Os CFDs são instrumentos financeiros que permitem lucrar com a variação de preços de diferentes ativos, sem precisar comprá-los diretamente.
Muito utilizados em mercados como o europeu e o asiático, os contratos por diferença também vêm ganhando espaço entre investidores brasileiros interessados em diversificar e operar com alavancagem no mercado internacional.
O que são CFDs?
CFD é a sigla para contract for difference, um acordo financeiro entre duas partes — geralmente o investidor e a corretora — para trocar a diferença de valor de um ativo entre o momento da abertura e o fechamento da operação.
O investidor não adquire o ativo em si (como ações, commodities ou moedas), mas apenas especula sobre sua valorização ou desvalorização. Isso permite lucrar tanto com a alta como com a queda do preço de mercado, desde que a movimentação seja prevista corretamente.
Os CFDs são considerados derivativos financeiros, já que derivam do valor de um ativo subjacente, como:
- Ações;
- Índices de mercado;
- Moedas (forex);
- Commodities;
- ETFs.
Esse tipo de operação é amplamente utilizado por investidores que desejam operar com maior flexibilidade, sem os custos e burocracias de uma posse direta.
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Como funcionam os CFDs?
Na prática, ao negociar um CFD, o investidor abre uma posição com base na expectativa de que o preço do ativo irá subir (posição comprada) ou cair (posição vendida).
Veja um exemplo simples:
- Você acredita que as ações da empresa X, que hoje valem R$ 100, vão subir;
- Abre uma posição de compra de CFD sobre essas ações;
- Se o preço realmente sobe para R$ 110, você lucra a diferença (R$ 10 por ação), multiplicada pela quantidade contratada;
- Se o preço cair para R$ 90, você assume o prejuízo proporcional.
No caso de uma venda de CFD, a lógica é inversa: você lucra se o preço cair e perde se ele subir.
Além disso, a negociação de CFDs costuma envolver alavancagem, ou seja, a possibilidade de movimentar valores maiores do que o capital disponível. Embora isso amplifique os ganhos potenciais, também aumenta significativamente os riscos de perdas.
Por essa razão, os CFDs são indicados para investidores mais experientes ou que contam com uma boa estratégia de gestão de riscos.
Vantagens e riscos dos CFDs
Vantagens
- Acesso a mercados globais: é possível negociar ativos de diferentes países em uma única plataforma.
- Lucro com alta ou queda: os CFDs permitem lucrar em ambos os cenários, ao contrário do investimento tradicional.
- Alavancagem: possibilidade de operar com valores superiores ao capital disponível.
- Diversificação: há centenas de ativos disponíveis para operação.
Riscos
- Alto potencial de perda: a alavancagem, se mal administrada, pode gerar prejuízos maiores do que o capital investido.
- Volatilidade: operações de curto prazo podem ser impactadas por notícias ou eventos inesperados.
- Custos operacionais: apesar de não haver corretagem tradicional, há taxas de spread, swap (margem noturna) e outras tarifas que devem ser consideradas.
Como negociar CFDs?
A negociação de CFDs ocorre por meio de plataformas especializadas, geralmente oferecidas por corretoras internacionais. No Brasil, o acesso a esse tipo de produto costuma se dar por meio de plataformas de negociação global, que oferecem interface em português e suporte local.
Antes de começar a operar, é importante seguir alguns passos:
1. Escolher uma corretora confiável
Verifique se a corretora está registrada em órgãos reguladores reconhecidos, como a FCA (Reino Unido), CySEC (Chipre) ou ASIC (Austrália). Isso garante mais segurança nas operações.
2. Abrir uma conta de negociação
O processo é semelhante ao de uma corretora comum. Você deverá preencher seus dados, enviar documentos e fazer um primeiro depósito — que pode variar conforme a empresa.
3. Selecionar os ativos desejados
As plataformas de CFDs oferecem centenas de ativos para operar: ações, índices, commodities, pares de forex e muito mais. O investidor escolhe os ativos com base em sua estratégia ou análise de mercado.
4. Definir a direção da operação
Você pode abrir uma posição de compra (long) se acreditar que o ativo vai subir, ou uma posição de venda (short) se espera uma queda. Em ambos os casos, o lucro será calculado com base na diferença de preço entre a entrada e a saída.
5. Gerenciar alavancagem e risco
Um dos principais cuidados ao operar CFDs é definir o nível de alavancagem, os limites de perda (stop loss) e de ganho (take profit). Esses mecanismos ajudam a proteger o capital e evitar prejuízos maiores do que o previsto.
6. Acompanhar e encerrar a posição
Você pode fechar a operação a qualquer momento, registrando o lucro ou prejuízo. Quanto maior a volatilidade do ativo, mais importante é o acompanhamento em tempo real.
São contratos derivados que permitem especular sobre a variação de preços de ativos, sem adquiri-los diretamente.
No investimento tradicional, você compra ações. No CFD, você apenas negocia a diferença de preço, podendo lucrar com alta ou queda.
Sim, por meio de corretoras internacionais que atendem investidores brasileiros e oferecem plataformas em português.
Não. Devido à alavancagem e riscos envolvidos, são recomendados para investidores experientes ou com conhecimento técnico.
Ações, moedas (forex), índices, commodities, ETFs e outros ativos financeiros globais.