Imagem: Divulgação/Riva
A Direcional (DIRR3) divulgou ontem (11), após o fechamento do mercado, os resultados referentes ao 2T25, com números em linha com as estimativas e alguns destaques pontuais.
Desempenho da Direcional no 2T25 atende expectativas
Conforme antecipado na prévia operacional, os lançamentos cresceram 40% em relação ao 2T24, totalizando um Valor Geral de Vendas (VGV) de R$ 1,9 bilhão (R$ 1,4 bilhão na participação da companhia) no trimestre. As vendas líquidas atingiram R$ 1,7 bilhão, sendo R$ 1,3 bilhão na participação Direcional. O indicador de Vendas sobre Oferta (VSO) foi de 26% no trimestre, alta de 300 bps em relação ao 1T25, com destaque para o VSO da marca Riva, que alcançou 27%.
A receita líquida da Direcional somou R$ 1,1 bilhão, o maior patamar da história da companhia. Considerando a linha de equivalência patrimonial (que engloba projetos de controladas), a receita com vendas de imóveis teria alcançado R$ 1,4 bilhão, crescimento de 24% frente ao 2T24.
A margem bruta ajustada foi novamente destaque, atingindo 47,1% no período — 3,9 p.p. acima do 2T24 — favorecida pelo mix de projetos de safras mais recentes. A Margem REF seguiu em trajetória ascendente, chegando a 44,9%, o que é um bom indicativo para os próximos exercícios.
Apesar do bom controle das despesas administrativas e comerciais, houve impacto negativo de cerca de R$ 47 milhões provenientes da constituição de provisões e despesas jurídicas, o que resultou em ligeira queda na margem Ebitda em relação ao 1T25.
Ainda assim, com resultado financeiro favorável, o lucro líquido operacional atingiu R$ 184 milhões no 2T25, alta de 36% sobre o 2T24 e de 16% sobre o 1T25. O ROE anualizado ajustado chegou a 34% — o maior da história da companhia.
A geração de caixa foi de R$ 395 milhões, impulsionada pela alienação de participação na Riva. Com isso, a Direcional encerrou o trimestre com caixa líquido equivalente a 5,6% do patrimônio líquido, nível considerado confortável.
Projeções otimistas e mais dividendos à vista? Entenda
No geral, o resultado operacional apresentou números sólidos, com excelente performance de vendas e rentabilidade, com destaque para a margem bruta. Com custos operacionais controlados, a expectativa é de manutenção de margens elevadas nos próximos trimestres.
Considerando os proventos anunciados no ano (data-ex), o dividend yield é de aproximadamente 8%. Em nossa visão, o bom desempenho operacional abre espaço para novas distribuições ao longo do ano.
Negociando a um múltiplo P/E de 7,1 vezes para 2026 e ampliando o pagamento de dividendos, as ações de DIRR3 permanecem entre as recomendações da Empiricus.