Imagem: Divulgação/Gerdau
O Instituto Aço Brasil divulgou números fracos referentes ao mês de novembro. As vendas no mercado interno caíram -4% na comparação anual, para 1,75 milhão de toneladas, com destaque para o recuo de -7% em aços longos (o aço plano caiu menos, mas tem uma base de comparação bem mais baixa também).
Por sua vez, as importações de aço aumentaram +18% vs novembro de 2024, para 469 mil toneladas, com alta expressiva de +37% no segmento de aços planos.
Siderúrgicas dão ‘passo para trás’ em investimentos e produção
A combinação de desaceleração nas vendas domésticas com aumento de importações apenas reforça que o ambiente continua muito difícil para as empresas locais. Segundo reportagem da Folha publicada na última terça-feira (16), as siderúrgicas instaladas no Brasil cortaram mais de 5 mil empregos ao longo deste ano e suspenderam R$ 2,5 bilhões em investimentos. A produção de aço das empresas locais também foi revisada para baixo.
Se por um lado a forte concorrência de produtos importados tem impactado os resultados, por outro lado a forte deterioração de margens, investimentos e empregos servem como ótimos argumentos para as companhias conseguirem pressionar o governo a elevar a tributação.
Temos ouvido de algumas fontes do setor que medidas mais severas contra importações devem ser implementadas até março de 2026, o que seria ótima notícia, especialmente para as siderúrgicas mais dependentes do mercado interno – casos de CSN e Usiminas.
Apesar de também ser afetada por essa dinâmica negativa no Brasil, lembramos que mais da metade do ebitda da Gerdau vem da América do Norte, o que tem contribuído para níveis dignos de margem, geração de caixa e dividendos/recompras.
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