Mercado

Análise de Ações: como fazer? Conheça os principais métodos e como aplicá-los

A análise de ações avalia quais ações são interessantes ou não para se investir. Entenda melhor os tipos de análise de ações existentes e como eles funcionam.

Por Equipe Empiricus

17 jul 2023, 09:06 - atualizado em 19 fev 2024, 12:11

Imagem para representar a análise de ações, método usado para avaliar as ações negociadas na bolsa de valores.

Para quem investe em renda variável, uma boa rentabilidade passará, muitas vezes, por uma carteira de ativos bem montada. Para selecionar quais empresas ou não devem entrar na carteira, é imprescindível contar com uma boa análise e ações.

A compra de ações é baseada no perfil do investidor. Por isso, é importante destacar, na análise de ações o controle de risco de investimento, a possibilidade de participar da propriedade de uma empresa, liquidez e a oportunidade de receber dividendos mensalmente. 

O que é análise de ações?

O método de análise de ações é usado para avaliar as ações negociadas na bolsa de valores, com o objetivo de selecionar aquelas que oferecem melhores oportunidades para determinada carteira ou perfil de investidor.

As ações são ativos que podem ser adquiridos para o curto, médio e longo prazo, a depender do perfil de cada investidor. Isso significa que investidores de médio e longo prazo estão interessados em comprar e manter ações, recebendo dividendos ou Juros sobre Capital Próprio.

Já no caso dos investidores de curto prazo, o interesse está baseado na volatilidade do mercado, que é usada para obter maiores retornos em um período mais curto, aproveitando o potencial de liquidez do ativo.

De modo geral, a análise de ações está ancorada na avaliação de oportunidades e riscos, o que irá determinar a compra e o momento ideal para a venda desse título de renda variável. A operação de compra/venda tem o potencial de proporcionar lucro ou controlar danos, por exemplo.

Como funciona a análise de ações?

A análise das ações considera as oportunidades e os riscos tanto do mercado quanto dos ativos em si, Por isso, ela é usada para definir se o ativo está ou não alinhado com a estratégia de investimento do cliente.a

Muito mais do que uma ferramenta para auxiliar na decisão de investir, análise precisa ser feita também durante e depois da compra das ações, para auxiliar nas vendas dos ativos. Para isso, o analista deve levar em consideração elementos como:

  • Perspectivas da empresa emissora;
  • Setor de atuação;
  • Indicadores financeiros e socioeconômicos.

Assim, existem dois tipos de análises de ações: a análise fundamentalista e a análise técnica. A análise fundamentalista é focada nos fundamentos da empresa, com a avaliação de balanços, demonstrativos e perspectivas de crescimento. Já a análise técnica é focada na análise de gráficos e indicadores passados para identificar tendências e padrões de preço.

Além disso, essas duas ferramentas podem ser combinadas para uma visão mais abrangente, o que exigirá conhecimento e habilidades de interpretação de dados por parte do avaliador.

Como fazer análise de ações?

Para adentrar o mundo das análises de ações, é fundamental entender como ocorrem as análises fundamentalista e técnica. 

Análise fundamentalista

Muito conhecida no mercado, a análise fundamentalista de ações se concentra nas bases da empresa, incluindo seus resultados e perspectivas para o futuro. Nesse sentido, além das questões financeiras, ela é fundamental para entender a gestão e projeção da empresa no seu setor de atuação.

É por meio da análise fundamentalista que o investidor irá comparar as oportunidades em ações e considerar aquelas que melhor se adequam a sua carteira, comparando entre empresas do mesmo segmento para uma melhor projeção.

Podendo ser usada em demais ativos, como na compra e venda de fundos imobiliários, por exemplo. A análise fundamentalista é feita com a coleta de dados e qualitativos da emissora.

Principais indicadores da análise fundamentalista

Os principais indicadores desta modalidade são:

  • Demonstrativos financeiros: incluem documentos contábeis e de gestão, detalhando a realidade financeira do empreendimento, garantindo a saúde financeira, riscos e oportunidades do negócio;
  • Valor intrínseco: refere-se ao quanto a empresa realmente vale e não apenas ao preço das ações. Ao determinar o valuation, considerando indicadores financeiros e modelo de negócio, o investidor poderá ver se a ação está subvalorizada, supervalorizada ou com preço justo;
  • Dividend yield (DY): fundamental para aqueles que querem receber proventos de forma passiva, esse indicador mostra a relação entre os dividendos distribuídos e o preço da ação. Nesse momento, é preciso ficar atento a discrepâncias e a cotações muito baixas;
  • Return on equity (ROE): responsável por medir a capacidade da empresa de produzir resultados a partir do seu patrimônio líquido, o ROE é calculado levando em consideração a porcentagem de lucro líquido em relação ao patrimônio líquido. Isso ajuda a projetar a eficácia e desenvolvimento futuros do negócio;
  • EBITDA (Lajida): esse indicador olha para os lucros antes que taxas como juros, impostos, amortização e depreciação ocorram. Dessa forma, ele consegue mostrar se a empresa é capaz de gerar lucro apesar de seus custos operacionais.

Análise técnica

Responsável por complementar a fundamentalista, a análise técnica é comumente feita por traders que procuram oportunidades nas variações de curto prazo do mercado. 

Nesta abordagem, os fundamentos da empresa não são o foco para a compra de ações, mas sim a oferta e demanda apresentadas nos gráficos, que definem quando assumir ou encerrar posições.

Isso significa que o investidor irá realizar um estudo técnico, observando padrões, gráficos e indicadores estatísticos, incluindo tendências, valor da ação, volatilidade e força dos movimentos dos gráficos.

No caso dos traders, seu foco está em posicionar-se a favor das probabilidades, a partir de leituras técnicas. Eles não preveem o futuro do mercado, mas aproveitam as oportunidades que surgem a partir dos parâmetros avaliados.

Principais indicadores da análise técnica

Nesta modalidade, os principais indicadores são:

  • Médias móveis: capazes de “suavizar” o movimento dos preços do ativo, podem ser usados como regiões de suporte ou resistência. Os tipos mais comuns as famosas médias móveis simples e médias móveis exponenciais;
  • MACD (Moving Average Convergence Divergence): é utilizado para identificar tendências e medir sua força. Os sinais de compra e venda são gerados por cruzamentos de linhas e divergências, e podem calcular a diferença entre duas médias móveis e adicionar a média dessa diferença;
  • Bandas de Bollinger: é um indicador que fornece percepção da volatilidade do mercado, o que permite identificar se ele está mais ou menos volátil. Além disso, pode ser usado para operações de curto prazo, como swing trade e day trade;
  • Índice de força relativa (IFR): responsável por acompanhar a relação entre as forças compradoras e vendedoras de um ativo. Possui métrica que varia de 0 a 100 e ajuda a identificar a intensidade das forças e possíveis reversões de tendência;
  • Volume: um acompanhamento da quantidade de ordens de compra e venda emitidas para um ativo. O volume é importante para confirmar a qualidade da tendência e identificar reversões. Assim, um baixo volume indica maior suscetibilidade à reversão do movimento, por exemplo;
  • Hi-lo activator: o indicador utiliza as mínimas e máximas do preço do ativo para projetar seu futuro. Similar às médias móveis, ele considera a tendência atual e usa as últimas máximas (no caso de tendência de alta) para projetar o preço futuro.

Por que fazer análise de ações?

Realizar a análise das ações é fundamental para fazer bons investimentos, diversificar a carteira e conquistar seus objetivos financeiros. Além disso, ao analisar estes ativos, é possível encontrar ótimas oportunidades, como papéis sendo negociados abaixo de seu valor intrínseco e com potencial de crescimento em curto, médio e longo prazo.

Ademais, é fundamental saber analisar ações para entender quando chegou o momento de vender os ativos, e conquistar maior potencial de lucros, reduzindo as perdas futuras, o que torna este tipo de investimento um pouco mais seguro.

  • As 10 “top picks” da Empiricus Research: veja quais são os dez papéis recomendados pelos analistas da casa para buscar lucros na bolsa. Baixe aqui o relatório gratuito.

Qual o melhor método para analisar ações?

Com a análise fundamentalista, o investidor tem a vantagem de avaliar a saúde financeira da empresa e descobrir a sua capacidade de gerar valor ao longo do tempo, o que é muito útil para aqueles que desejam investir no longo prazo. Além disso, é possível definir a valoração das ações e compreender se as mesmas estão superestimadas ou subvalorizadas.

Já com a análise técnica, os benefícios são a identificação de tendências e padrões, o que é ótimo para a tomada de decisão no curto prazo, aproveitando as oscilações do mercado. Outro benefício é o timing da compra e venda, que pode ser definido usando os gráficos e indicadores capazes de proporcionar uma análise mais objetiva. 

Dito isso, o melhor método para análise de ações é aquele que se adeque melhor aos objetivos e características do investidor, levando em conta a sua tolerância de risco, seus objetivos financeiros e seu conhecimento sobre o mercado. Nesse sentido, é fundamental que o investidor busque conhecimento sobre essas análises, realizando cursos e se aprimorando.

Como fazer uma análise de ações?

Para uma análise eficiente, é preciso avaliar os fundamentos da empresa, os dados financeiros, as perspectivas do setor e realizar uma avaliação gráfica a partir de indicadores técnicos.

O que é análise técnica de ações?

A análise técnica é uma abordagem que se concentra na avaliação de padrões gráficos, indicadores e tendências de preço passado, com o objetivo de prever o movimento futuro do preço das ações.

Quais são os principais indicadores técnicos para analisar uma ação?

Alguns dos principais indicadores usados para analisar uma ação são: médias móveis, MACD, Bandas de Bollinger e Índice de Força Relativa (IFR).

Como saber se a ação está cara ou barata?

Para determinar se uma ação está cara ou barata, é necessário realizar uma avaliação cuidadosa dos fundamentos da empresa e da comparação do preço atual da ação com seu valor intrínseco.

Como saber se as ações vão subir ou descer?

Prever o movimento futuro das ações é uma tarefa desafiadora e incerta. Para isso, a análise técnica e a análise fundamentalista podem fornecer informações úteis, mas não garantem certeza sobre o movimento futuro dos preços das ações.

Sobre o autor

Equipe Empiricus

A maior equipe de análise de investimentos do Brasil, 100% dedicada a te ajudar a encontrar as melhores oportunidades de investimento.

Baixe grátis nosso App

Acesse a Empiricus de onde estiver. Na palma da mão e também na sua casa.

Baixe grátis e conheça nossas novidades.