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Começa hoje a rodada de reuniões para a decisão de política monetária nos EUA. O mercado espera que o Federal Reserve anuncie na quarta-feira (29) um novo corte de 0,25 ponto percentual, reduzindo a taxa dos Fed Funds para o intervalo entre 3,75% e 4,00% ao ano.
Como comentamos na semana passada, o mercado já precifica há algumas semanas um corte na reunião do Fed desta semana. No entanto, a sequência recente de dados mais benignos de inflação reforçou as expectativas de continuidade do ciclo de afrouxamento monetário na reunião de dezembro e ao longo do primeiro trimestre de 2026. Para a reunião de amanhã, portanto, o mais relevante, será o comunicado.
Além de um voto divergente do diretor Steven Miran, que deve advogar por um corte maior, esperamos que haja consenso entre os demais membros do Fed.
O mercado também espera o anúncio do fim do processo de enxugamento do balanço (quantitative tightening) da autoridade monetária. O presidente Jerome Powell afirmou recentemente que o QT seria encerrado nos próximos meses. É possível, contudo, que esse processo seja antecipado e o comitê decida terminar o QT nos próximos dias, dado o nível deprimido das operações compromissadas overnight (ON RRP).
Após a decisão, Powell deve manter o tom cauteloso em sua fala, evitando a antecipação de decisões futuras. Isso porque, até a decisão de dezembro, o comitê deve ter em mãos três novas rodadas de dados sobre o mercado de trabalho, o que pode mudar o cenário macroeconômico até lá.
Decisão de juros na Zona do Euro
Além do Federal Reserve, o Banco Central Europeu (BCE) também se reunirá para decidir a política monetária da zona do euro nesta semana. A reunião não deve ser gatilho relevante para os mercados. Já é esperado que as taxas de juros se mantenham inalteradas em 2,00%, o que deve corroborar com a postura mais cautelosa da Presidente Christine Lagarde e os indicadores antecedentes de atividade (PMIs) divulgados recentemente que ficaram acima das expectativas, apontando para uma economia em expansão.
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Focus reduz expectativa de inflação e Copom se aproxima
No Brasil, a semana iniciou com queda significativa de expectativa de inflação no Brasil. Do lado dos economistas, o relatório Focus do Banco Central, divulgado nesta segunda-feira (27), revelou uma queda das projeções de 2025 até 2028, conforme tabela abaixo.

Ainda mais relevante, a inflação implícita de mercado também tem recuado consistentemente. Para o final do primeiro trimestre de 2026, o mercado precifica algo como 3,5% de inflação (a/a) e 3,73% para o final do ano.
Embora ainda acima do centro da meta do Banco Central (3%), o movimento recente dá uma ideia da velocidade com que a inflação deve convergir na presença de algum gatilho positivo para o mercado doméstico.
Para o Copom desta semana, o Banco Central deve manter os juros estáveis em 15% e resistir em indicar o início iminente do ciclo de cortes.
Mesmo com poucas alterações, é possível que o BC reconheça os sinais de desaceleração da economia e o último dado de pedido de seguro-desemprego bem acima do consenso. Além disso, o comportamento mais benigno da moeda brasileira também deve levar a uma revisão baixista das projeções de inflação da autarquia.
Por isso, ainda que o tom do comunicado se mantenha duro (hawkish), os dados macroeconômicos e os preços de mercado têm corroborado nossa visão de que há espaço para o início do corte de juros ainda neste ano, com uma redução de 25 pontos-base.
Além disso, ainda vemos uma precificação conservadora do ciclo de afrouxamento monetário na curva futura de juros. Por isso, mantemos nossa visão positiva para os títulos prefixados.
Cardápio da semana
| Características do CDB prefixado do Paraná Banco | |
| Classificação de risco da instituição | Fitch: AA- (bra) |
| Público-alvo | Investidores em geral |
| Onde encontrar | BTG Pactual |
| Aplicação mínima | R$ 1 mil |
| Aplicação máxima | – |
| Liquidação | D+0 |
| Vencimento (prazo) | 28/10/2026 (365 dias corridos) |
| Rentabilidade anual | 14,80% a.a. |
| Tributação | 17,50% |
| Pagamento de juros | No vencimento |
| Resgate | No vencimento |
| Garantias | Fundo Garantidor de Créditos (FGC) |
| Horário limite de aplicação | 17h45 |
| Características do CDB prefixado do Agibank | |
| Classificação de risco da instituição | Fitch: AA- (bra) |
| Público-alvo | Investidores em geral |
| Onde encontrar | Nubank |
| Aplicação mínima | R$ 1,00 |
| Aplicação máxima | – |
| Liquidação | D+0 |
| Vencimento (prazo) | 28/10/2026 (365 dias corridos) |
| Rentabilidade anual | 14,60% a.a. |
| Tributação | 17,50% |
| Pagamento de juros | No vencimento |
| Resgate | No vencimento |
| Garantias | Fundo Garantidor de Créditos (FGC) |
| Horário limite de aplicação | 14h30 |
| Características da LCI prefixada do Banco Inter | |
| Classificação de risco da instituição | Fitch: AA+ (bra) |
| Público-alvo | Investidores em geral |
| Onde encontrar | Banco Inter |
| Aplicação mínima | R$ 50,00 |
| Aplicação máxima | – |
| Liquidação | D+0 |
| Vencimento (prazo) | 29/10/2026 (366 dias corridos) |
| Rentabilidade anual | até 12,68% a.a. |
| Tributação | Isenta |
| Pagamento de juros | No vencimento |
| Resgate | No vencimento |
| Garantias | Fundo Garantidor de Créditos (FGC) |
| Horário limite de aplicação | 21h55 |
As taxas e vencimentos do títulos indicados nas tabelas acima são referentes ao dia 28 de outubro de 2025 e, portanto, são válidos apenas para o dia de hoje (28) e podem mudar devido as oscilações de mercado.
Vale destacar que a série Super Renda Fixa tem como foco principal recomendar títulos de crédito privado com uma relação de risco e retorno atrativa, atendendo à demanda de assinantes que buscam retornos acima dos títulos públicos.
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