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Investimentos

Bolsas lá fora reagem com alívio na tensão entre Rússia e Ucrânia; resultado do BB; guidance da Raízen e a privatização da Eletrobras em pauta

A Rússia retirou parte das tropas da fronteira com a Ucrânia trazendo ar positivo ao mercado, mas sem deixar a cautela de lado, diz Felipe Miranda. Ele também comenta assuntos corporativos

Por Daniela Rocha

15 fev 2022, 11:13

Atualizado em 16 maio 2022, 21:46

Bolsas lá fora reagem positivamente com a notícia de alívio de tensão entre a Rússia e a Ucrânia

O motivo é que o ministério de Defesa russo informou nesta terça-feira (15/02) que retirou parte de duas tropas da fronteira da Ucrânia. A retirada ocorreu em virtude de uma nova rodada de discussões diplomáticas. 

O clima é de um certo alívio no mercado financeiro, mas com cautela. 

“As bolsas estão em alta lá fora, fazia tempo que a gente não via algo assim clássico, um movimento das pessoas buscando ativos com potencial de maior valorização. Isso em função da notícia reportada por agências internacionais de que a Rússia estaria devolvendo tropas à sua base, aliviando preocupações com guerra”, disse Felipe Miranda, CIO e estrategista-chefe da Empiricus, em seu grupo Ideias Antifrágeis no Telegram, dedicado aos assinantes.

Nesse contexto, a cotação do petróleo tipo Brent recua fortemente, assim como a do gás. “Especialmente o preço do petróleo recuando alivia a pressão sobre a curva de juros”, destacou. 

Outros pontos da agenda internacional

Especulação na China

O preço do minério de ferro continua em queda na China. Segundo o analista, o país está agindo para reduzir a especulação nos contratos futuros da commodity, após ter batido US$ 150 a tonelada. 

Na última sexta-feira (11/02), Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma (NDRC), que é o órgão de planejamento da China, informou que o regulador de mercado enviaria equipes para investigação à bolsa de commodities e aos principais portos do país para examinar estoques de minério de ferro, assim como para averiguar as negociações nos mercados à vista e de futuros ligados à commodity. 

Divulgação do PPI nos Estados Unidos

O grande destaque na agenda macro é a divulgação hoje do Índice de Preços ao Produtor (PPI) nos Estados Unidos. 

“A inflação vem gerando grande preocupação. Vamos ver o que o PPI pode engendrar sobre a taxa de juros americana e os casos de growth (companhias em desenvolvimento com fluxo de caixa muito lá na frente)”, comentou Felipe. 

Destaques corporativos

Banco do Brasil (BBAS3)

De acordo com resultado divulgado nesta segunda-feira (14/02), o Banco do Brasil (BBAS3) teve lucro líquido ajustado recorde de R$ 21 bilhões em 2021, um crescimento de 51,4% em relação a 2020. 

Somente no quarto trimestre do ano passado, o lucro totalizou R$ 5,9 bilhões, uma alta de 60,5% em relação ao mesmo período do ano anterior, superando as expectativas do mercado. 

“Bom resultado do BB com lucro acima do esperado, ROE (retorno sobre o patrimônio) caminhando para 16%, bom dividendo, despesa operacional caindo, custos de crédito caindo e receitas andando bem. Não achei um espetáculo, mas foi bom, então eu espero uma reação positiva no pregão, em especial, dado o caráter absurdamente descontado das ações”, avaliou Felipe. 

Projeção da Raízen

A Raízen (RAIZ4) ajustou seu guidance para o ano safra 2021-2022. A nova projeção contempla Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) no patamar entre R$ 10,4 bilhões a R$ 11,2 bilhões para o período, além de investimentos na faixa de R$ 7,1 bilhões a R$ 7,55 bilhões.

“Essa elevação do seu guidence é boa para a Raízen e para a Cosan (CSAN3), que é a nossa principal posição junto com a Vale (VALE3)”, destacou Felipe, referindo-se à alocação da carteira que ele lidera  Oportunidades de Uma Vida

Eletrobras tem privatização em debate

O Tribunal de Contas da União (TCU) está retomando hoje a análise e julgamento sobre a privatização da Eletrobras (ELET6, ELET3).

Conforme Felipe, se essa pauta andar, poderá levar ao fechamento de capital da Coelce (COCE5), com grande potencial de valorização.

 

Coordenadora de Conteúdo na Empiricus. Jornalista com MBA em Finanças na FIA. Atuou nas editorias de economia da TV Cultura e da Band e foi colaboradora do Valor Econômico, Exame e RI.