
Imagem: Divulgação
A Prio (PRIO3) registrou em maio uma produção consolidada de 99,8 mil barris por dia (boed), uma alta de 9,4% frente ao mês anterior, refletindo a retomada parcial da produção no campo de Frade após interrupções operacionais. O resultado, embora positivo, ainda está abaixo do potencial pleno da companhia, com alguns ativos enfrentando desafios operacionais pontuais.
No campo de Frade, a produção subiu ~70% m/m, mas segue aquém do esperado, impactada por uma falha no sistema de compressão de gás durante sua retomada após uma parada programada. Segundo a empresa, a falha já está sendo resolvida, o que deve permitir a normalização do campo.
O cluster Polvo + TBMT segue pressionado pela parada dos poços TBMT-10H e TBMT-4H, devido a falhas em bombas submersas. A companhia iniciou o processo de manutenção nos poços, o que deve destravar produção adicional nos próximos meses. Já o campo de Albacora Leste manteve desempenho estável m/m. No campo de Peregrino, a produção permaneceu estável m/m em 39,6 mil boed, enquanto as vendas totais do mês somaram 2,3 milhões de barris, queda de 25% m/m.
Prio mantém destaque entre os pares, mas produção ainda está distante do esperado
Apesar da recuperação frente ao mês de abril, a produção da Prio em maio ficou abaixo da média registrada no 1T25 e ainda distante do nível que se espera para os próximos anos, quando a companhia poderá ultrapassar a marca de 200 mil barris produzidos por dia.
Mesmo em um cenário de preços de petróleo pressionados (~ US$ 65/barril) pela dinâmica macroeconômica global, a Prio segue se destacando entre os pares do setor no Brasil, sustentada por um dos menores custos de extração da indústria e um potencial expressivo de geração de caixa.
A expectativa é de que esse desempenho se traduza em um yield acumulado superior a 100% até 2028, reforçando a atratividade da empresa como uma tese sólida de longo prazo, com perfil de carrego e qualidade, sendo negociada a um múltiplo de P/L de ~3x para 2026 segundo o consenso de mercado.
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