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Investimentos

Resultados da Prio (PRIO3) confirmam cenário difícil no 2T25; veja análise

Queda no preço do barril de petróleo e custo de extração maior foram principais detratores da Prio no 2T25

Por Larissa Quaresma, CFA

06 ago 2025, 10:52

Atualizado em 06 ago 2025, 13:04

PRIO PRIO3

Imagem: Divulgação/PRIO

Na terça-feira (5), após o fechamento do mercado, a Prio (PRIO3) divulgou os resultados do segundo trimestre do ano. A expectativa ruim do mercado, em função de paradas na produção, foi confirmada. A queda do preço do barril de petróleo e o custo de extração maior foram os principais detratores de performance.

A receita líquida apurada foi de US$ 470 milhões, 33% menor que o mesmo período no ano passado (US$ 707 milhões), 6% abaixo das projeções do mercado, que esperava US$ 497 milhões. Os principais detratores da receita foram o preço médio do barril, em US$ 66 (-22% A/A), e o volume de vendas (-4% A/A).

O custo de extração (lifting cost) foi de US$ 13,8/barril (+8% T/T), aumento em linha com nossas expectativas, o que resultou em custo total de US$ 116 milhões (+48% A/A). Isso se deu principalmente pelo alto dispêndio no campo de Peregrino, que, sob operação da Equinor, ofende o lifiting cost médio da companhia. O campo representou 42% das vendas, e o impacto no custo foi patente.

A combinação de receita em queda e custo maior resultou em um lucro bruto de US$ 300 milhões ex-IFRS16 (v.s. US$ 585 milhões no 2T24), queda de 57% A/A. A margem bruta foi de 15% (ante 52% no 2T24). 

As despesas gerais e administrativas ficaram estáveis. Assim, o EBITDA foi de US$ 250 milhões, 14% abaixo do consenso de US$ 290 milhões. O lucro líquido do período foi de US$ 153 milhões, auxiliado pelo imposto de renda diferido.

PRIO3: Por que seguimos construtivos com a tese?

Apesar do resultado adverso, as expectativas já eram mais pessimistas para o trimestre. A produção aumentou em junho, voltando para a faixa de 109 mil barris por dia, retornando à média do primeiro trimestre. 

Os olhos se voltam para os próximos trimestres, com o início da produção em Wahoo e Peregrino, que devem trazer 100 mil boepd em 2026 (atingindo 200 mil boepd total, dobrando a produção da companhia). Ademais, isso deve trazer uma diminuição significativa do lifting cost, trazendo a eficiência e crescimento característicos da empresa.

Negociando a um múltiplo P/L de 6x para o fim de 2026 e uma expectativa de fluxo de caixa livre para o acionista de 58% para o biênio de 2026-2027, seguimos construtivos para Prio.

Analista de ações há 10 anos, é responsável pela série As Melhores Ações da Bolsa e pela carteira mensal Empiricus 10 Ideias, além de integrar a equipe da Carteira Empiricus, o portfólio multimercado da casa. Ao longo da carreira, teve passagens pela Núcleo Capital, tradicional fundo de ações brasileiro, e pelo Credit Suisse. Administradora formada pelo Ibmec-MG, aluna visitante da Stanford University e com certificações CFA, CNPI e CGA.