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O Ibovespa, principal índice da bolsa de valores brasileira, bateu na última segunda-feira (14) a marca de 14 pregões consecutivos de alta e superou, pela primeira vez, a marca de 155 mil pontos.
Nesta terça-feira (11), o índice segue em forte alta e caminha para a 15ª alta seguida, ultrapassando pela primeira vez a marca de 158 mil pontos. No ano, a valorização passa de 30%.
Segundo o analista Matheus Spiess, da Empiricus, o desempenho é sustentado por três pilares centrais:
- O enfraquecimento do dólar no cenário global, especialmente após as tarifas anunciadas por Trump;
- A rotação internacional de portfólios, com realocação de recursos dos EUA para outras regiões;
- O início do ciclo de corte de juros nos EUA, que, entre outros benefícios, abre espaço para que outros países façam o mesmo – inclusive o Brasil.
Fatores internos também impulsionam bolsa brasileira
Como é possível perceber, os três fatores advém de forças externas. No entanto, para o analista, recentemente algumas questões domésticas também têm ganhado protagonismo e ajudado a impulsionar a bolsa brasileira:
- A temporada de resultados brasileira segue positiva, “com empresas mostrando boa geração de caixa, margens resilientes e ganho de mercado”;
- A perspectiva de queda da Selic. Após a Ata do Copom e o IPCA melhores que o esperado, a maioria do mercado espera um corte na taxa em janeiro;
- Eleições no radar. O mercado não esconde a preferência por uma alternância de poder e pesquisas recentes indicaram nova queda na popularidade do governo federal.
“Como muitas casas ainda estavam pouco alocadas no Brasil, essa combinação política ajudou a atrair fluxo comprador adicional”, disse.
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Até onde pode ir o Ibovespa?
O analista destaca que o Ibovespa, mesmo na máxima histórica nominal, segue atrativo em dólares, “mesmo quando ajustado pela inflação e pelos múltiplos”.
Para a continuidade do rali atual, o analista afirma que é necessário:
- O cenário externo continuar a colaborar, com cortes de juros nos EUA sem recessão;
- A entrada do Brasil em seu ciclo de corte de juros em 2026.
“Soma-se a isso o rali eleitoral e um posicionamento extremamente leve, tanto de investidores estrangeiros quanto locais, quando comparado ao histórico”, disse.
“Olhando para o conjunto da obra, o caráter estrutural desta recuperação, após a correção do final do ano passado, indica que o rali ainda tem boas chances de seguir com a gente”, conclui.
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- 10% em exportadoras; e
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