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A Eletrobras (ELET6) anunciou ao mercado a venda integral de sua participação na Eletronuclear, para a J&F.
Apesar de o valor recebido de R$ 535 milhões ser pouco representativo para a Eletrobras, que vale mais de R$ 120 bilhões na Bolsa, a transação tem um impacto líquido bastante positivo.
Eletronuclear era ‘dor de cabeça’ para Eletrobras
A Eletronuclear tem sido um problema há décadas para a Eletrobras, seja pela falta de resultados ou pelas obrigações bilionárias na construção e manutenção das usinas.
No acordo com a União firmado em março, a Eletrobras havia se livrado da obrigação de realizar novos aportes no segmento nuclear, o que já representava um grande alívio – segundo estudos do governo, somente a finalização de Angra 3 demandará investimentos da ordem de R$ 20 bilhões.
Mesmo assim, neste ano a Eletrobras ainda teve de emprestar R$ 2,4 bilhões para o projeto de extensão da vida útil de Angra 1. Com a venda, a J&F também assumirá essas debêntures, deixando a Eletrobras totalmente liberada de eventuais responsabilidades com a Eletronuclear.
Esse movimento não apenas melhora a alocação de capital (libera recursos para investimento em negócios com retornos mais atrativos) como também elimina riscos de crédito ou de futuros aportes associados à Eletronuclear.
A tese de investimentos na Eletrobras tem evoluído trimestre a trimestre, e esse é mais um passo na direção correta. Por apenas 6 vezes o Ebitda esperado para 2026 e espaço para melhorias adicionais, Eletrobras segue em várias carteiras da Empiricus.
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