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S&P 500: Analista diz ver pouca margem de valorização para a bolsa americana nos patamares atuais; veja os motivos

Apesar da alta de quase 6% do S&P desde o Liberation Day de Donald Trump, valuation e cenário de incertezas pedem cautela, segundo Enzo Pacheco

Por Maisa Leme

05 jun 2025, 10:51 - atualizado em 05 jun 2025, 10:51

sp 500 bolsa americana queda eua baixa dólar

Imagem: iStock.com/mphillips007

Desde que Donald Trump assumiu a presidência dos Estados Unidos, os investidores têm convivido com incertezas. A maior delas veio no dia 2 de abril, quando o republicano anunciou as tarifas recíprocas que “derrubaram” os mercados globais – em especial o S&P 500 e as bolsas de países mais afetados pelo “tarifaço”.

Apesar do susto inicial, o S&P 500, índice que contempla as 500 maiores empresas da bolsa norte-americana, se recuperou nas últimas semanas – desde o “Liberation Day”, a alta é de quase 6%.

Dado o cenário, valorização não é suficiente para analista ter convicção no S&P 500

Mas, apesar da valorização, o analista Enzo Pacheco, da Empiricus, vê o investimento na bolsa norte-americana com cautela. 

“A alta que tivemos nos últimos dois meses foi muito calcada nas teses de tecnologia. O resultado da Nvidia trouxe de volta uma certa empolgação com a inteligência artificial. Antes, outros players de tecnologia também apresentaram bons resultados”, disse em entrevista ao programa Giro do Mercado, do Money Times.

Pacheco, inclusive, diz ter dúvidas se o S&P 500 será capaz de apresentar forte valorização para além do patamar de 6 mil pontos em que se encontra.

“O múltiplo preço/lucro do índice saiu de 18 vezes no Liberation Day e voltou para cima das 21 vezes. Mas continuamos com dúvidas sobre as tarifas, além de outras notícias [negativas], como a reclamação dos EUA de que a China não estaria fazendo sua parte no acordo comercial, com a China rebatendo. Fica esse ‘vai e vem’”, afirmou.

Nesse sentido, o analista diz acreditar que a pernada de alta “foram os investidores aproveitando as teses de tecnologia” e não representam uma oportunidade sólida de investimento no país, principalmente em meio a um período de tantas incertezas.

“Nesses patamares [de preços], tenho certa preocupação se o índice tem capacidade de uma valorização maior daqui para frente”, conclui.

Na entrevista ao Giro do Mercado, o analista também falou sobre os conflitos entre Trump e Jerome Powell e outras bolsas internacionais. Veja na íntegra abaixo:

Sobre o autor

Maisa Leme

Jornalista em formação pela Faculdade Cásper Líbero. Atualmente, estagia em redação no site da Empiricus.