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Investimentos

Eneva (ENEV3): Novas linhas de negócio são destaque em 3T25 sólido; veja análise

Lucro líquido da Eneva atingiu R$ 351,7 milhões no 3T25, alta expressiva de 243%

Por Ruy Hungria

12 nov 2025, 10:59

Atualizado em 12 nov 2025, 10:59

Eneva ENEV3

Imagem: Divulgação

A Eneva (ENEV3) apresentou resultados sólidos referentes ao 3T25, com forte crescimento de Receita e Ebitda, ajudados principalmente pelas térmicas recém adquiridas, além de bons níveis de despachos e comercialização de gás. 

O Ebitda do complexo Parnaíba cresceu R$ 29,8 milhões no período, alta anual de +8,2%, ajudado principalmente pelo reajuste das receitas fixas e entrada em operação de Parnaíba VI, que mais do que compensaram a ligeira queda nos despachos na comparação com o 3T24. 

Na usina Jaguatirica II (geração Roraima), o Ebitda saltou R$ 39,2 milhões (+43,2% a/a), um desempenho forte reflexo de reajustes de receita fixa, maiores despachos e disponibilidade da usina. 

Apesar da manutenção de bons níveis de despachos em Parnaíba e Jaguatirica II, o segmento de Upstream (produção de gás) apresentou queda de -R$ 54,8 milhões no Ebitda (-18,1% a/a), por conta de maiores gastos com exploração e royalties. 

O Hub Sergipe foi um dos destaques positivos, com crescimento de R$ 206,3 milhões no Ebitda, +57,8% a/a, ajudado por reajuste na receita fixa da UTE Porto Sergipe e contribuição positiva nas receitas de comercialização de gás on-grid, linha de negócio recém criada pela companhia e que evidencia as vantagens de o complexo estar conectado à malha de transporte. 

Ainda sobre a comercialização de gás, o segmento off-grid (venda de gás liquefeito para grandes clientes) também mostrou evolução interessante, com contribuição de R$ 67,1 milhões para o Ebitda consolidado – no 3T24 esse segmento teve contribuição negativa para os resultados. 

Usinas recém-adquiridas ajudaram o resultado da Eneva

As usinas recém-adquiridas (três usinas a gás no Espírito Santo e uma a óleo no Maranhão) contribuíram com acréscimo de R$ 453 milhões para o Ebitda consolidado – elas ainda não faziam parte do portfólio no 3T24. 

As usinas a Carvão apresentaram aumento de R$ 11,8 milhões no Ebitda (+9,9%), ajudadas pelo reajuste de receitas fixas e maiores despachos no período.  

O Ebitda da comercialização de energia ficou praticamente estável na comparação anual, enquanto o resultado operacional da holding piorou R$ -281 milhões, ainda que boa parte seja de efeitos não-caixa por conta das aquisições recentes. Operacionalmente, o destaque negativo segue com a Geração Solar, ainda afetada pelos curtailments, o que fez o Ebitda do segmento ficar negativo, em R$ -9,3 milhões. 

Eneva tem lucro líquido de R$ 351,7 milhões no 3T25

Mesmo com esses efeitos negativos, o Ebitda consolidado aumentou +60,7%, para R$ 1,8 bilhão, levemente acima das expectativas, ajudado pela recente aquisição das térmicas, bons níveis de despacho e contribuição positiva do segmento de comercialização de gás on-grid e off-grid. 

Essas melhorias também ajudaram o lucro líquido a crescer de R$ 102,7 milhões no 3T24 para R$ 351,7 milhões, alta expressiva de +243%. Com a melhora do Ebitda, a alavancagem caiu para 2,68x dívida líquida/Ebitda, ante 3,53x um ano antes. 

Por cerca de 9x valor da firma/Ebitda e boas avenidas de crescimento pela frente, como o Leilão de Reserva de Capacidade, as ações ENEV3 seguem com recomendação de compra pela Empiricus. 

Bacharel em Física formado na Universidade de São Paulo (USP), possui MBA de Finanças na Fipe e iniciou a carreira no mercado financeiro em 2011, na própria Empiricus Research. Está à frente da série da casa focada em opções desde 2018, além de contribuir na elaboração e decisões de investimentos nas séries da Empiricus focadas em microcaps e dividendos, além de fazer o acompanhamento de companhias de diversos setores, com mais foco em Utilities e Oil & Gas. Desde o início de 2020 é colunista do portal Seu Dinheiro.