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Investimentos

Eletrobras (ELET6) tem resultados em linha com as expectativas no 2T25 e mostra que está no caminho certo para se tornar ótima pagadora de dividendos

Os resultados operacionais da Eletrobras (ELET6) vieram em linha com o esperado. Leia a análise completa.

Por Ruy Hungria

07 ago 2025, 10:20

Atualizado em 07 ago 2025, 11:22

eletrobras ELET6

Imagem: iStock.com/MadamLead / Montagem: Empiricus Research

A Eletrobras (ELET6) apresentou resultados operacionais em linha com expectativas, apesar de um impacto negativo não recorrente que levou a companhia a um prejuízo no trimestre (explicado mais abaixo). O destaque positivo foi o anúncio de R$ 4 bilhões em dividendos

A receita de Geração cresceu +10%, ajudada por maiores volumes e preços no período. Mas esse crescimento foi compensado pela queda de -12,7% na receita de Transmissão, afetada negativamente pela revisão tarifária periódica. 

Sendo assim, a receita líquida da Eletrobras permaneceu praticamente estável vs o 2T24, em R$ 9,7 bilhões.

Participações societárias atrapalham resultado consolidado

O Ebitda da Eletrobras antes de participações societárias cresceu +6%, para R$ 6 bilhões, reflexo de um bom controle dos custos de compra de energia, redução dos gastos gerenciáveis (PMSO) e principalmente por menores provisões na comparação com o 2T24, quando a companhia ainda sofria com inadimplências da Amazonas Energia.

No entanto, as participações societárias atrapalharam o resultado operacional consolidado, por efeitos diversos como remensuração de receitas de transmissão na ISA Energia, paradas para manutenção na Eletronuclear e revisão de capex na Transnorte Energia. Com isso, o Ebitda caiu -8,6% na comparação anual, para R$ 5,5 bilhões.

Esse recuo do Ebitda combinado com um aumento no pagamento de impostos fez o lucro líquido ajustado recuar -27%, para R$ 1,2 bilhão, mas em linha com estimativas.

Vale notar que na visão societária sem ajustes, a companhia apresentou um prejuízo de R$ 1,3 bilhão, afetado principalmente pelo impacto negativo de R$ 3,4 bilhões, reflexo da remensuração da RBSE, mas que não tem efeito caixa e cujo impacto já havia sido adiantado pela companhia em junho deste ano.

A Eletrobras segue mostrando avanços no estoque de compulsórios (que recuou R$ 1,2 bilhão frente ao 1T25 e R$ 3,3 bilhões na comparação com o 2T24) e apresentou crescimento de 15% no fluxo de caixa livre, que atingiu R$ 2,5 bilhões. 

Eletrobras vai pagar dividendos de R$ 4 bilhões

A companhia aproveitou para anunciar o pagamento de R$ 4 bilhões de dividendos aos acionistas, o que equivale um yield de aproximadamente 4,5%. Nos últimos 12 meses, o yield já supera 8%, reforçando a nossa visão de que a Eletrobras está no caminho para se tornar uma ótima pagadora de dividendos.

Por 10x lucros esperados para 2026 e bom potencial de crescimento de resultados e dividendos, as ações da Eletrobras segue com recomendação de compra da Empiricus.

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Bacharel em Física formado na Universidade de São Paulo (USP), possui MBA de Finanças na Fipe e iniciou a carreira no mercado financeiro em 2011, na própria Empiricus Research. Está à frente da série da casa focada em opções desde 2018, além de contribuir na elaboração e decisões de investimentos nas séries da Empiricus focadas em microcaps e dividendos, além de fazer o acompanhamento de companhias de diversos setores, com mais foco em Utilities e Oil & Gas. Desde o início de 2020 é colunista do portal Seu Dinheiro.