidade ímpar de conseguir aumentar sua base de usuários, com anúncios cada vez mais assertivos (permitindo a companhia cobrar mais por esses serviços) empolgou os investidores, com as ações subindo mais de 12% no mercado, levando a Meta para próximo da marca de US$2 trilhões em valor de mercado.
Apesar da forte valorização, ainda assim as ações da Meta (B3: M1TA34 | Nasdaq: META) seguem negociando por 24 vezes seus lucros projetados para o ano. Ainda que não seja um ativo extremamente barato, importante salientar que esse múltiplo se aproximou das 30 vezes no começo de 2025 – o que indicaria espaço para novos ganhos no papel.
Seguimos com recomendação de compra para as ações da companhia.