
Depois de ensaiar um período de recuperação, as ações da Cosan (CSAN3) voltaram a derrapar na última semana e registraram queda de 17% entre os dias 16 e 23 de junho.
O desempenho negativo recente tem como fatores principais o corte de preço-alvo por uma grande instituição financeira e o aumento da taxa Selic, que torna o custo da elevada dívida da holding ainda maior.
A analista Larissa Quaresma, da Empiricus, afirma que a Cosan enfrenta um ano de desafios e tem a missão de executar um turnaround na holding, para adequar a estrutura de capital, e na subsidiária Raízen, que precisa mostrar melhoria operacional.
“Enxergamos a Cosan vendendo algum ativo relevante, que levante pelo menos R$ 5 bilhões, para que a Raízen consiga reduzir a alavancagem e a queima de caixa”, disse.
A analista destaca que “o tempo corre contra a Raízen”. Afinal, quanto mais tempo a sucroalcooleira passa sem vender ativos, mais o desempenho operacional é prejudicado pelos juros decorrentes do alto endividamento.
Vale a pena apostar no turnaround da Cosan e da Raízen?
Larissa Quaresma afirma acreditar no turnaround da Cosan, no entanto pondera que trata-se de uma tese com risco de execução. “É uma tese de alto risco e alto retorno que temos acompanhado bem de perto”.
A ata do Copom divulgada na última terça-feira (24) indicou que a Selic não deve subir mais nas próximas reuniões, o que é boa notícia para a Cosan. O mercado espera uma queda da taxa básica de juro brasileira em 2026 e a holding, pelos fatores mencionados, seria uma das grandes beneficiadas da bolsa brasileira.
“A variável macroeconômica mais relevante para a Cosan é a Selic. E o gatilho microeconômico é a venda de ativos. É o gatilho que esperamos”, afirmou Larissa.
A Empiricus Research tem recomendação de compra para a Cosan (CSAN3) e vê a ação com uma das maiores assimetrias de valor da bolsa local, segundo Larissa. “É uma ação que tem potencial para dobrar”.
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Cosan é ‘pimenta’ em uma carteira devidamente diversificada
É claro que, pelos riscos mencionados, as ações da Cosan são recomendadas em uma carteira devidamente diversificada.
É o caso do portfólio de 10 ideias montado pela analista Larissa Quaresma, que é atualizado periodicamente com a dezena de ações mais atrativas da bolsa brasileira, na visão da analista.
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