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Investimentos

Petroleiras reagem à manutenção de produção da OPEP+: Petróleo volta a ganhar espaço como proteção de carteira?

Enquanto o petróleo é visto por muitos como um ativo de proteção de portfólio, comunicados anteriores da OPEP+ deixavam investidores incertos.

Camila Paim Figueiredo Jornalista

Por Camila Paim

03 jun 2025, 11:31

Atualizado em 03 jun 2025, 11:31

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Imagem: iStock/ @mysticenergy

O petróleo voltou a subir nesta terça-feira (3), dando sequência ao ânimo do mercado relacionado à decisão da OPEP+ de manter o aumento já programado de produção para julho, com acréscimo de 411 mil barris por dia. 

Com  a notícia, no fechamento do mercado na segunda-feira (2), os contratos futuros do Brent — referência global e dos preços praticados pela Petrobras — para agosto subiram 2,95%, fechando a US$ 64,63 o barril. Enquanto isso, o barril do petróleo cru WTI, referência no mercado americano, para julho avançava 2,85%, a US$ 62,52.

Apesar de uma maior disponibilidade da commodity tender a derrubar os preços — seguindo a lógica de oferta e demanda para commodities —, o mercado reagiu com alívio. Isso porque o temor, segundo Ruy Hungria, analista da Empiricus Research, era um aumento ainda maior da produção, o que poderia pressionar os preços para baixo. A decisão pela manutenção foi lida como um sinal positivo.

Petróleo volta a brilhar olhos de investidores como hedge

Neste último fim de semana, o reaquecimento de tensões geopolíticas entre os Estados Unidos e China, e Ucrânia e Rússia, reacenderam o interesse por proteção nas carteiras (hedge, no jargão do mercado). “Historicamente, em momentos de incerteza internacional, o petróleo tende a se valorizar por seu papel de proteção geopolítica”, disse Hungria.

Neste cenário, o mercado começa a precificar novos aumentos da commodity para os próximos meses. 

Enquanto isso, nos bastidores da OPEP, o analista levanta que algumas notícias sugerem que a Rússia e outros países defendem uma pausa no aumento da produção a partir de agosto. Caso esse movimento se concretize, teremos um cenário de menor oferta no horizonte — pressionando os preços para cima e alavancando os valores das empresas do setor.

“Com muitas tarifas, a expectativa é de que a demanda global caia bastante [nos EUA]. Ao mesmo tempo, a OPEP estava anunciando a elevação da oferta e provocando a queda nos preços de petróleo. Por isso pode ser que em agosto, caso haja uma pausa, ela se reflita em alta”, afirma Hungria.

Jornalista formada na Universidade de São Paulo (USP), com mobilidade acadêmica na Université Lumière Lyon 2 (França). Trabalhou com redação de jornalismo econômico e mercado financeiro, webdesign e redes sociais, além de escrever sobre gastronomia e literatura.