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Investimentos

Meta e Microsoft elevam ânimo dos investidores enquanto Copom e Fed mantêm taxa de juros; confira o que mais ecoa no mercado nesta quinta (31)

Os balanços trimestrais da Meta e da Microsoft superaram as expectativas, agitando os mercados nesta quinta-feira (31).

Por Matheus Spiess

31 jul 2025, 09:00

Atualizado em 31 jul 2025, 09:00

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Imagem: Finbold

Nesta manhã de quinta-feira (31), os mercados globais despertam com ânimo renovado, embalados pelos resultados surpreendentes de duas gigantes da tecnologia: Meta e Microsoft. Ambas superaram expectativas e reforçaram a tese de que, mesmo em meio a investimentos bilionários em inteligência artificial, os lucros seguem firmes — pelo menos para quem joga no topo da cadeia alimentar.

A Meta disparou mais de 10% no after market, impulsionada por uma receita publicitária ainda robusta e projeções otimistas. Já a Microsoft subiu mais de 8%, ancorada no desempenho acelerado de sua plataforma de nuvem Azure. Esse combo de bons resultados reforçou o apetite por risco, com os futuros das bolsas nos EUA e na Europa operando em alta. Mas o entusiasmo ainda contrasta com a digestão da chamada “Super Quarta”: o Federal Reserve manteve os juros entre 4,25% e 4,5%, sinalizou que o ciclo de cortes não começa tão cedo, e Jerome Powell reforçou o mantra da cautela — citando incertezas persistentes com inflação e tarifas como justificativa. O balde de água morna serviu para reancorar expectativas, mas não dissipou as dúvidas que pairam no horizonte.

Aliás, no front comercial, o cenário continua instável. Donald Trump impôs uma nova tarifa de 25% sobre as exportações da Índia e ameaçou retaliar o país por suas compras de energia russa — mais um movimento que escancara o uso da política comercial como arma geopolítica. O Brasil, por ora, ganhou fôlego: conseguiu adiar em sete dias a entrada em vigor do tarifaço de 50% e ainda obteve isenção para alguns produtos, como suco de laranja e aeronaves civis. Ainda assim, o alívio é apenas parcial. O dólar ganhou força e os juros futuros locais avançaram, no aguardo da comunicação firme do Copom, que manteve a Selic em 15% e reafirmou o discurso de prudência. Com o cenário externo turvo e o fiscal interno estressado, o Banco Central segue de mãos atadas — e sem margem para gestos de confiança. No radar doméstico, os dados de desemprego e o resultado primário do setor público ajudam a compor o mosaico de incertezas. Na China, os PMIs voltaram a desapontar: o índice industrial caiu para 49,3 e o de serviços recuou para 50,1, revelando uma economia que aparenta estabilidade, mas segue em modo lento. Em resumo, o pano de fundo segue volátil — com a tecnologia impulsionando o curto prazo, enquanto juros, tarifas e desaceleração global continuam escrevendo as entrelinhas do mercado.

· 00:55 — Alívio parcial: o que (ainda) ameaça o Brasil na nova fase da guerra comercial?

Por aqui, o Ibovespa fechou em alta no pregão de ontem (30), reagindo com otimismo ao novo decreto assinado por Donald Trump, que impôs tarifas de 50% sobre as importações brasileiras, mas suavizou o impacto ao isentar uma longa lista de produtos. A Embraer esteve entre as principais favorecidas, impulsionada pelas exceções concedidas, o que refletiu diretamente em suas ações. Antes de nos aprofundarmos na dimensão comercial do tema, vale destacar o desfecho da reunião do Copom, que optou por manter a taxa Selic em 15% ao ano — decisão amplamente esperada pelo mercado. Diante de uma inflação ainda resistente — mesmo que, qualitativamente, um pouco mais benigna na margem —, expectativas desancoradas, um quadro fiscal frágil e o barulho externo causado pela turbulência geopolítica e comercial, o Banco Central não tinha margem para qualquer movimento além da manutenção. O único elemento levemente mais brando no comunicado foi a admissão de certa moderação na atividade econômica, o que ainda ajuda a curva de juros a precificar uma eventual queda a partir do fim do ano. Mas, sejamos francos: se houver uma piora (escalada) da guerra comercial, esse corte vira apenas uma miragem.

Se, no entanto, os recuos pontuais da Casa Branca forem mantidos, se algum entendimento for costurado entre os países, e se os dados de emprego, atividade e inflação continuarem sinalizando desaceleração, há espaço para especular um corte simbólico em dezembro. Claro, sob a condição de que o Federal Reserve dê o primeiro passo entre setembro e outubro — neste momento, outubro parece mais plausível. Por isso, os dados de desemprego divulgados hoje merecem atenção redobrada: a mediana das expectativas aponta para uma taxa de 6%. Mas a pauta que realmente domina o cenário é a comercial. No que se refere ao Brasil, a tarifa de 50% sobre exportações — composta por um adicional de 40% sobre os 10% já existentes desde abril — perdeu parte de sua força após a publicação de uma extensa lista de isenções.

Foram 694 produtos poupados das tarifas — aproximadamente metade do que exportamos para os EUA. A lista inclui itens relevantes como aeronaves civis e peças (alívio direto para a Embraer), petróleo, celulose, suco de laranja, móveis, fertilizantes, gás industrial e minério de ferro. Com isso, a tarifa efetiva recuou para cerca de 30,8%, e 43% das exportações brasileiras seguem sujeitas a taxas ainda administráveis. Além disso, o início da aplicação das tarifas foi adiado de amanhã para 6 de agosto, melhorando a janela de negociação. Nem tudo, porém, escapou: café e carne ficaram de fora das exceções, o que impõe perdas pontuais ao agronegócio. De toda forma, o impacto macroeconômico já era pequeno e agora se torna praticamente marginal. Estimativas indicam que, na ausência de retaliação, o efeito líquido sobre o PIB brasileiro deve girar em torno de 0,25% (já estava precificado parcialmente). Parte dessa baixa sensibilidade decorre de um problema ainda estrutural da economia brasileira: somos uma economia fechada, e as exportações para os EUA respondem por menos de 2% do nosso PIB — algo que tenho reiterado com frequência por aqui.

Dito isso, o gesto de recuo por parte dos EUA poderia até ser interpretado como um aceno diplomático nas negociações bilaterais — se não viesse acompanhado da já tradicional ambiguidade estratégica de Washington: a mesma mão que afaga, golpeia. No exato comunicado em que anunciava as isenções comerciais, a Casa Branca voltou a arrastar o Brasil para o centro da sua arena política interna, acusando o país de “perseguir” e “censurar” o ex-presidente Jair Bolsonaro e seus aliados. E, como se não bastasse, antes da publicação oficial do decreto comercial, o Departamento do Tesouro norte-americano anunciou sanções pessoais contra o ministro Alexandre de Moraes, com base na Lei Magnitsky — uma legislação originalmente concebida para punir organizações criminosas, terroristas e assassinos. No comunicado, Moraes é retratado como responsável por “ameaçar, perseguir e intimidar milhares de opositores políticos e reprimir dissidências”, em articulação com outros membros do STF.

Vou reforçar um ponto sóbrio. É evidente que há excessos e distorções em decisões da Suprema Corte brasileira — algo que já discutimos por aqui sem rodeios. Mas colocar Moraes na mesma prateleira de torturadores e criminosos de guerra é uma ginástica institucional grande. A própria essência da Lei Magnitsky — criada em 2012, ainda no governo Obama, para sancionar autoridades russas envolvidas no assassinato de Sergei Magnitsky, advogado que havia denunciado um esquema de corrupção endêmica — se vê, nesse caso, distorcida. O uso desse tipo de sanção, nos moldes daquelas impostas à Rússia após a invasão da Ucrânia, pode não parecer dramático à primeira vista, mas carrega efeitos colaterais importantes: tende a aumentar a aversão a ativos americanos e a minar a confiança de investidores, sobretudo num contexto em que os EUA têm usado a legislação como instrumento de extraterritorialidade regulatória. O precedente não é trivial — basta lembrar a turbulência causada nos mercados após a exclusão dos bancos russos do sistema SWIFT. Os investidores correram para o ouro e outras moedas fortes que não o dólar, para diversificar.

Ainda assim, na prática, tudo indica que o caso Bolsonaro serve mais como pretexto simbólico — um agrado oportuno à ala mais ideológica do trumpismo, capitaneada por Steve Bannon. O verdadeiro alvo é outro: a regulação sobre as Big Techs. O pano de fundo desse movimento é a insatisfação crescente com o avanço regulatório brasileiro sobre o ambiente digital — da forma como o conteúdo é moderado ao funcionamento de algoritmos. Na visão do trumpismo, essas regras representam censura aos cidadãos americanos. Não é coincidência: em junho, o Supremo Tribunal Federal aprovou um novo marco legal exigindo que as plataformas digitais removam conteúdos ilícitos de maneira proativa, mesmo sem decisão judicial. Isso ampliou consideravelmente a possibilidade de responsabilização das empresas por postagens de terceiros — algo que incomoda profundamente os defensores de um ciberespaço desregulado. E o estopim desse movimento foi a retórica inflamada antiamericana de Lula nos BRICS+.

Estamos, portanto, diante de um jogo de aparências. Enquanto a narrativa pública finge girar em torno de perseguições políticas, as sanções pessoais miram personagens simbólicos e as tarifas comerciais seguem sendo o instrumento preferido de barganha geopolítica. O tom das tarifas, de fato, se suavizou — a retórica agora migra para a responsabilização individual de autoridades brasileiras, acusadas por Washington de violar direitos humanos e ultrapassar os limites da jurisdição internacional. No fundo, trata-se de um embate regulatório disfarçado de cruzada moral. E, se os sinais mais recentes forem levados a sério, não seria surpreendente ver um acordo parcial sendo costurado nos próximos dias — daqueles em que Trump pode bater no peito e proclamar vitória, mesmo que o desfecho prático seja mais uma acomodação mútua.

· 01:42 — Sem corte por enquanto

O Federal Reserve manteve as taxas de juros inalteradas, como amplamente antecipado pelos mercados, mas a decisão não foi unânime — e nem exatamente protocolar. Pela primeira vez desde o início dos anos 1990, dois membros do comitê votaram na contramão da decisão final, optando por defender um corte de 25 pontos-base: Michelle Bowman e Christopher Waller, ambos indicados por Donald Trump. A justificativa? Sinais crescentes de desaceleração econômica. Ainda assim, o presidente do Fed, Jerome Powell, tratou de esfriar os ânimos e reafirmar a linha cautelosa em sua coletiva: segundo ele, ainda é necessário observar mais fraqueza no mercado de trabalho e entender com maior clareza os efeitos das tarifas comerciais sobre a inflação antes de qualquer virada na política monetária. O tom “wait and see” teve impacto imediato: a curva de juros americana abriu, o dólar se fortaleceu e as apostas de corte na reunião de setembro despencaram de 60% para 46%. Powell também reforçou, com todas as letras, que o Comitê não antecipa decisões — uma resposta direta às pressões públicas de Trump por estímulos monetários rápidos, que há meses vem tentando politizar o Fed via redes sociais em caixa alta.

Mesmo diante de um Fed mais contido, os mercados encontraram fôlego nos resultados corporativos. Para melhorar o clima, ao final do dia, Meta e Microsoft entregaram números muito acima das expectativas, alimentando o entusiasmo em torno da resiliência das Big Techs. A Meta registrou lucro de US$ 18,33 bilhões no segundo trimestre, com avanço de 36% em relação ao ano anterior e receita batendo as estimativas em mais de US$ 2 bilhões — o suficiente para impulsionar suas ações em quase 10% no after market. Já a Microsoft reportou lucro de US$ 27,2 bilhões e receita de US$ 76,4 bilhões, ambos acima do consenso, consolidando o bom momento da companhia na esteira do crescimento da sua divisão de nuvem. Esses balanços positivos devem ajudar a aliviar parte da cautela gerada pelo Fed. Para os próximos dias, a bússola do mercado será guiada por novos dados macroeconômicos, com destaque para o payroll desta sexta-feira e a leitura de hoje do índice PCE, a medida de inflação preferida do Fed. Além disso, uma leva de resultados corporativos — incluindo Apple, Amazon, Mastercard, Biogen e Unilever — promete manter o investidor atento, entre balanços exuberantes e política monetária ainda travada.

· 02:36 — A economia ainda está forte?

A economia norte-americana entregou um desempenho surpreendentemente positivo no segundo trimestre, com o PIB crescendo 3% em termos anualizados — resultado bem acima das expectativas do mercado, que oscilavam entre 2% e 2,4%. O destaque ficou por conta das exportações líquidas, que adicionaram generosos cinco pontos percentuais ao resultado, revertendo a contribuição negativa registrada nos primeiros três meses do ano. Também chamou atenção o relatório de empregos da ADP, que mostrou a criação de 104 mil vagas no setor privado em julho, superando a mediana das projeções e revertendo o dado anterior, revisado para -33 mil. Os dados reforçam que, apesar do cenário externo conturbado, a atividade econômica ainda carrega alguma resiliência — ainda que bastante concentrada em choques positivos pontuais.

No entanto, quando se olha para o conjunto do semestre, o retrato é bem menos exuberante. A média de crescimento no primeiro semestre foi de apenas 1,25%, um ponto percentual abaixo do ritmo observado em 2024. Parte dessa desaceleração vem da postura mais contida dos consumidores, que parecem ter adotado um comportamento de cautela após os excessos do final do ano passado. Ao mesmo tempo, as empresas seguem lidando com um ambiente comercial imprevisível, marcado pelas guinadas tarifárias da Casa Branca. Diante da volatilidade em comércio e estoques, há quem passe a observar com mais atenção a métrica de vendas finais para compradores domésticos privados, considerada um termômetro mais fiel da demanda interna — que cresceu só 1,2% no trimestre, o menor patamar desde o fim de 2022. Com a demanda perdendo tração e o impulso vindo de fontes voláteis, não está descartada a possibilidade de o Federal Reserve começar a preparar o terreno para um novo ciclo de cortes de juros, caso o arrefecimento se confirme nos próximos dados.

· 03:23 — Uma fase delicada do relacionamento

A nova rodada de tarifas anunciada por Donald Trump contra a Índia — uma das aliadas mais estratégicas dos EUA na Ásia — acrescenta mais um degrau de imprevisibilidade à já errática política comercial americana. A partir deste sábado, as exportações indianas passarão a ser taxadas em 25%, com o acréscimo de uma “multa” punitiva pela continuidade das compras de petróleo russo. Trata-se, na prática, da aplicação de sanções secundárias contra um país parceiro. Nova Déli, por sua vez, buscava desde o primeiro mandato de Trump um acordo comercial com Washington, mas as negociações estagnaram diante da relutância indiana em abrir setores sensíveis como o farmacêutico, o agrícola e o de tecnologia. Ao acusar publicamente a Índia de manter as tarifas mais elevadas do mundo e de cultivar relações perigosamente próximas com Moscou, Trump empurra o primeiro-ministro Narendra Modi para uma encruzilhada diplomática desconfortável — entre preservar o elo com os EUA e manter seus interesses energéticos e estratégicos com a Rússia.

O pano de fundo geopolítico agrava a equação: Índia e China, juntas, absorvem mais de 80% das exportações de petróleo russo, o que as posiciona no centro da arquitetura americana de pressão econômica contra o Kremlin. Ao mirar agora não apenas inimigos declarados, mas parceiros relevantes como a Índia — e possivelmente Coreia do Sul e Taiwan, que também aguardam acordos bilaterais — Trump sinaliza que ninguém está protegido. Os Estados Unidos permanecem como o principal destino das exportações indianas e seu terceiro maior investidor estrangeiro, mas a escalada tarifária pode acabar comprometendo essa parceria de maneira duradoura. Em vez de parecer uma estratégia bem calibrada, a diplomacia tarifária de Trump continua soando como uma política improvisada e errática, em que até os “amigos” são confrontados com ameaças, taxas e sanções — tudo em nome de uma barganha que privilegia a retórica do confronto em detrimento da construção de alianças de longo prazo.

· 04:11 — O padrão

Os acordos comerciais mais recentes celebrados por Donald Trump com grandes parceiros como União Europeia, Japão — e possivelmente em breve com a China — evidenciam um padrão já bem delineado: em vez de focar exclusivamente nas tarifas, as negociações vêm sendo embaladas em anúncios bilionários de compras e investimentos, que mais se assemelham a gestos coreografados para consumo político do que a compromissos efetivamente vinculantes. O caso da União Europeia é emblemático: a promessa de investir US$ 600 bilhões nos Estados Unidos e adquirir US$ 750 bilhões em energia até 2028 impressiona pelo tamanho, mas também escancara o descolamento da retórica em relação à realidade. Muitos do mercado alertam, inclusive, que boa parte dessas cifras provém de estimativas vagas, recursos privados, empréstimos ou intenções sem lastro contratual. O paralelo com o acordo de Fase Um com a China, assinado durante o primeiro mandato de Trump — cujas metas nunca foram cumpridas — surge como referência incômoda, mas inevitável.

Apesar disso, segmentos específicos da economia americana, sobretudo o setor de energia, celebram os anúncios com entusiasmo, mesmo que o pano de fundo sugira prudência. Há um risco crescente de que países com menor peso geopolítico, como México e Canadá, vejam suas condições revistas, sendo submetidos a tarifas mais duras sobre itens não contemplados no USMCA, enquanto grandes economias escapam com promessas grandiosas — ainda que vazias. A estratégia tarifária de Trump parece, assim, mais inclinada à assimetria negociada do que à coerência regulatória. E com a trégua comercial com a China sendo prorrogada por mais 90 dias em negociações conduzidas na Suécia, novas promessas bilionárias podem surgir a qualquer momento. O roteiro se repete: cifras superlativas, ausência de textos detalhados, dependência de decisões privadas e, acima de tudo, uma névoa espessa sobre o que realmente será executado. A incerteza não se dissipou, infelizmente.

· 05:09 — Belos números

Como adiantado ontem (30), as gigantes de tecnologia Microsoft e Meta — ambas já recomendadas por aqui — entregaram exatamente o que o mercado esperava. E, para não perder o hábito, foram além. Os resultados trimestrais vieram bem acima das projeções, reacendendo o otimismo dos investidores e reforçando o protagonismo das duas empresas nos segmentos mais relevantes da nova economia: nuvem e inteligência artificial. As ações dispararam no after-market, e o movimento serviu como combustível para o bom humor do mercado. Os números não apenas confirmam a resiliência operacional dessas companhias, como sustentam a tese de que elas não estão apenas surfando a onda da IA — estão, de fato, moldando seu curso e monetizando essa revolução em grande escala.

A dúvida: ainda vale manter?

Estudou finanças na University of Regina, no Canadá, tendo concluído lá parte de sua graduação em economia. Pós-graduado em finanças pelo Insper. Trabalhou em duas das maiores casas de análise de investimento do Brasil, além de ter feito parte da equipe de modelagem financeira de uma boutique voltada para fusões e aquisições. Trabalha hoje no time de analistas da Empiricus, sendo responsável, entre outras coisas, por análises macroeconômicas e políticas, além de cobrir estratégias de alocação. É analista com certificação CNPI.