Imagem: Edição CanvaPro
O CFO da Eucatex (EUCA4) relembrou a entrega de bons resultados neste ano com crescimento em todas as linhas e ganho de margens, em entrevista recente ao portal NeoFeed.
Apesar de um cenário macro difícil, a companhia conseguiu surfar o impulso do Minha Casa Minha Vida e incentivo aos programas de reforma para população de baixa renda, entregando um resultado robusto. Vale citar a expansão de +32,8% do ebitda, com ganho de +4,1 p.p. de margem na comparação anual dos 9M.
Mas esse desempenho poderia ter sido muito pior sem sua base florestal, que tem se tornado um diferencial competitivo cada vez mais relevante.
Em um mercado escasso e ilíquido, ser autossuficiente em madeira é fundamental para a companhia manter sua operação em pleno funcionamento sem oscilações dramáticas de custos.
Concorrentes que não têm sua própria base florestal enfrentaram uma alta de pelo menos 100% dos custos nos últimos anos, o que certamente afetou o resultado líquido e/ou o crescimento da operação.
Outra vantagem de ter ativos florestais é a possibilidade de emissão de Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs) – um diferencial importante especialmente em contexto de juros elevados.
O que esperar da Eucatex para o próximo ano?
Com a maior parte da receita advinda de produtos dependentes da madeira, a Eucatex continuará alocando uma parte relevante do capex em seu ativo florestal, decisão que tem se mostrado bastante acertada.
Em 2026, outra parcela relevante dos investimentos será alocada na linha de acabamento e automação, o que deve alavancar o crescimento de produtos de maior valor agregado e proporcionar ganho de margens.
Seguimos otimistas com a capacidade de entrega da companhia.
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