O prop trading é uma modalidade de operação na bolsa de valores em que uma instituição ou empresa utiliza capital próprio para investir em ativos financeiros, com o objetivo de obter lucro diretamente — e não por meio da intermediação de clientes.
Muito comum em mercados mais experientes, o modelo vem ganhando espaço no Brasil com o surgimento das chamadas prop firms ou mesas proprietárias de traders.
O que é prop trading?
O termo prop trading vem de “proprietary trading”, que pode ser traduzido como “negociação proprietária”. Na prática, significa que uma empresa ou instituição — como um banco, corretora ou firma especializada — negocia ativos financeiros com o seu próprio dinheiro, assumindo os riscos e também os lucros gerados pelas operações.
Diferentemente das corretoras tradicionais, que atuam apenas como intermediárias entre clientes e mercado, as chamadas proprietary trading firms operam com recursos internos e têm liberdade para montar suas estratégias, focadas em retornos consistentes.
Essas empresas costumam contratar operadores especializados, os chamados prop traders, que utilizam diferentes métodos e ferramentas para operar no mercado. Em alguns modelos, os traders recebem parte dos lucros obtidos, o que estimula a performance e a tomada de decisões eficientes.
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Como funciona o prop trading?
O funcionamento de uma mesa proprietária varia conforme o modelo da empresa, mas o conceito-base permanece o mesmo: a instituição oferece capital próprio para que o trader opere em busca de lucro.
Existem três formas principais de atuação em uma prop firm:
- Trader interno: o operador atua dentro da estrutura da empresa, geralmente com salário fixo e bônus por performance.
- Trader externo com conta alavancada: a instituição disponibiliza capital, e o trader opera remotamente, recebendo uma porcentagem dos lucros.
- Modelo de avaliação e desafios: algumas prop firms exigem que o candidato passe por etapas de avaliação (desafios simulados ou contas reais) antes de receber o capital da empresa para operar.
Os ativos mais comuns operados pelas mesas são ações, derivativos, contratos futuros, moedas e índices. Tudo depende da especialização da equipe e da estratégia da firma.
Diferentemente do investidor pessoa física, que lida com seus próprios recursos, o prop trader deve seguir parâmetros definidos pela empresa, como metas, limites de perda (drawdown) e controle de risco. A autonomia é relativa, mas o potencial de retorno pode ser bastante atrativo — principalmente em modelos com alta alavancagem.
Quais as vantagens da prop firm?
Atuar por meio de uma mesa proprietária de traders pode oferecer diversas vantagens tanto para os operadores quanto para o mercado como um todo. Veja as principais:
Acesso a capital elevado
Um dos principais benefícios é poder operar com volumes maiores do que o trader teria disponível individualmente. Isso permite buscar lucros mais expressivos, sem arriscar o próprio patrimônio.
Estrutura profissional
As prop firms oferecem acesso a plataformas profissionais, infraestrutura robusta, análises de mercado e acompanhamento constante da performance, o que aumenta o nível técnico das operações.
Treinamento e capacitação
Muitas mesas oferecem treinamentos, mentorias e acompanhamento para o desenvolvimento técnico dos prop traders, especialmente nos modelos voltados a iniciantes que desejam seguir carreira.
Divisão de lucros atrativa
Em geral, os lucros são divididos entre o trader e a empresa. Alguns modelos oferecem até 80% do lucro ao operador, o que torna a atividade financeiramente interessante.
Carreira especializada
O modelo de proprietary trading abre portas para profissionais que desejam se dedicar integralmente ao mercado, sem a necessidade de captar clientes ou atuar como assessor.
No entanto, é importante destacar que o ambiente de prop trading é altamente competitivo e exige preparo técnico, emocional e disciplina. Não há garantia de retorno, e o risco de perdas é real — por isso, a formação e o acompanhamento são fundamentais.
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Prop trading no Brasil: crescimento e perspectivas
Embora ainda menos popular do que em países como EUA e Reino Unido, o prop trading está crescendo no Brasil. A tendência é que o modelo continue se expandindo, especialmente com a profissionalização do mercado, o avanço da tecnologia e o acesso facilitado às plataformas globais de operação.
Se você busca uma alternativa para atuar no mercado além da carteira tradicional, vale a pena conhecer melhor esse universo — mas com responsabilidade, preparo e uma boa gestão de risco. O prop trading pode ser uma porta de entrada para quem deseja operar com capital alheio e seguir carreira no mercado financeiro.
Prop trading é a prática em que empresas operam ativos financeiros com capital próprio, buscando lucro direto no mercado.
Em geral, é necessário passar por avaliações ou desafios propostos pela firma, além de apresentar bom desempenho e disciplina operacional.
Os riscos incluem perdas financeiras, alta pressão por performance e necessidade de controle emocional rigoroso. Alavancagem também amplia o risco.
Sim. O modelo é permitido e regulamentado, desde que as atividades respeitem as normas da CVM e dos órgãos do mercado.
Ações, derivativos, contratos futuros, moedas e índices são os principais ativos operados pelas mesas proprietárias.