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Mercado

Direito de subscrição: O que é, como funciona e quando vale a pena exercer

Entenda o que é o direito de subscrição, como ele funciona com ações e FIIs e quais são as vantagens e desvantagens para investidores.

Por Equipe Empiricus

27 nov 2025, 10:00

direito de subscrição

O direito de subscrição é um dos mecanismos mais importantes do mercado de capitais para proteger os atuais investidores. Ele garante que, em novas emissões de ações ou cotas, o investidor tenha prioridade na compra dos novos papéis, evitando a diluição da sua participação.

Esse direito é muito comum tanto em empresas listadas na bolsa de valores quanto em fundos imobiliários (FIIs), aparecendo sempre que há follow-ons ou ofertas subsequentes de cotas.

O que é o direito à subscrição?

O direito de subscrição é o privilégio concedido ao investidor que já possui ações ou cotas de FIIs, permitindo que ele adquira novos papéis emitidos pela empresa ou fundo antes que sejam oferecidos ao público em geral.

Esse mecanismo é acionado em momentos de aumento de capital — quando a empresa ou o fundo precisa captar novos recursos para expandir suas atividades, adquirir ativos ou reforçar o caixa.

Durante o período de subscrição, o investidor tem a opção de comprar as novas ações ou cotas na proporção da sua participação atual. Por exemplo: se um fundo imobiliário anuncia uma nova emissão e o cotista possui 1.000 cotas, ele poderá subscrever uma quantidade proporcional ao volume total da oferta, mantendo o mesmo percentual de participação.

A principal função desse direito é evitar a diluição do investidor, ou seja, garantir que sua fatia no patrimônio total não diminua após a emissão.

Como funciona a subscrição de ações ou Fundos Imobiliários (FIIs)

O funcionamento do direito de subscrição segue um procedimento bem definido, tanto para ações quanto para fundos imobiliários (FIIs). Assim que a empresa ou o fundo anuncia a emissão de novas ações ou cotas, o investidor atual recebe automaticamente, em sua corretora, o direito de subscrição, que aparece como um ativo separado em sua conta.

O processo ocorre em etapas:

  1. Comunicação ao mercado: a companhia ou o fundo divulga um fato relevante informando os detalhes da oferta — valor da emissão, quantidade de papéis e período de exercício.
  2. Período de preferência: o investidor tem um prazo (geralmente de 10 a 30 dias) para exercer seu direito e comprar as novas ações ou cotas.
  3. Preço de subscrição: costuma ser inferior ao valor de mercado, como forma de incentivo à participação dos cotistas.
  4. Negociação do direito: se o investidor não quiser exercer o direito, pode vendê-lo na bolsa de valores durante o período de negociação.
  5. Liquidação: após o encerramento da subscrição, as novas cotas ou ações são creditadas na conta dos investidores que participaram da oferta.

No caso dos FIIs, as emissões são bastante comuns — conhecidas como emissões de cotas — e seguem regras específicas da CVM (Comissão de Valores Mobiliários). Já nas empresas, o processo é regulado pela Lei das S.A. e também supervisionado pela CVM.

Venda do direito de subscrição

O investidor que não deseja participar da nova emissão pode vender seu direito de subscrição no mercado secundário, normalmente por meio da bolsa de valores. Esse direito é negociado como um ativo independente, com código próprio, e tem cotação variável de acordo com a demanda dos investidores e a atratividade da emissão. 

O valor do direito tende a refletir a diferença entre o preço da nova emissão e o preço de mercado do ativo original. Por exemplo: se uma ação é negociada a R$ 20, e o preço de subscrição é de R$ 18, o direito pode ser negociado por algo próximo a R$ 2, dependendo do interesse do mercado.

Essa alternativa permite que o investidor não perca completamente o valor do seu direito, mesmo que não queira participar da oferta, monetizando o benefício concedido pela empresa ou pelo fundo.

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Vantagens e desvantagens da subscrição de ações e FIIs

O direito de subscrição pode oferecer boas oportunidades, mas também exige análise criteriosa.

Vantagens

  • Manutenção da participação: evita a diluição do investidor após novas emissões.
  • Preço atrativo: as novas ações ou cotas costumam ser oferecidas com desconto em relação ao mercado.
  • Oportunidade de ampliar a posição: o investidor pode aumentar sua exposição em um ativo que acredita ter bom potencial de valorização.
  • Liquidez: é possível vender o direito caso não queira exercer a subscrição.

Desvantagens

  • Necessidade de aporte adicional: para exercer o direito, o investidor precisa ter recursos disponíveis.
  • Risco de diluição: se o direito não for exercido nem vendido, a participação percentual do investidor no fundo ou empresa diminui.
  • Possível desvalorização: nem sempre o preço de emissão é vantajoso — em alguns casos, o ativo pode cair após a subscrição.

Por isso, antes de decidir, é importante avaliar o histórico de gestão, o motivo da emissão e o contexto do mercado. Em fundos imobiliários, por exemplo, subscrições voltadas à expansão de portfólio tendem a ser mais positivas do que aquelas voltadas apenas à rolagem de dívidas.

O que é o direito de subscrição?

É o direito do investidor de adquirir novas ações ou cotas de FIIs emitidas por uma empresa ou fundo antes que elas sejam oferecidas ao público.

Como funciona a subscrição de FIIs?

O cotista tem prioridade para comprar as novas cotas emitidas, geralmente a um preço mais baixo, dentro de um prazo definido pela oferta.

O que acontece se eu não exercer o direito de subscrição?

Sua participação será diluída, mas você pode vender o direito na bolsa de valores durante o período de negociação.

O direito de subscrição é obrigatório?

Não. O investidor pode optar por exercer, vender ou simplesmente deixar expirar o direito.

Vale a pena participar de uma subscrição?

Depende da atratividade do preço, da qualidade da gestão e do objetivo da emissão. Em muitos casos, pode ser uma boa oportunidade de aumentar a posição em fundos imobiliários sólidos.

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