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Mercado

Teoria de Dow: Princípios e aplicações dessa base da análise técnica

Entenda o que é a Teoria de Dow, como surgiu, seus principais princípios, aplicações na análise técnica e críticas no mercado financeiro.

Por Equipe Empiricus

26 set 2025, 12:00

teoria de dow

A base conceitual da análise técnica remonta ao final do século XIX, quando Charles Dow, um dos fundadores do jornal The Wall Street Journal e da Dow Jones Company, desenvolveu estudos sobre o comportamento dos preços no mercado.

Essas ideias deram origem à Teoria de Dow, considerada o ponto de partida da análise gráfica moderna. Mesmo após mais de um século, os princípios formulados continuam relevantes, orientando a leitura de tendências e ajudando analistas e investidores a compreender os movimentos de ativos financeiros.

O que é a Teoria de Dow?

A Teoria de Dow é um conjunto de princípios que buscam explicar como os preços se movimentam nos mercados. A lógica central é que os preços já refletem todas as informações disponíveis e, portanto, observar seu comportamento permite antecipar tendências futuras.

Para investidores, isso significa que gráficos de preços não são meros registros históricos: eles carregam informações valiosas sobre expectativas e decisões coletivas dos agentes do mercado.

Como surgiu a Teoria de Dow?

O criador da teoria, Charles Dow, foi jornalista, economista e cofundador da Dow Jones Company ao lado de Edward Jones. Em seus artigos publicados no Wall Street Journal no final do século XIX, Dow apresentava interpretações sobre como os preços das ações e os índices se relacionavam com o ciclo econômico.

A partir desses textos, formou-se a base do que viria a ser a análise técnica. Embora Dow nunca tenha formalizado a teoria como um conjunto organizado, seus seguidores compilaram as ideias, transformando-as em um dos pilares do estudo de tendências de mercado.

Quais são os princípios da Teoria de Dow?

A Teoria de Dow se apoia em seis princípios fundamentais:

  1. O mercado desconta tudo: todas as informações disponíveis — econômicas, políticas e psicológicas — já estão refletidas nos preços.
  2. O mercado tem três tendências:
    • tendência primária (movimentos de longo prazo, que podem durar anos);
    • tendência secundária (correções de médio prazo, com duração de semanas ou meses);
    • tendência terciária (flutuações de curto prazo, que duram dias ou até horas).
  3. As tendências primárias têm três fases: acumulação, participação pública e euforia.
  4. Os índices devem se confirmar: por exemplo, o índice Dow Jones (DJIA) e o Dow Jones Transportation devem apontar a mesma direção para validar uma tendência.
  5. O volume confirma a tendência: movimentos significativos de alta ou baixa devem ser acompanhados por aumento no volume de negociações.
  6. A tendência prevalece até que haja sinais claros de reversão: enquanto não houver indícios consistentes, assume-se que a tendência continuará.

Esses pontos formam a base da observação gráfica e ainda influenciam fortemente as estratégias de traders e analistas técnicos.

Qual é a importância da Teoria de Dow?

A importância da Teoria de Dow está na inauguração de uma forma estruturada para interpretar os mercados. Ela trouxe à tona conceitos como tendência, fases de mercado e confirmação por volume, que permanecem atuais.

Além disso, a teoria ajudou a consolidar o índice Dow Jones, que se tornou uma das referências globais mais seguidas em Wall Street. Seu impacto vai além da análise gráfica: ela também inspirou reflexões sobre o comportamento coletivo dos investidores, algo que hoje é estudado inclusive pela economia comportamental.

Como aplicar a Teoria de Dow na Análise Técnica?

Na prática, a aplicação a Teoria de Dow significa observar os gráficos para identificar e acompanhar tendências. Alguns exemplos:

  • Identificação da tendência primária: usada por investidores de longo prazo para decidir se é hora de comprar ou manter ativos.
  • Correções de tendência secundária: podem indicar pontos de entrada ou saída no médio prazo.
  • Confirmação por volume: quando uma ação rompe uma resistência acompanhada de alto volume, a teoria sugere que o movimento é mais confiável.

Essas aplicações ainda orientam diversas ferramentas da análise técnica moderna, como médias móveis, linhas de tendência e padrões gráficos.

Quais são as principais críticas à Teoria de Dow?

Apesar de sua relevância histórica, a Teoria de Dow também recebe críticas. Entre as principais estão:

  • Defasagem: como a confirmação de tendências exige sinais claros, a teoria pode gerar entradas tardias, fazendo o investidor perder parte do movimento.
  • Subjetividade: a interpretação de tendências pode variar entre analistas, já que não há critérios rígidos para definir quando começa ou termina um ciclo.
  • Incompletude: a teoria não aborda fatores fundamentais da economia, como balanços corporativos ou política monetária, sendo mais adequada para análises gráficas.
  • Limitação em mercados modernos: com a velocidade e complexidade atuais, alguns conceitos podem parecer simplistas.

Ainda assim, a Teoria de Dow segue sendo referência, servindo como ponto de partida para técnicas mais sofisticadas.

O que é a Teoria de Dow?

É um conjunto de princípios desenvolvidos por Charles Dow que servem de base para a Análise Técnica.

Quem criou a Teoria de Dow?

Charles Dow, cofundador da Dow Jones Company e do jornal Wall Street Journal.

Quais são os principais princípios da Teoria de Dow?

Entre eles estão a existência de três tipos de tendências, a confirmação por volume e a ideia de que o mercado desconta todas as informações.

Como aplicar a Teoria de Dow na prática?

Identificando tendências, observando fases de mercado e validando movimentos por meio do volume negociado.

Quais são as críticas à Teoria de Dow?

Ela pode gerar entradas tardias, é subjetiva na interpretação de tendências e não considera fatores fundamentais da economia.

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