O Ibovespa ultrapassou os 158 mil pontos no pregão desta quarta-feira (26) pela primeira vez em sua história. Mas a máxima histórica nominal representa só uma parte da valorização que a Bolsa brasileira pode registrar nos próximos meses graças a um gatilho para lá de importante: a queda da Selic.
Esta é a visão da analista Larissa Quaresma, da Empiricus Research, que defende que o momento para o investidor se posicionar nas ações locais é antes do início do ciclo de cortes na taxa básica de juros brasileira “para pegar todo o movimento de reprecificação”.
Atualmente, o mercado atribui mais de 90% de probabilidade de uma redução na taxa Selic de 0,25% na reunião de janeiro e um total de 3% de corte ao longo de 2026.
A analista explica que em cenários assim, ocorre a expansão de múltiplos das ações, o que representa uma “pernada” de alta em um primeiro momento. Depois, o lucro das empresas começa a crescer por conta das despesas financeiras menores ocasionadas pela redução dos juros, o que impulsiona ainda mais os ativos.
- Quer investir na bolsa? Confira 10 recomendações para ter investimentos diversificados para buscar lucros. Acesse o relatório gratuito aqui.
Investidores estrangeiros passaram a representar mais da metade do volume de negociações da B3
Enquanto a queda da Selic não se materializa, a presença de investidores estrangeiros passou a representar mais da metade do volume de negociações da Bolsa brasileira. Os gringos são responsáveis por uma entrada de cerca de R$ 30 bilhões ao Brasil em 2025.
“Isso está muito ligado ao fluxo de resgates acumulados dos fundos de ações e multimercados locais. O [investidor] institucional local está fora da Bolsa, não por escolha, mas por obrigação e necessidade de honrar os resgates dos cotistas”, explicou Quaresma em participação no Morning Call do BTG Pactual.
No entanto, com a queda da Selic, os fundos de investimentos voltados para a renda variável tendem a receber mais aportes, tanto pela perda de atratividade da renda fixa quanto pela melhora operacional das empresas em cenários assim.
“Com isso, o fluxo de investidores locais deve voltar à Bolsa. Mas isso seria o segundo passo, quando a Selic começar a cair com mais força”, disse Larissa Quaresma.
O responsável pela equipe de Research do BTG Pactual, Bruno Henriques, destaca o saldo positivo de investimentos estrangeiros no Brasil, mas pondera: “em dólares, estamos falando de US$ 5 bilhões. É muito pouco. Tem muito espaço para ter fluxo para a Bolsa no Brasil, e o corte de juro é fundamental para isso”, afirma.
Para que o investidor possa estar bem posicionado, a Empiricus Research disponibiliza gratuitamente a carteira de 10 ações, com os melhores papéis da Bolsa brasileira para comprar neste momento. Acesse neste link.
Assista ao Morning Call do BTG Pactual com os analistas Bruno Henriques e Larissa Quaresma no vídeo abaixo: