
2025 tem sido um bom ano para a bolsa brasileira e algumas ações de varejistas têm conseguido capturar esse movimento “na veia”. É o caso dos papéis da C&A (CEAB3) e Lojas Renner (LREN3), que valorizaram 144% e 58%, respectivamente.
No entanto, a Empiricus Research vê o investimento em outra varejista da bolsa local como mais atrativo no momento: “é uma super oportunidade de compra”, afirmou o CIO e estrategista-chefe da casa, Felipe Miranda.
Por que Renner e C&A não estão entre as recomendações da Empiricus?
A Empiricus não recomenda as ações LREN3 e CEAB3 por motivos diferentes. No caso da primeira, há dois fatores que pesam sobre as ações, segundo a analista Larissa Quaresma.
O primeiro, é o valuation pouco atrativo das ações. “Hoje a Renner negocia a cerca de 13 vezes os seus lucros para 2026, o que acho caro em comparação a outras varejistas”, disse.
O segundo ponto de atenção são os dados do sistema financeiro de inadimplência divulgados pelo Banco Central.
“A gente vê a inadimplência subir em todas as linhas, tanto pessoa física quanto jurídica. No caso da financeira da Renner, acho que isso pode ser um vento contrário ao longo do ano à medida em que a economia brasileira desacelera e a renda real fica cada vez mais comprometida pelo endividamento”, disse.
O caso da C&A é diferente, na avaliação de Felipe Miranda. O CIO da Empiricus vê a companhia “refinando a operação e executando com bastante sucesso sua estratégia”.
Além disso, o valuation da ação, apesar da alta superior a 140% em 2025, ainda é “razoável”, na visão do estrategista-chefe. “O valuation de 10 vezes os seus lucros para 2026 não é mais aquela pechincha, mas ainda é razoável”.
No entanto, ao avaliar os valuations, Miranda vê as ações do Grupo SBF (SBFG3) como as mais atrativas do setor.
“Quando você olha para o varejo de moda, o Grupo SBF negocia a 6 vezes os seus lucros para 2026, é uma distância muito grande [para as concorrentes]. É um desconto exagerado”, disse.
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SBFG3: Varejista recomendada pela Empiricus tem potencial mais atrativo que LREN3 e CEAB3
Nessa linha, a analista Larissa Quaresma vê o Grupo SBF com “uma das maiores assimetrias de valor do mercado brasileiro”.
A analista destaca que no primeiro trimestre de 2025 a companhia teve um “vento contrário”: o desempenho pior que o esperado do canal de atacado da Fisia, representante da marca Nike no Brasil que é controlada pelo Grupo SBF.
“No segundo trimestre, esse canal deveria mostrar boa melhora e, no terceiro, voltar a crescer”, afirmou.
Além disso, a analista vê um crescimento de receita da Fisia para 2026 com a Copa do Mundo no radar – a marca é a patrocinadora oficial da Seleção Brasileira. A partir de janeiro, a Nike também estampará a camisa do Atlético Mineiro e do Vasco, o que também pode impulsionar a receita da operação.
“O ritmo de abertura de lojas também deve acelerar em 2026. Faz total sentido que o Grupo SBF volte a crescer. Gosto da ação, é um valuation ‘absurdo’, e é uma das poucas varejistas que ficou para trás nesse rali de 2025”, conclui Larissa.
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Grupo SBF está na carteira de ações mais atrativas da bolsa brasileira feita pela Empiricus
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