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A Telefônica Brasil – Vivo (VIVT3) divulgou mais uma rodada de resultados operacionais sólidos, em linha com as estimativas do mercado, mas lucro um pouco abaixo do esperado por alguns efeitos não recorrentes.
Desempenho de segmentos da Telefônica
O Negócio Móvel (celular) cresceu 6,7% na comparação com o 2T24, com o ótimo avanço do pós-pago, ajudado pela migração do pré-pago/controle, reajuste de preços e novos clientes. Esse avanço mais do que compensou o recuo do pré-pago e desaceleração na venda de aparelhos.
No Negócio Fixo, a receita avançou 8%, com ótimo desempenho do segmento de fibra (que cresceu 10% vs 2T24 ajudado principalmente pelo aumento nas casas conectadas) e também pelo segmento de soluções corporativas e serviços digitais (+20% vs 2T24). O crescimento do negócio fixo só não foi maior porque os serviços legados (voz e cabo) recuaram -9,5% no período, mas seguem perdendo relevância no consolidado.
No consolidado (Fixo + Móvel), a Receita Líquida da Telefônica atingiu R$ 14,6 bilhões, alta de 7,1% na comparação com o 2T24. A companhia também mostrou bom controle dos gastos, que cresceram menos do que a receita principalmente por maior controle na linha de despesas comerciais e de infraestrutura, que é a mais relevante e aumentou apenas 3,5%.
Com isso, o Ebitda cresceu 8,8% frente ao 2T24, para R$ 5,9 bilhões, em linha com as estimativas, e ganho de 0,6 p.p. de margem.
Lucro da Telefônica cresce 10%; vale a pena investir?
Apesar do resultado operacional em linha, o resultado final foi impactado por maiores despesas financeiras em função de uma base de comparação atípica (no 2T24, houve um impacto positivo de R$ 330 milhões com a reversão de atualizações monetárias de provisões). Ainda assim, o Lucro Líquido da Telefônica cresceu +10% na comparação anual, para R$ 1,3 bilhão.
O Fluxo de Caixa Livre ficou praticamente estável, em R$ 3 bilhões, ajudado pelo maior Ebitda e pela desaceleração dos investimentos, mas parcialmente afetado por maiores impostos e pagamentos de leasing. Ainda assim, o yield de Fluxo de Caixa Livre anualizado atingiu 12%.
Apesar de números praticamente em linha com as expectativas, o 2T25 da Vivo apenas reforça sua solidez e seu bom momento operacional. Por apenas 4,5x ebitda e um dividend yield superior a 8%, Vivo segue entre as recomendações da Empiricus Research para buscar dividendos.
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