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Investimentos

Com resultados crescentes e ótima geração de caixa, Vivo prova de novo por que é considerada uma empresa defensiva

A Vivo (VIVT3) apresentou resultados do 1T23 bastante sólidos, mostrando a resiliência do segmento mesmo diante de um contexto macroeconômico complicado.  A Receita Líquida Core apresentou bom crescimento de 15,4%, com desempenhos positivos tanto do segmento móvel, como também do segmento fixo (majoritariamente fibra). No segmento móvel, houve melhora em praticamente todos os indicadores (receita […]

Por Ruy Hungria

10 maio 2023, 12:06

Atualizado em 10 maio 2023, 12:07

Vivo (VIVT3)
Imagem: Rafael Borges/Money Times

A Vivo (VIVT3) apresentou resultados do 1T23 bastante sólidos, mostrando a resiliência do segmento mesmo diante de um contexto macroeconômico complicado. 

A Receita Líquida Core apresentou bom crescimento de 15,4%, com desempenhos positivos tanto do segmento móvel, como também do segmento fixo (majoritariamente fibra).

No segmento móvel, houve melhora em praticamente todos os indicadores (receita pré e pós pago, venda de aparelhos, acessos e churn), já com reflexos positivos da aquisição de ativos da Oi

No segmento core fixo, que é composto pelos negócios de fibra (internet e TV) e serviços para empresas (B2B), a receita (+13% vs 1T22) foi ajudada pela expansão da rede e crescimento da base de clientes, além de reajustes de preços. 

Enquanto o segmento core segue expandindo, o segmento não-core (majoritariamente voz fixa e TV a cabo) recuou -20% trimestre, e segue atrapalhando um pouco o crescimento consolidado. A notícia boa é que ele segue perdendo representatividade – 6,7% da receita total no 1T23 vs 9,4% no 1T22. 

Com isso, a receita consolidada cresceu +12,1% no 1T23, e atingiu R$ 12,7 bilhões. 

A maior participação do segmento B2B, vendas de aparelhos e reajustes de salários acabou fazendo os gastos crescerem em ritmo um pouco mais acelerado do que a receita, o que impactou a margem Ebitda (-0,9 p.p.). Ainda assim, o Ebitda cresceu +9,6% no período, e chegou a R$ 4,95 bilhões, em linha com as estimativas. É importante notar que esses segmentos, apesar de detratores de margem, são muito menos intensivos em capital, o que ajuda o ROIC. 

O Fluxo de Caixa Livre cresceu ainda mais no período (+26% no período), ajudado pelo maior Ebitda e também por menores investimentos no período.

Na comparação com o 1T22, o endividamento líquido aumentou R$ 4 bilhões, em função da aquisição dos ativos da Oi, o que impactou o resultado financeiro em -25%. Mesmo assim, a companhia apresentou um ótimo crescimento de +11,3% no Lucro Líquido, que chegou a R$ 835 milhões. 

Mesmo com uma economia anêmica, a Vivo mostrou mais uma vez por que é considerada uma empresa defensiva, com resultados crescentes e ótima geração de caixa no 1T23.

Negociando por 4 vezes o Valor da Firma/Ebitda com um dividend yield que deve superar os dois dígitos em 2023 após a redução de capital anunciada em fevereiro, as ações de Vivo (VIVT3) seguem como recomendação da Empiricus Research.

Bacharel em Física formado na Universidade de São Paulo (USP), possui MBA de Finanças na Fipe e iniciou a carreira no mercado financeiro em 2011, na própria Empiricus Research. Está à frente da série da casa focada em opções desde 2018, além de contribuir na elaboração e decisões de investimentos nas séries da Empiricus focadas em microcaps e dividendos, além de fazer o acompanhamento de companhias de diversos setores, com mais foco em Utilities e Oil & Gas. Desde o início de 2020 é colunista do portal Seu Dinheiro.