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Investimentos

Alpargatas: Operação internacional dá primeiros sinais de recuperação; 2026 pode ser o ano de ALPA4?

O CEO da Alpargatas (ALPA4), Liel Miranda, falou sobre evoluções da companhia e expectativas para os próximos anos. 

Por Ruy Hungria

19 dez 2025, 15:15

Atualizado em 19 dez 2025, 15:20

alpargatas ALPA4

Imagem: Divulgação/Havaianas

Em entrevista concedida ao Brazil Journal nesta semana, o CEO da Alpargatas (ALPA4), Liel Miranda, falou sobre as evoluções recentes da companhia e suas expectativas para os próximos anos. 

Antes de falar sobre o futuro, o executivo lembrou dos ajustes que foram feitos, como corte de metade dos SKUs, foco em calçados abertos, ajustes logísticos e no processo de produção. Como resultado, a demora entre o esboço de um produto e sua entrega na loja caiu de 18 para 12 meses. Os prazos de entrega, que chegavam a durar mais de 3 meses, caíram para 40 dias. 

Com o sell out crescendo no Brasil em 2025, e expectativas de repetir a dose no ano que vem, a perspectiva é de que os ajustes daqui para frente venham em termos de mix e canais, como no aumento nas vendas em multimarcas, e ganho de share nas categorias masculino e infantil. 

Alpargatas está reconquistando espaço na Europa, EUA e Ásia

Se a operação brasileira já voltou a dar ótimos retornos, o ceticismo com as operações internacionais continua e inclusive afasta novas recomendações de compra para os papéis. 

Sobre o assunto, Liel disse que a Europa voltou a crescer em volume depois de dois anos de queda, e que as operações na Ásia estão crescendo a uma taxa de dois dígitos. Sobre os Estados Unidos, onde historicamente a Havaianas enfrenta dificuldades, a parceria com o Eastman Group deve trazer maior penetração nas lojas, maior visibilidade e consequentemente maiores vendas. 

Além desses fatores, há um outro ponto que vale a pena ser mencionado sobre o internacional: os chinelos voltaram à moda e estiveram presentes em diversos desfiles importantes neste ano.

Aliás, o modelo Havaianas Top foi eleito o produto mais desejado do mundo segundo a Lyst Index no 3T25, o que também mostra sinais positivos dos investimentos em marketing e da contratação de Gigi Hadid como embaixadora da marca. 

Esse é um tema importante, pois o mercado atribui pouquíssimo valor para a operação internacional, mas que pode se tornar parte relevante do Ebitda

Para encerrar, quando perguntado sobre uma possível venda da Rothy’s, Liel defendeu a participação na companhia, que segundo ele é justificada pelo crescimento de dois dígitos e melhora da rentabilidade. Ao que tudo indica, o gatilho positivo da venda da marca americana não deve aparecer tão cedo, mas a melhora dos outros segmentos internacionais nos deixa animados com a tese em 2026.

Bacharel em Física formado na Universidade de São Paulo (USP), possui MBA de Finanças na Fipe e iniciou a carreira no mercado financeiro em 2011, na própria Empiricus Research. Está à frente da série da casa focada em opções desde 2018, além de contribuir na elaboração e decisões de investimentos nas séries da Empiricus focadas em microcaps e dividendos, além de fazer o acompanhamento de companhias de diversos setores, com mais foco em Utilities e Oil & Gas. Desde o início de 2020 é colunista do portal Seu Dinheiro.