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Neste mês, a Porto (PSSA3) divulgou os dados operacionais de julho de 2025, mostrando um desempenho em linha com o esperado, tanto no crescimento, quanto nos outros indicadores, gerando uma visão neutra.
Quais foram os resultados dos segmentos da Porto (PSSA3)?
Houve leve expansão nos prêmios emitidos consolidados, totalizando R$ 1,84 bilhão, alta de 5,1% ano contra ano. O avanço foi sustentado pelo desempenho consistente do segmento Auto, que atingiu R$ 1,38 bilhão (+2,9% vs. julho de 2024) e cresceu 8,7% frente a junho de 2025, movimento em linha com a sazonalidade do mês.
Já os segmentos Patrimonial e Transporte, com R$ 0,29 bilhão, e Vida, com R$ 0,17 bilhão, registraram crescimento de 7,2% e 11,7% ano contra ano, respectivamente.
No acumulado do ano, a Porto (PSSA3) soma R$ 9,3 bilhões em prêmios, ante R$ 9 bilhões nos primeiros sete meses de 2024, avanço de 3,3% ano contra ano. O market share no período é de 27% dos prêmios em 2025.
O total de prêmios ganhos somou R$ 1,79 bilhão, aumento de 2,3% m/m, também favorecido pela sazonalidade e em linha com o crescimento de jul/24 (2,9% m/m).
O crescimento anual foi de 3,5%, com destaque para a frente de Vida (+6,7% a/a), apesar de sua menor representatividade no montante consolidado.
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Pressão sobre a sinistralidade e margens
Quanto à sinistralidade, o segmento Auto consolidado apresentou 57,9% aumento de 1,9 p.p. em relação a julho de 24. A proporção de sinistros ficou acima do registrado em 2024 em seis dos sete meses do ano, sinalizando desafios em 2025 para o setor no controle de custos e possível pressão sobre a rentabilidade do negócio.
O índice de comissionamento também subiu para o Auto, passando de 21,1% em julho de 2024 para 21,9% em julho de 2025, fator que igualmente comprime as margens.
Apesar dessa pressão, é esperado que o segmento Auto tenha uma maior sinistralidade. A expansão da rentabilidade da Porto (PSSA3) deve seguir vindo das demais frentes de atuação.
A empresa segue líder em emissão de prêmios. O crescimento relativamente mais forte em patrimoniais, transportes e vida, ainda que com peso menor que o Auto, amplia gradualmente a diversificação do portfólio.
Paralelamente, as operações de banking e saúde avançam expressivamente (+28% e +27,4% ano contra ano no 2T25, respectivamente) e já respondem por 26% da receita, reduzindo a dependência do core de seguros e oferecendo maior resiliência em cenários desafiadores.
Ainda vale a pena investir em Porto (PSSA3)?
Mantemos Porto Seguro entre as recomendações da Empiricus, negociando a um múltiplo de 9x P/L estimado para 2026, com valuation ainda atraente para o ativo.