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A Porto (PSSA3) entregou mais uma surpresa positiva no 2T25. O lucro líquido ajustado foi de R$ 878 milhões no trimestre, 10% acima da projeção consensual, com expansão trimestral de 6%, e de +50% anualmente.
Ainda, o retorno sobre patrimônio líquido (ROE) foi de 24,6%, 0,8 ponto percentual maior sequencialmente, e 6,2 p.p. acima do mesmo trimestre do ano passado. O resultado foi puxado pelas verticais Seguro, Saúde e Bank. Finalmente, a companhia revisou para cima seu guidance do ano, o que é positivo.
Veja o desempenho da Porto por vertical
Em Seguro, a receita de prêmios somou R$ 5,4 bilhões, expansão anual de 5%, com destaque para Vida (+17%) e Patrimonial (+6%). O grande ponto positivo foi a redução anual de 2,1 p.p. na sinistralidade, em função do menor impacto de eventos climáticos – no 2T24, esse indicador foi afetado pelas enchentes no Rio Grande do Sul. Com isso, o lucro líquido cresceu 16% na mesma visão, para R$ 434 milhões, com ROE de 31,1%, +6,2 p.p. na comparação anual.
A frente de Saúde viu sua receita crescer 27% anualmente, para R$ 2,0 bilhões, devido à expansão de 24% no número de beneficiários. A sinistralidade também caiu 2,1 p.p. na mesma visão, devido à estratégia de verticalização virtual, com Time Médico Porto, parcerias e combate a fraudes. Inclusive, a companhia reduziu o guidance de sinistralidade em 2 p.p. para o ano fechado, indicando que a boa performance deve continuar. Assim, o lucro líquido da vertical cresceu 45% na visão anual, para R$ 106 milhões, com ROE de 22,4% (+0,2 p.p.).
Por sua vez, o Bank também teve forte resultado. A receita se elevou em 30%, atingindo R$ 1,8 bilhão, puxada pelos empréstimos (+29%), consórcio (+28%) e capitalização (+17%). A vertical também teve seu guidance revisado para cima, com aumento de 6 p.p. no crescimento da receita, agora previsto em +26% para o ano. Ademais, a inadimplência permaneceu controlada no trimestre, mesmo que os índices de atraso superiores a 90 dias tenham subido por um efeito contábil. Com isso, o lucro líquido cresceu 31% anualmente, para R$ 204 milhões, e o ROE ficou em 27,6% (-0,7 p.p.).
A frente de Serviço registrou receita de R$ 624 milhões, queda anual de 2%, devido ao menor número de atendimentos em função da menor sinistralidade do período em Seguro. Com isso, seu lucro líquido somou R$ 45 milhões, -7% na visão anual.
Finalmente, o Resultado Financeiro também foi um forte contribuidor para a performance do trimestre, com expansão anual de 121%, para R$ 376 milhões. Isso se deve ao reconhecimento do maior IPCA nos títulos atrelados à inflação, assim como a performance das posições em bolsa.
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PSSA3: Recomendação de compra
Novamente, a Porto entrega forte expansão de lucro e de rentabilidade, uma consistência possibilitada pela diversificação entre as 5 frentes de negócio.
A composição é tal que permite uma compensação entre as sazonalidades das diferentes verticais, proporcionando um sólido crescimento de lucro à companhia. PSSA3 negocia a 10,1x seu lucro estimado para 2026, com possibilidade de revisões altistas. Esse parece um preço atrativo a pagar por uma operação crescente e rentável. Por isso, mantemos a recomendação de compra.
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