Imagem: Reuters/Divulgação Mercado Livre
Na semana passada, o Mercado Livre (MELI34) confirmou uma tratativa que consiste na aquisição da farmácia “Target”, da Memed, em São Paulo, indicativo de que vai começar atuar nesse concorrido ramo brasileiro. Com baixo nível de detalhes, entendemos que a entrada, apesar de desafiadora, pode trazer bons frutos para a companhia.
A Memed é controlada por fundos da DNA Capital e atua com soluções digitalizadas na área da saúde. Na parte farmacêutica, atua como plataforma de vendas de produtos e consegue oferecer venda direta de medicamentos com prescrição digital.
A operação já foi registrada junto ao CADE. Se aprovada, possivelmente veríamos um novo player no segmento de remédios. Em geral, esse varejo é mais complexo que o tradicional devido à criticidade dos produtos, à agilidade necessária para remédios de uso urgente e à regulação, especialmente no Brasil.
Historicamente, o e-commerce nessa frente teve mais relevância com venda de medicamentos sem necessidade de prescrição.
Parte importante das vendas de farmácias estão ligadas a situações que exigem dispensação rápida de medicamentos que, devido às regras de retenção de receitas, trazem obstáculos importantes para uma iniciativa de e-commerce.
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Mercado Livre já atua no setor no México
No México, onde a regulação é mais branda no setor, o Mercado Livre atua desde 2023, e desde então tem conseguido ganhar market share com preços competitivos e agilidade na entrega.
Mesmo que as vendas sejam limitadas a medicamentos sem prescrição no momento, é uma nova possibilidade de receita e consolidação de uma das empresas com maior capacidade logística da América Latina. Dada a expertise com as operações do México, um serviço rápido e com valores competitivos pode trazer oportunidades de crescimento significativo da atuação no país.
Negociando a um múltiplo P/L de 35x para o ano de 2026, com prêmio pelo seu potencial de crescimento, MELI34 segue recomendada pela Empiricus.
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