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Investimentos

Fundo multimercado Carteira Universa, da Empiricus, valoriza 206% do CDI em agosto e analista vê só o começo: ‘um aperitivo de bull market’

Analistas da Empiricus veem ‘super ciclo de Brasil’ e detalham tese em live; fundo já acumula 14,54% no ano e supera com folga o CDI

Por Mariana Pavão

08 set 2025, 13:19

Atualizado em 08 set 2025, 13:36

Felipe Miranda Small Caps palavra do estrategista ibovespa carteira universa empiricus

Imagem: Fundo-iStock.com/peshkov | Edição CanvaPro

O desempenho do fundo multimercado Carteira Universa em agosto confirmou o que os analistas da Empiricus já vinham apontando: julho foi apenas “um soluço” no caminho de uma tese mais robusta.

O fundo avançou 2,39% no mês (206% do CDI, que subiu 1,16%) e já soma 14,54% no ano, recuperando o recuo de 1,5% do mês anterior. A boa performance renova o otimismo, conforme ressaltou Felipe Miranda, CIO da Empiricus Research:

“Para quem está esperando um super ciclo de Brasil, o mês de agosto foi espetacular.”

Em live, os analistas da Empiricus destacaram que a melhora do cenário macro, somada aos bons resultados das empresas, reforçam a convicção de que o Brasil está no caminho de um bull market real.

Stock picking puxa performance da carteira

Com escolhas bem posicionadas, o fundo conseguiu capturar reações expressivas na bolsa, impulsionado por resultados sólidos e eventos relevantes em empresas estratégicas.

A seleção de ações do fundo superou o Ibovespa, que já havia mostrado uma surpresa positiva de, na média, 8% nos lucros das empresas. Larissa Quaresma, analista de ações, pontuou que:

“Na nossa carteira, se a gente fizer a média ponderada, o resultado foi melhor ainda. Então, a seleção de ações fez muita diferença. A gente pegou diversas reações positivas muito intensas.”

Entre os destaques estiveram:

  • Eletrobras (ELET3): começou a colher os frutos da reestruturação pós-privatização, com aumento de rentabilidade e anúncio de dividendos extraordinários.
  • Smart Fit (SMFT3): surpreendeu com um crescimento de 32% na receita, embasado tanto pelo aumento de clientes quanto pelo reajuste de preços. 
  • BTG Pactual (BPAC11): teve um ROI de 27%, descrito como “um resultado chocante” por Larissa.
  • Localiza (RENT3): reduziu o ROIC Spread para 8%, impulsionada por diárias mais altas, gestão mais eficiente da frota e estratégia acertada de renovação de veículos.
  • Cosan (CSAN3): iniciou um ponto de inflexão com venda de ativos, avanço na capitalização da Raízen e melhora no cenário competitivo após a Operação Carbono Oculto.

Para Larissa, o ponto central é que as empresas estão entregando resultado mesmo em um cenário ainda marcado por juros elevados:

“A gente vê que as empresas fizeram realmente um esforço de eficiência, de racionalização das estruturas corporativas, de redução do spread da dívida sobre o CDI. Então, mesmo nesse ambiente de juros elevados, elas continuam indo bem.”

Bull markets existem — e mudam vidas

Se agosto trouxe alívio e recuperação, os próximos meses trazem expectativa de aceleração. Para Larissa, os movimentos recentes ainda são apenas o começo. 

“A gente pode ter aí realmente, verdadeiramente, um bull market, porque agora o que a gente teve, eu acho que foi só um aperitivo bem leve.”

Três grandes vetores sustentam essa expectativa. O primeiro é o dólar mais fraco no cenário internacional, o que favorece países emergentes como o Brasil. Miranda destacou alguns sinais relevantes nesse contexto:

“A gente tem visto compra de bitcoin pelo governo chinês, compra de ouro pelo governo russo, pessoal saindo do dólar… esses são catalisadores importantes nessa linha.”

O segundo é a expectativa de corte de juros nos Estados Unidos, que poderia abrir caminho para o início do afrouxamento monetário no Brasil. 

“O corte da taxa de juros pelo Fed é um catalisador importante [para destravar os cortes aqui]. Quando entrar na cara do goleiro, o Copom vai cortar”, comparou o gestor.

E o terceiro é a aproximação das eleições de 2026 que traz o rali eleitoral à tona, especialmente se o mercado enxergar a possibilidade de alternância de poder. Para Miranda: 

“Qualquer coisa que impacte o dólar mais para baixo no mundo, que represente taxas de juros menores, aqui e lá fora, e que fortaleça a hipótese do rali eleitoral, acho que essas são as grandes forças para nos catapultar a novas máximas.”

O CIO também chamou atenção para o que considera um ceticismo excessivo no mercado. 

“Só tem o bear market porque tem o bull market. Não existe o bear market sem o bull market. A gente está viciado no bear market. Mas acontecem. E eles são gigantescos, eles mudam vidas.”

O Carteira Universa é um fundo multimercado que incorpora as principais convicções da Empiricus, com exposição a ações, renda fixa, cripto e ativos internacionais.

Para conhecer a tese completa e conferir a análise detalhada do time de analistas, assista à live na íntegra abaixo.

Redatora dos portais Empiricus, Seu Dinheiro e MoneyTimes.