Imagem: Ike Stahlke/Sanepar
A Sanepar (SAPR11) divulgou resultados abaixo das expectativas, com aumento tímido de receita e uma série de gastos não recorrentes que acabaram prejudicando a última linha do demonstrativo.
A Receita Líquida da Sanepar cresceu 2,5%, para R$ 1,7 bilhão, ajudada por efeitos positivos de reajustes/revisões tarifárias e faturamento de esgoto, que mais do que compensaram um leve recuo no volume faturado de água, mesmo com o aumento de ligações.
Receita da Sanepar cresce, mas balanço trimestral decepciona
No entanto, os gastos pioraram bastante no período, impactando negativamente o resultado operacional. Apesar do bom controle na linha de Pessoal, Materiais e Energia Elétrica, o forte aumento em Serviços de Terceiros e, principalmente, provisões para contingências (não recorrentes) levaram a linha de Custos e Despesas crescer +14,3%.
Com esses impactos, o Ebitda da Sanepar caiu -16,8% no período, para R$ 536 milhões. O Lucro Líquido caiu -30%, para R$ 263,8 milhões, atrapalhado também por um ajuste negativo no ativo financeiro contratual (devido a piora na curva de juros e expectativa de fluxo de caixa das concessões), parcialmente compensado por uma reversão na linha de imposto.
Em geral, os resultados foram fracos, afetados principalmente pelo aumento de gastos não recorrentes. Por outro lado, gostamos do bom controle na linha de pessoas, materiais e energia elétrica, que mostram avanços em alguns segmentos, e deixam bons sinais para os próximos trimestres.
Por apenas 4,7x valor de firma/ebitda, e possíveis surpresas positivas envolvendo o precatório, Sanepar segue entre as nossas ações recomendas.
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