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Economia

Federal Reserve (Fed): entenda como funciona e qual a importância do Banco Central Americano

O Fed (Federal Reserve) é o Banco Central Americano, instituição responsável pela emissão e controle do dólar. Entenda melhor como funciona o Fed e qual a sua importância.

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Data de publicação
15 de março de 2023
Imagem representando o Fed, mostrando a fachada da instituição.

Todo investidor que está há algum tempo imerso no mercado financeiro, com certeza, já deve ter ouvido falar em Fed, que é frequentemente mencionado, principalmente, quando o assunto envolve política internacional, bolsa de valores e economia.

O Fed atua como um órgão financeiro central dos Estados Unidos, ou seja, se aproxima do que os brasileiros conhecem como Banco Central do Brasil. Suas funções vão desde garantir estabilidade e equilíbrio econômico, até estabelecer as taxas de juros para o país. Além disso, o Fed pode influenciar também na economia brasileira.

O que é o FED?

O Fed, sigla para Federal Reserve System, é uma organização financeira dos Estados Unidos responsável por supervisionar o sistema bancário, bem como, definir a política monetária do país. Essa instituição é semelhante ao Banco Central do Brasil (Bacen).

Com o possível risco de falência em que se encontravam diversos bancos dos Estados Unidos naquela época, o Federal Reserve foi criado em 1913 com o objetivo de garantir segurança, flexibilidade e estabilidade para a saúde financeira do sistema bancário norte-americano, além de ser idealizado como um meio de conciliar os interesses do Governo junto aos bancos privados do país.

Além disso, é importante ressaltar que o Fed é uma instituição política independente em relação ao Governo e demais organizações norte-americanas. Isso significa que ele pode atuar de forma autônoma e dissociada dos três poderes: executivo, judiciário e legislativo.

Como o FED funciona?

O Banco Central Americano, Fed, é composto por três entidades principais: Federal Reserve Board of Governors, Federal Reserve Banks e FOMC – Federal Open Market Committee.

  • Federal Reserve Board of Governors: é um órgão independente constituído por 7 membros, que são indicados pelo presidente dos Estados Unidos e passam por aprovação no Senado. Os membros podem ter um mandato de 4 a 14 anos. Eles têm como função regulamentar a atividade bancária e se certificar de que tudo está em funcionamento.
  • Federal Reserve Banks: atuam como os bancos centrais das regiões norte-americanas com a função de transmitir as moedas aos bancos. São 13 instituições, no total, que ficam em cidades específicas: Washington D.C., Chicago, Nova York, San Francisco, Boston, Kansas City, Atlanta, Minneapolis, Dallas, Richmond, Philadelphia e St. Louis.
  • FOMC: o Federal Open Market Committee possui a função de definir a taxa básica de juros dos Estado Unidos e é composto por 19 participantes. Porém, eles não conduzem as decisões sozinhos, portanto, contam com o auxílio dos presidentes dos bancos de cada distrito e dos 7 membros do Board of Governors.

Funções do FED

A Reserva Federal, além de conduzir a política monetária da maior economia do mundo, Estados Unidos, também é responsável pela definição de taxa de juros e por oferecer as melhores opções de acordo com o momento em que o país se encontra economicamente.

É esse órgão que garante o bem-estar financeiro norte-americano por meio da solidificação e regulamentação de normas, assim como, supervisão das instituições financeiras.

O Fed também é encarregado da compra e venda de títulos públicos com o objetivo de estabilizar o sistema financeiro e regularizar a economia.

Ademais, é possível ressaltar as atividades dessa organização que dizem respeito a impressão da moeda-corrente dos Estados Unidos, dólar, utilizada diariamente nas transações financeiras mundo afora.

É interessante destacar que as atividades do Fed são tão importantes para os EUA quanto para as outras economias globais, uma vez que o país em questão é uma potência mundial.

Importância do FED para a economia americana e mundial

O Fed tem grande influência no sistema financeiro global, inclusive, na economia brasileira. Em sua grande maioria, as transações financeiras, como os investimentos, são realizadas em dólar. Pode-se pegar como exemplo o preço das commodities, como soja, carne, café, entre outras, que são dolarizadas.

Desse modo, se a taxa de juros norte-americana sofreu variações, isso implicará diretamente na economia e nos investimentos brasileiros.

Caso a taxa de juros esteja baixa nos Estados Unidos, há a possibilidade de os investidores globais buscarem novas oportunidades de investimento em países emergentes. Nesses cenários, o Brasil tende a receber um fluxo maior de recursos e capitais.

Ademais, a compra e venda de títulos também influencia as economias. Quando o Fed adquire títulos do mercado, ele está aplicando dinheiro na economia. Porém, quando vende, ele retira o dinheiro e coloca títulos no mercado, o que também causa grande impacto na economia como um todo.

Por conta desses motivos é que o Fed consegue impactar diretamente na economia global. Além disso, ele é acompanhado de perto por todos os investidores e, caso ocorra uma grande movimentação, há também uma vasta cobertura midiática das atividades dessa organização.