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Investimentos

O que esperar dos resultados do 3T24 nos EUA e no Brasil? Descubra no Morning Call do BTG Pactual desta quinta (10)

Felipe Miranda, da Empiricus, e Jerson Zanlorenzi, do BTG Pactual, comentam possibilidades para a temporada de balanços corporativos do 3T24.

Por Nicole Vasselai

10 out 2024, 11:46

Atualizado em 10 out 2024, 11:52

resultados 3T24

Imagem: iStock.com/MTStock Studio

Mais uma temporada de divulgação de balanços corporativos está por vir. Nesta semana, grandes bancos americanos estreiam o calendário dos resultados do terceiro trimestre de 2024 (3T24) e, em novembro, é a vez das empresas brasileiras reportarem seus números.

Com a chegada da temporada, Felipe Miranda, CIO da Empiricus Research, e Jerson Zanlorenzi, analista do BTG Pactual, trazem, no Morning Call desta quinta (10), algumas percepções sobre o que esperar, de forma geral, das companhias.

Big techs: o que esperar dos resultados do 3T24?

Para Zanlorenzi, a tendência nesta temporada é o mercado ser bastante exigente com os balanços divulgados pelas empresas internacionais. “Elas vêm com resultados e guidances cada vez mais altos. O sarrafo parece que subiu”, avalia.

Nesse sentido, Miranda cita Nvidia (NVDA34), que, no 2T24, divulgou números melhores que o esperado, mas os investidores não se contentaram. “Foi até curioso, porque ela soltou um bom resultado, superou expectativas e mesmo assim a ação derreteu. Parece que foi algo do tipo ‘superou, mas não superou tanto'”, conta.

Na visão do analista, essa dinâmica pode se repetir na temporada do terceiro trimestre. “Mas o mercado aprende. A temporada passada é uma proxy de que as coisas estão boas, estão construtivas, mas não significa que a empresa vai superar a superação da expectativa. Foi uma boa lição”.

Por outro lado, ele lembra que, depois de uma primeira reação negativa do mercado, as ações de Nvidia voltaram a subir e bateram novos recordes.

“E agora, há uma grande expectativa em relação à Nvidia Blackwell, sobre a qual tudo que se fala é superior ao que se falava antes”. Apenas para contextualizar, essa é a nova microarquitetura de GPU da Nvidia, anunciada em março de 2024. Ela representa um importante avanço na computação acelerada e em aplicações de inteligência artificial (IA).

Vale a pena investir?

De forma geral, Miranda diz estar construtivo com os balanços das big techs: “Os lucros estão saudáveis, estão crescendo, e os valuations não são propriamente baratos, mas, mesmo com big techs, quando você faz o gráfico correlacionando o preço da ação com o lucro, essas coisas estão andando meio juntas. Até o lucro sobe um pouquinho mais em janelas longas”.

Dessa forma, o especialista acredita que é confortável investir no índice S&P 500, mesmo não sendo necessariamente barato agora: “O S&P 500 é o melhor ativo do mundo, então raras as vezes você vai comprar isso barato, mas não é pelo preço, é pela qualidade que ele tem”.

E as empresas brasileiras no 3T24?

Miranda relembra o investidor de que o 2T24 já trouxe resultados muito bons das companhias locais e que, inclusive, foi um gatilho importante para a Bolsa. “Vimos as ações caminharem muito bem até meados de setembro, até porque o crescimento do lucro das empresas deveria fazer preço”, afirma.

Para a temporada do 3T24, o analista acredita que a “foto” do momento das empresas ainda seja boa: “Os balanços estão saudáveis, as empresas estão em bons momentos”.

Ele também elogia as prévias operacionais já divulgadas por algumas empresas. Como exemplo, ele cita Tenda (TEND3) e Cyrela (CYRE3).

“Tenda tem recorde histórico de lançamento, parece estar ajustando a rota, e Cyrela também divulgou uma prévia super forte, fez R$ 2,5 bilhões de vendas e negociando abaixo de 5x lucros para o ano que vem. É um nome premium negociado muito barato”.

Por fim, Miranda reforça que o gatilho que pode impulsionar a Bolsa pode vir a qualquer momento e de diferentes frentes. “Você não sabe de onde vem o trigger, mas pode vir dos resultados trimestrais, de uma reunião com a Febraban… E se você tivesse o trigger claro, o preço já seria outro também”.

Inclusive, o analista-chefe da Empiricus Research liberou gratuitamente a lista de 10 ações brasileiras que não podem faltar na sua carteira de outubro. Para saber quais são, acesse por aqui.

Editora do site da Empiricus. Jornalista formada pela Faculdade Cásper Líbero, com MBA em Análise de Ações e Finanças e passagem por portais de notícias e fintechs.