No mercado financeiro, uma expressão ganhou espaço entre investidores e analistas: buy the dip. Traduzida livremente como “comprar na queda”, essa prática sugere aproveitar momentos de desvalorização temporária dos ativos para adquirir papéis a preços mais baixos, com a expectativa de ganho futuro.
A ideia é simples, mas sua execução exige cautela. Afinal, nem toda queda representa oportunidade, e distinguir um “mergulho” passageiro de uma tendência negativa duradoura é o grande desafio para quem aposta nessa estratégia de investimentos.
O que é buy the dip?
Buy the dip é uma estratégia que consiste em comprar ações após uma queda significativa de preço, partindo do princípio de que essa desvalorização é momentânea e será seguida por uma recuperação.
O termo “dip” significa “mergulho”, justamente para retratar esse movimento de baixa repentina no valor de um ativo. Assim, investidores que praticam essa abordagem acreditam que momentos de correção de mercado podem abrir portas para lucros futuros, desde que os fundamentos do ativo permaneçam sólidos.
Esse raciocínio é amplamente usado na compra de ações, mas também pode ser aplicado a outros ativos, como criptomoedas, fundos ou ETFs.
- [Carteira recomendada] Conheça as 10 ações recomendadas pela equipe da Empiricus Research para buscar lucros na bolsa nos próximos meses. Clique aqui para acessar o relatório gratuito.
Como funciona o buy the dip?
O funcionamento do buy the dip parte da ideia de ciclos de mercado. Em qualquer bolsa, os preços de ativos não seguem uma linha reta: eles sobem e descem em resposta a fatores econômicos, políticos e até psicológicos.
Nesse contexto, o investidor que adota a estratégia busca identificar quedas temporárias para entrar em posições a preços mais atrativos. O processo pode ser resumido em três etapas:
- Identificação da queda: reconhecer que houve uma desvalorização acima da média, muitas vezes causada por ruídos de curto prazo.
- Análise do ativo: verificar se os fundamentos permanecem sólidos. Se a empresa continua apresentando bons resultados, por exemplo, a queda pode representar oportunidade.
- Compra planejada: realizar a entrada no ativo durante o “mergulho”, com expectativa de valorização futura.
Aqui entram em cena tanto a análise fundamentalista (para avaliar a saúde financeira da empresa) quanto as análises técnicas, que ajudam a identificar pontos de suporte, resistência e volume de negociações.
Qual é a hora certa para buy the dip?
Determinar o momento ideal é a parte mais complexa da estratégia. Nem toda queda representa um “dip” passageiro: em alguns casos, ela pode indicar problemas estruturais que continuarão pressionando o preço para baixo.
Alguns pontos que ajudam a identificar a hora certa:
- Correções de mercado: quedas generalizadas após períodos de valorização expressiva costumam ser oportunidades, desde que não haja mudanças graves nos fundamentos econômicos.
- Eventos pontuais: notícias negativas de curto prazo, como resultados trimestrais abaixo do esperado, podem gerar volatilidade sem comprometer a trajetória de longo prazo da empresa.
- Tendências de longo prazo: se o ativo está inserido em um setor com boas perspectivas, quedas temporárias podem ser vistas como chance de entrada.
Por outro lado, quedas motivadas por fraudes, problemas estruturais ou mudanças regulatórias profundas podem não se reverter, representando riscos elevados.
Vantagens do buy the dip
- Preços mais baixos: permite adquirir ativos a valores menores, potencializando retornos futuros.
- Disciplina de longo prazo: incentiva o investidor a aproveitar oportunidades em vez de reagir com pânico.
- Acessibilidade: pode ser usada por investidores iniciantes e avançados, adaptando-se a diferentes perfis.
Riscos do buy the dip
Apesar do apelo, o buy the dip não é uma estratégia infalível. Entre os principais riscos, o investidor por cair em uma armadilha de valor, ao comprar um ativo em queda acreditando em uma recuperação que não vem. Com excesso de confiança em algumas companhias, é possível às vezes supor erroneamente que um recuo nos preços será temporário, o que pode levar a perdas significativas.
Além disso, outro risco do buy the dip acontece em períodos de alta volatilidade, por incertezas globais, por exemplo, em que as quedas podem se prolongar mais do que o esperado.
Por isso, muitos investidores associam o buy the dip a uma estratégia de longo prazo, combinando compras recorrentes em quedas com uma análise criteriosa dos fundamentos.
- Onde investir neste mês? Veja 10 ações em diferentes setores da economia para buscar lucros. Baixe o relatório gratuito aqui
Buy the dip em diferentes mercados
Embora seja mais popular na compra de ações, o buy the dip também ganhou espaço em outros mercados:
- Criptomoedas: a volatilidade extrema do setor atrai investidores que buscam lucrar com recuperações rápidas.
- ETFs: fundos que replicam índices permitem ao investidor comprar o “mergulho” do mercado como um todo.
- Fundos imobiliários: quedas temporárias em cotas de FIIs podem representar oportunidades de entrada em ativos de renda passiva.
É a estratégia de comprar ativos financeiros em queda, acreditando que a desvalorização é temporária e será seguida de recuperação.
O investidor identifica quedas pontuais, analisa fundamentos e aproveita o momento para comprar a preços mais baixos.
Quando a queda é resultado de correções ou eventos pontuais, sem comprometer os fundamentos do ativo.
O principal risco é confundir uma queda temporária com uma tendência de baixa duradoura.
Não. Ele também pode ser aplicado em criptomoedas, fundos imobiliários e ETFs.
" alt="Equipe Empiricus" width="56px" height="56px">
