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Investimentos

Fed vai cortar juros? Copom manterá Selic? Veja 3 títulos de renda fixa para investir antes das decisões

Confira as recomendações para a carteira de renda fixa com LCI e CDB para aproveitar as taxas de juros no patamar atual.

Por Lais Costa

28 out 2025, 13:17

Atualizado em 28 out 2025, 13:17

dinheiro renda fixa lci lca moeda real

Imagem: iStock.com/Rmcarvalho

Começa hoje a rodada de reuniões para a decisão de política monetária nos EUA. O mercado espera que o Federal Reserve anuncie na quarta-feira (29) um novo corte de 0,25 ponto percentual, reduzindo a taxa dos Fed Funds para o intervalo entre 3,75% e 4,00% ao ano.

Como comentamos na semana passada, o mercado já precifica há algumas semanas um corte na reunião do Fed desta semana. No entanto, a sequência recente de dados mais benignos de inflação reforçou as expectativas de continuidade do ciclo de afrouxamento monetário na reunião de dezembro e ao longo do primeiro trimestre de 2026. Para a reunião de amanhã, portanto, o mais relevante, será o comunicado.

Além de um voto divergente do diretor Steven Miran, que deve advogar por um corte maior, esperamos que haja consenso entre os demais membros do Fed.

O mercado também espera o anúncio do fim do processo de enxugamento do balanço (quantitative tightening) da autoridade monetária. O presidente Jerome Powell afirmou recentemente que o QT seria encerrado nos próximos meses. É possível, contudo, que esse processo seja antecipado e o comitê decida terminar o QT nos próximos dias, dado o nível deprimido das operações compromissadas overnight (ON RRP).

Após a decisão, Powell deve manter o tom cauteloso em sua fala, evitando a antecipação de decisões futuras. Isso porque, até a decisão de dezembro, o comitê deve ter em mãos três novas rodadas de dados sobre o mercado de trabalho, o que pode mudar o cenário macroeconômico até lá.

Decisão de juros na Zona do Euro

Além do Federal Reserve, o Banco Central Europeu (BCE) também se reunirá para decidir a política monetária da zona do euro nesta semana. A reunião não deve ser gatilho relevante para os mercados. Já é esperado que as taxas de juros se mantenham inalteradas em 2,00%, o que deve corroborar com a postura mais cautelosa da Presidente Christine Lagarde e os indicadores antecedentes de atividade (PMIs) divulgados recentemente que ficaram acima das expectativas, apontando para uma economia em expansão.

Focus reduz expectativa de inflação e Copom se aproxima

No Brasil, a semana iniciou com queda significativa de expectativa de inflação no Brasil. Do lado dos economistas, o relatório Focus do Banco Central, divulgado nesta segunda-feira (27), revelou uma queda das projeções de 2025 até 2028, conforme tabela abaixo.

Ainda mais relevante, a inflação implícita de mercado também tem recuado consistentemente. Para o final do primeiro trimestre de 2026, o mercado precifica algo como 3,5% de inflação (a/a) e 3,73% para o final do ano.

Embora ainda acima do centro da meta do Banco Central (3%), o movimento recente dá uma ideia da velocidade com que a inflação deve convergir na presença de algum gatilho positivo para o mercado doméstico.

Para o Copom desta semana, o Banco Central deve manter os juros estáveis em 15% e resistir em indicar o início iminente do ciclo de cortes.

Mesmo com poucas alterações, é possível que o BC reconheça os sinais de desaceleração da economia e o último dado de pedido de seguro-desemprego bem acima do consenso. Além disso, o comportamento mais benigno da moeda brasileira também deve levar a uma revisão baixista das projeções de inflação da autarquia.

Por isso, ainda que o tom do comunicado se mantenha duro (hawkish), os dados macroeconômicos e os preços de mercado têm corroborado nossa visão de que há espaço para o início do corte de juros ainda neste ano, com uma redução de 25 pontos-base.

Além disso, ainda vemos uma precificação conservadora do ciclo de afrouxamento monetário na curva futura de juros. Por isso, mantemos nossa visão positiva para os títulos prefixados.

Cardápio da semana

Características do CDB prefixado do Paraná Banco
Classificação de risco da instituiçãoFitch: AA- (bra)
Público-alvoInvestidores em geral
Onde encontrarBTG Pactual
Aplicação mínimaR$ 1 mil
Aplicação máxima
LiquidaçãoD+0
Vencimento (prazo)28/10/2026 (365 dias corridos)
Rentabilidade anual14,80% a.a.
Tributação17,50%
Pagamento de jurosNo vencimento
ResgateNo vencimento
GarantiasFundo Garantidor de Créditos (FGC)
Horário limite de aplicação17h45  
Características do CDB  prefixado do Agibank
Classificação de risco da instituiçãoFitch: AA- (bra)
Público-alvoInvestidores em geral
Onde encontrarNubank
Aplicação mínimaR$ 1,00
Aplicação máxima
LiquidaçãoD+0
Vencimento (prazo)28/10/2026 (365 dias corridos)
Rentabilidade anual14,60% a.a.
Tributação17,50%
Pagamento de jurosNo vencimento
ResgateNo vencimento
GarantiasFundo Garantidor de Créditos (FGC)
Horário limite de aplicação14h30
Características da LCI prefixada do Banco Inter
Classificação de risco da instituiçãoFitch: AA+ (bra)
Público-alvoInvestidores em geral
Onde encontrarBanco Inter
Aplicação mínimaR$ 50,00
Aplicação máxima
LiquidaçãoD+0
Vencimento (prazo)29/10/2026 (366 dias corridos)
Rentabilidade anualaté 12,68% a.a.
TributaçãoIsenta
Pagamento de jurosNo vencimento
ResgateNo vencimento
GarantiasFundo Garantidor de Créditos (FGC)
Horário limite de aplicação21h55
A LCI do Banco Inter oferece rentabilidade de 12,68% a.a. para investimentos de até R$250 mil e chega a 12,6% a.a. para valores acima de R$1 milhão. Além disso, a taxa líquida da LCI é equivalente a uma taxa bruta de 15,37% a.a..

As taxas e vencimentos do títulos indicados nas tabelas acima são referentes ao dia 28 de outubro de 2025 e, portanto, são válidos apenas para o dia de hoje (28) e podem mudar devido as oscilações de mercado.

Vale destacar que a série Super Renda Fixa tem como foco principal recomendar títulos de crédito privado com uma relação de risco e retorno atrativa, atendendo à demanda de assinantes que buscam retornos acima dos títulos públicos. 

Para a sua reserva de emergência, aquele dinheiro que você pode precisar no curtíssimo prazo, recomendamos apenas o Tesouro Selic, disponível na plataforma do Tesouro Direto, ou fundos DI taxa zero

Engenheira eletricista pela UTFPR com passagem pelo MIT e especialização em finanças pela Columbia University. Iniciou a carreira no mercado financeiro com foco no mercado de bonds nos EUA. Após uma experiência na Itaú Asset em NY, ela esteve por três anos no time de Global Macro Strategy da XP Inc também em NY, cobrindo mercados emergentes asiáticos e Brasil com foco em criação de ideias de investimento de renda fixa para clientes institucionais. Desde maio de 2021, Laís faz parte do time de análise da Empiricus. Por dois anos foi responsável pela alocação e seleção de fundos globais e hoje é a analista a frente das séries Super Renda Fixa e Os Melhores Fundos de Investimento.