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Após 43 dias de shutdown, Donald Trump sancionou o projeto de lei que põe fim à paralisação recorde do governo dos Estados Unidos. Com a notícia, os principais índices da bolsa americana acordam de bom humor nesta quinta-feira (13), com os índices Dow Jones e S&P 500 registrando altas, enquanto o Nasdaq recua, ainda pressionado pelo desempenho das big techs.
A importância do fim da paralisação foi ressaltada pela analista Larissa Quaresma, da Empiricus Research. “Quanto mais tempo o governo continuasse paralisado, mais forte seria o efeito de enfraquecimento no mercado de trabalho”, comenta em participação ao programa Morning Call do BTG Pactual.
O analista de macroeconomia da Empiricus, Matheus Spiess, também apontou que o encerramento do shutdown reduz o risco de um impacto mais profundo sobre a economia.
“É um bom sinal: caso o impasse tivesse se estendido para a principal temporada de compras e para o pico de viagens de fim de ano, a probabilidade de recessão teria aumentado significativamente”, escreveu em sua newsletter diária, Mercado em 5 Minutos.
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Efeitos do shutdown nos EUA ainda devem ecoar este mês
O acordo assinado por Trump na quarta-feira (12) estende o orçamento federal até janeiro de 2026 e prevê o pagamento retroativo aos servidores que foram postos em licença não-remunerada ou que trabalharam sem receber durante a paralisação.
Para Spiess, ainda segue aberta a possibilidade de novo impasse no início de 2026, além de haver impactos econômicos “expressivos”.
“O crescimento do PIB do trimestre deve ser reduzido, diversos programas sociais foram interrompidos e a divulgação de indicadores-chave, como inflação e emprego, permanece atrasada, com risco de que os dados de outubro nem sequer sejam publicados”, comenta.
Quaresma, contudo, ressalta que as divulgações de dados de novembro devem ser o suficiente para que o Federal Reserve decida o rumo da política monetária em dezembro, cuja expectativa majoritária, segundo a analista, é de um corte de 25 pontos-base.
“O fim da paralisação foi ‘telegrafado’ ao longo da semana, à medida que o financiamento temporário do governo tramitava pelo Senado. Agora, teremos uma redução da incerteza e voltamos a entender, com dados oficiais, o que está acontecendo na economia americana”, afirma.
O acordo aprovado no Congresso americano também prevê o financiamento do Departamento de Agricultura por um ano e de construções militares, embora tenha deixado de fora a prorrogação dos subsídios à saúde – pauta que ganhou destaque pelo impasse com os Democratas.
Veja mais notícias de destaque desta quinta-feira (13) no programa Morning Call do BTG Pactual, disponível no quadro abaixo: