Imagem: Divulgação/ Canva PRO/ Montagem Seu Dinheiro
A Raízen (RAIZ4) informou em comunicado ao mercado a dissolução da joint venture com o grupo mexicano Femsa.
A medida é mais um passo do plano de desinvestimento da sucroalcooleira, fruto de uma joint venture entre Cosan (CSAN3) e Shell. “Essa decisão está alinhada à estratégia de reciclagem e simplificação do portfólio de negócios”, afirmou a companhia no fato relevante nesta quinta-feira (4).
Com o fim da união entre as empresas, mantido desde 2019, ficou decidido que:
- A Raízen receberá 1.256 lojas de conveniência Shell Select e Shell Café e continuará os negócios nos modelos de franquias de postos;
- A Femsa ficará com 611 mercados de proximidade Oxxo, distribuídos por 25 cidades do país, e o centro de distribuição em Cajamar (SP), além das dívidas e do caixa da joint venture.
Oxxo é ‘perdedora de dinheiro’ e Cosan se livra de ‘bomba atômica’
A notícia do encerramento da joint venture foi bem recebida por Felipe Miranda, CIO da Empiricus Research, e que tem recomendação de compra para as ações da holding Cosan.
“Isso é muito bom porque a Oxxo é perdedora de dinheiro e a Raízen tinha uma dívida no acordo. Não houve troca monetária, [a dívida] fica para a Femsa e a Cosan leva os postos de conveniência. A Cosan se livrou de uma bomba atômica”, afirma Miranda em live no Instagram nesta quinta-feira (4).
Além disso, o analista relembra que as ações CSAN3 sobem mais de 15% nos últimos trinta dias.
“Ela ainda tem um endividamento, mas é uma ação que em um ciclo positivo poderia triplicar com liquidez. É um caso raríssimo de possibilidade de turnaround e desalavancagem. Tem Compass e Rumo no portfólio, tem terras maravilhosas, acho que Cosan pode ser uma reunião única de potencial de valorização”, comenta Miranda.
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