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Neste ano, o Bitcoin (BTC) renovou algumas vezes sua máxima histórica. A última foi em 14 de agosto, quando a criptomoeda atingiu US$ 124.500.
Apesar da boa notícia para os investidores, a movimentação foi seguida de uma correção de mais de 12%, que derrubou o preço da moeda para a casa dos US$ 108 mil e resultou no questionamento se o ciclo de alta do ativo digital teria perdido força.
Luis Kuniyoshi, especialista em criptomoedas da Empiricus, acredita que não e aponta 2 fatores que contribuem para sua opinião:
- Bolsas estão se recuperando pelo mundo
- Cenário macroeconômico positivo para as criptos
Como a recuperação das bolsas influenciam o Bitcoin?
Kuniyoshi indica que uma boa maneira de entender melhor a situação, além da própria performance das moedas digitais, é olhar como anda a liquidez nas bolsas, se o dinheiro vai para ativos mais ou menos arriscados e os desempenhos dos índices.
Os índices americanos como a Nasdaq e S&P 500 se apresentam em um bom momento e se aproximam das suas máximas. Mas o grande destaque para o especialista é o Russell 2000 – índice das small caps.
“O Russell 2000 é o índice que contempla ações pequenas, que costumam performar muito bem quando o apetite por risco está muito alto, ou seja, quando a temos muita liquidez no sistema. Inclusive, é o mesmo ambiente onde criptomoedas performam muito bem”, explica Kuniyoshi.
Por isso, o índice outperformando os índices mais tradicionais é um bom sinal para as criptomoedas, por indicar que há apetite por risco.
Cenário macroeconômico está indicando luz no fim do túnel para o BTC?
O cenário macroeconômico nos Estados Unidos que favoreceu as máximas históricas do Bitcoin e de outras altcoins nos últimos meses permanece o mesmo, na opinião do especialista.
Entre os fatores positivos, estão uma economia pujante (que implica na expansão de liquidez) e o Federal Reserve dando sinais de que o início do ciclo de cortes de juros está próximo, podendo ocorrer ainda em setembro.
“As criptomoedas sofreram nos últimos dias com uma correção mais severa, por ser um mercado especulativo. Mas o cenário macro nos indica que isso deve ser apenas uma correção de curto prazo”, conclui Kuniyoshi.