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Investimentos

Renda fixa: LCAs e CDB para investir em semana decisiva de Copom; confira

O BCE interrompeu o ciclo de corte de juros. Agora, mercado aguarda decisões do Copom e Fed.

Por Lais Costa

29 jul 2025, 13:50

Atualizado em 29 jul 2025, 13:50

renda fixa titulos cdb lca

Imagem: iStock.com/cagkansayin

Na zona do euro, o Banco Central Europeu (BCE) interrompeu o ciclo de afrouxamento monetário e manteve a taxa de juros inalterada em 2,00% ao ano, como amplamente esperado pelo mercado. 

O comunicado do BCE foi bastante curto e trouxe ajustes que apontaram para um tom mais cauteloso, ao destacar que o cenário segue “excepcionalmente incerto”, especialmente diante de riscos externos.

Na coletiva, a Presidente Christine Lagarde chamou atenção para os riscos em relação à atividade, citando a escalada das tensões comerciais e a piora no sentimento do mercado como fatores que podem levar empresas e famílias a frearem gastos e investimentos.

Em relação à inflação, Lagarde afirmou que a perspectiva para o índice de preços está mais incerta do que o normal por causa da instabilidade nas relações comerciais entre países. Um euro mais forte e tarifas mais altas podem fazer os preços subirem menos do que o esperado, enquanto a incerteza no cenário global poderia aumentar a cautela das empresas em relação a novos investimentos.

Embora o BCE tenha mantido um tom conservador, desde a decisão o mercado tem aumentado a probabilidade de um corte adicional de juros ainda neste ano, atingindo um pouco mais de 50% até agora.

Nos EUA, o Federal Reserve se prepara para mais uma decisão de juros amanhã (30)

Os juros americanos devem ser mantidos inalterados no intervalo de 4,25% e 4,50%, contudo, parte do mercado espera que a decisão seja dividida, com até dois votos a favor de um corte de 25 pontos-base (pbs) no Fed Funds.

Na coletiva de imprensa, o Presidente Powell deve se abster de comentários sobre as crescentes pressões políticas sobre sua remoção. Além disso, Powell deve manter um tom neutro em relação à próxima reunião, se apoiando no fato de que haverá duas novas rodadas de dados de mercado de trabalho e inflação até 17 de setembro.

Hoje o mercado precifica dois cortes de 25 pontos-base (pbs) neste ano, e cerca de 50% de chance do primeiro acontecer em setembro.

Brasil às vésperas da decisão do Copom

No Brasil, o IPCA-15 de julho veio acima do esperado. O índice subiu 0,33% m/m, versus a mediana das projeções de 0,31%. No acumulado de 12 meses, o indicador avançou para 5,30% a/a, marginalmente acima dos 5,28% esperados. Embora o número cheio tenha ficado acima do consenso, a composição do indicador foi benigna.

O grupo de não duráveis continua mostrando deflação, com queda do preço de alimentos (mesmo que aquém do esperado) e higiene pessoal. Os semiduráveis também contribuíram negativamente para o indicador, puxada pela queda de vestuário.

Em administrados, a energia elétrica segue como maior contribuidor, devido à bandeira tarifária. Para agosto, a Aneel elevará para a bandeira vermelha nível 2, reforçando a forte dinâmica dessa linha à frente.

Mais relevante, o grupo de serviços mostrou aceleração devido ao forte aumento de passagens aéreas. A medida de núcleo, contudo, ficou aquém do esperado. Os serviços intensivos em mão de obra mostraram desaceleração importante no período.

Em suma, o qualitativo da inflação doméstica segue surpreendendo positivamente. Em relação à política monetária, o Banco Central (BC) deve permanecer confortavelmente em silêncio nas próximas três reuniões. 

Para essa quarta-feira (30), o BC deve reforçar a mensagem de que a Selic deve ser mantida inalterada por um período bastante prolongado, ecoando o alto nível de incerteza global, dada a escalada de tensões entre o Brasil e os EUA. A desancoragem das expectativas de inflação também devem continuar sendo ponto focal de desconforto da autarquia.

Contudo, desde o último Copom, os dados de atividade e inflação têm apontado para um arrefecimento gradual da economia brasileira. Além disso, o comportamento da moeda brasileira e os dados de crédito têm sido compatíveis com um alto grau de aperto monetário, à despeito do fiscal frágil.

O mercado continua esperando o início do ciclo de corte de juros mais para o final do primeiro trimestre de 2026, contudo, uma desaceleração da atividade além do estimado pode ser gatilho para uma mudança dessa precificação.

Continuamos gostando dos títulos prefixados de curto prazo.

Cardápio da semana

Características da LCA prefixada do BTG Pactual
Classificação de risco da instituiçãoFitch: AAA (bra)
Público-alvoInvestidores em geral
Onde encontrarBTG Pactual
Aplicação mínimaR$ 1 mil
Aplicação máxima
LiquidaçãoD+0
Vencimento (prazo)29/07/2026 (365 dias corridos)
Rentabilidade anual13,01% a.a.
TributaçãoIsenta
Pagamento de jurosNo vencimento
ResgateNo vencimento
GarantiasFundo Garantidor de Créditos (FGC)
Horário limite de aplicação17h45
A taxa líquida da LCA do BTG é equivalente a uma taxa bruta de 15,77% a.a..
Características da LCA prefixada do Banco Daycoval
Classificação de risco da instituiçãoFitch: AAA (bra)
Público-alvoInvestidores em geral
Onde encontrarBanco Daycoval
Aplicação mínimaR$ 10 mil
Aplicação máxima
LiquidaçãoD+0
Vencimento (prazo)30/07/2026 (366 dias corridos)
Rentabilidade anual13,55% a.a.
TributaçãoIsenta
Pagamento de jurosNo vencimento
ResgateNo vencimento
GarantiasFundo Garantidor de Créditos (FGC)
Horário limite de aplicação18h
A taxa líquida da LCA do Daycoval é equivalente a uma taxa bruta de 17,49% a.a..
Características do CDB prefixado do Banco BV
Classificação de risco da instituiçãoFitch: AAA (bra)
Público-alvoInvestidores em geral
Onde encontrarÁgora Corretora
Aplicação mínimaR$ 1 mil
Aplicação máximaAté o final do estoque (R$ 2 milhões)
LiquidaçãoD+0
Vencimento (prazo)27/04/2026 (272 dias corridos)
Rentabilidade bruta anual13,18% ao ano
TributaçãoIsenta
Pagamento de jurosNão
ResgateNo vencimento
GarantiasFundo Garantidor de Créditos (FGC)
Horário limite de aplicação15h
A taxa líquida da LCA do BV é equivalente a uma taxa bruta de 17,73% a.a..

As taxas e vencimentos do títulos indicados nas tabelas acima são referentes ao dia 29 de julho de 2025 e, portanto, são válidos apenas para o dia de hoje (22) e podem mudar devido as oscilações de mercado.

Vale destacar que a série Super Renda Fixa tem como foco principal recomendar títulos de crédito privado com uma relação de risco e retorno atrativa, atendendo à demanda de assinantes que buscam retornos acima dos títulos públicos. 

Para a sua reserva de emergência, aquele dinheiro que você pode precisar no curtíssimo prazo, recomendamos apenas o Tesouro Selic, disponível na plataforma do Tesouro Direto, ou fundos DI taxa zero

Engenheira eletricista pela UTFPR com passagem pelo MIT e especialização em finanças pela Columbia University. Iniciou a carreira no mercado financeiro com foco no mercado de bonds nos EUA. Após uma experiência na Itaú Asset em NY, ela esteve por três anos no time de Global Macro Strategy da XP Inc também em NY, cobrindo mercados emergentes asiáticos e Brasil com foco em criação de ideias de investimento de renda fixa para clientes institucionais. Desde maio de 2021, Laís faz parte do time de análise da Empiricus. Por dois anos foi responsável pela alocação e seleção de fundos globais e hoje é a analista a frente das séries Super Renda Fixa e Os Melhores Fundos de Investimento.