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Investimentos

Turbulência nos mercados diante de temores com alta de juros nos EUA e avanço da Covid na China; no Brasil, ainda tem a tensão entre poderes; Eletrobras (ELET6) pagará gordos dividendos e IRB (IRBR3) revela prejuízo; veja os destaques

Em seu grupo Ideias Antifrágeis no Telegram, Felipe Miranda comenta sobre o cenário e temas quentes que movimentam o mercado financeiro

Por Daniela Rocha

25 abr 2022, 11:39

Atualizado em 16 maio 2022, 20:14

Os mercados iniciam a semana em clima de mau humor. Por trás disso, os temores em relação à alta da taxa de juros nos Estados Unidos e ao avanço da Covid-19 e o consequente lockdown na China

De acordo com Felipe Miranda, co-CEO da Empiricus, o avanço dos juros na economia americana afeta negativamente as empresas de tecnologia e cases de crescimento que possuem fluxos de caixa no futuro. 

Por sua vez, a situação da China impacta as ações das produtoras de commodities. 

“O cenário geral é de aversão ao risco. O governo chinês aponta explicitamente o aumento vertiginoso do número de casos de Covid e também a difícil detecção. Isso derruba os preços das commodities como petróleo e minério de ferro, afetando os mercados emergentes, incluindo o Brasil”, destacou o analista nesta segunda-feira (25/04) em seu grupo no Telegram Ideias Antifrágeis , canal direto que mantém com os assinantes da casa.

Portanto, hoje, o efeito negativo é bem naquilo que beneficiou a Bolsa brasileira, que ainda acumula retorno positivo no ano contra outras bolsas internacionais, em contexto global difícil. 

Aqui no Brasil, a turbulência é intensificada por questões internas, mais especificamente pela ‘rusga’ entre os poderes, mais uma vez há ‘barulho institucional’. 

Neste domingo (24/04), o cientista político Luciano Dias participou de uma live exclusiva para assinantes da Empiricus e comentou que essa crise tende a se conter. “A leitura é que a elevação dessa temperatura será dissolvida em grande medida. Claro que sempre tem risco, mas na visão dele, o cenário mais provável é que os ministros do STF acabem não escalando essa história”, diz. 

Pauta corporativa: Eletrobras (ELET6), Cyrela (CYRE3) e IRB (IRBR3)

A Eletrobras (ELET6) segue como boa pagadora de dividendos. A companhia anunciou na última sexta-feira a distribuição de R$ 1,340 bi até o final deste ano. O mercado nutre expectativas em relação ao seu processo de privatização. “O ministro das Minas e Energia, Bento Albuquerque, voltou a falar sobre a intenção de privatizar a companhia entre o final  do primeiro semestre e começo do segundo”, destaca Felipe. 

Outra empresa que informou o pagamento de proventos foi a Cyrela (CYRE3): a incorporadora distribuirá R$ 217 milhões em dividendos. 

Felipe Miranda comentou ainda o desempenho negativo do IRB Brasil (IRBR3). A resseguradora encaminhou à Susep (Superintendência de Seguros Privados) seu relatório periódico com dados de fevereiro de 2022 – um prejuízo líquido de R$ 50,9 milhões, comparado com o lucro de R$ 20,8 milhões no mesmo mês do ano passado. “Difícil esse turnaround, acho que a tese de Guilherme Aché (sócio e gestor da Squadra Investimentos) de short (posição vendida) em IRB se demonstra ainda adequada”, conclui. 

 

Coordenadora de Conteúdo na Empiricus. Jornalista com MBA em Finanças na FIA. Atuou nas editorias de economia da TV Cultura e da Band e foi colaboradora do Valor Econômico, Exame e RI.