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Investimentos

Apple (AAPL34) supera expectativas no trimestre, com iPhone como destaque; hora de comprar ações da big tech?

Venda de iPhones tem crescimento de 13,5% na comparação anual, alcançando US$ 44,5 bilhões no trimestre; confira análise

Por Enzo Pacheco, CFA

31 out 2025, 10:14

Atualizado em 31 out 2025, 10:14

Apple AAPL34 AAPL

Imagem: Divulgação/Apple

Na quinta-feira (29), a Apple (B3: AAPL34 | Nasdaq: AAPL) reportou os seus números do quarto trimestre fiscal de 2025 (encerrado em setembro). A companhia apresentou receita e lucro por ação acima das projeções de mercado, graças a um bom aumento nas vendas de iPhones e da receita da linha de Serviços.

iPhone é destaque no resultado da Apple

No período, a empresa comandada por Tim Cook apresentou receita de US$ 94,036 bilhões, um valor 9,6% acima do reportado no mesmo trimestre do ano anterior.

Analisando por categoria, o iPhone segue sendo o principal produto da companhia, com receita de US$ 44,582 bilhões (47% do total), crescimento de 13,5% na comparação anual. A linha de Macs também reportou aumento nas vendas, totalizando US$ 8,046 bilhões (+14,8%). Outro vetor importante de crescimento da tese, a parte de Serviços terminou o trimestre com receita de US$ 27,423 bilhões, um valor 13,2% acima do apresentado um ano atrás.

Por outro lado, a linha de iPad e de Wearables e Acessórios reportaram quedas nas vendas, totalizando US$ 6,581 bilhões (-8,1% vs. 4T24) e US$ 7,404 bilhões (-8,6%), respectivamente.

Linha de serviços também ajudou resultado positivo

A maior participação da linha de Serviços no faturamento total — passando de 28,2% no 4T24 para 29,2% no trimestre atual — permitiu a companhia continuar mantendo sua alta lucratividade. O lucro bruto do período somou US$ 43,718 bilhões, ou 46,5% de margem, comparado com US$ 39,678 bilhões (+10,2%), o equivalente a 46,3% de margem ante o mesmo período do ano passado.

Aliado ao bom controle nas despesas operacionais, que teve um aumento de pouco mais de US$ 1 bilhão (+8,3% vs. 4T24), a empresa reportou um lucro operacional de US$ 28,031 bilhões, valor 10% maior do que um ano atrás.

E isso acabou chegando na linha final de resultado, com o lucro líquido da Apple totalizando US$ 23,434 bilhões, o equivalente a US$ 1,57 por ação, crescimento de 12,1% ante o mesmo trimestre de 2024.

Interessante notar que o bom momento nas vendas veio de todas as regiões que a empresa atua, mas ainda bem abaixo no seu mercado com maior potencial de crescimento.

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A Apple pelo mundo

Dentre os principais destaques, os maiores mercados da companhia hoje — Américas, com vendas de US$ 41,198 bilhões, e Europa, US$ 24,014 bilhões — apresentaram alta de quase 10% na comparação anual. Já o maior crescimento ficou por conta da região da Ásia-Pacífico (ex-Japão, China), com receita de US$ 7,673 bilhões (20% vs. 4T24), seguido do Japão (US$ 5,782 bilhões, +13,4%).

Por outro lado, as vendas na Grande China totalizaram US$ 15,369 bilhões, valor 4,3% maior do que o reportado no mesmo período do ano anterior, demonstrando uma certa dificuldade que a empresa vem enfrentando diante da maior competição com produtos locais.

Mas os investidores ficaram empolgados com a fala de Cook que enxerga um aumento na receita entre 10% e 12% no trimestre encerrado em dezembro (que engloba as festas de fim de ano), graças a um crescimento de pelo menos dois dígitos na venda de iPhones no período.

Isso porque a estimativa dos analistas apontavam para vendas de US$ 132 bilhões e lucro de US$ 2,53 por ação no 1T26. Mas considerando o ponto médio da estimativa anunciada pelo executivo, a receita deve ficar mais próxima dos US$ 138 bilhões no trimestre. Segundo Cook, isso se deu pela boa receptividade com o novo modelo do smartphone anunciado recentemente (iPhone 17).

Assim, a ação da Apple reagiu positivamente a essas notícias, subindo mais de 3% no pregão estendido. 

É hora de comprar ações AAPL34?

Apesar de não se tratar de uma ação “barata” em termos de múltiplos, negociando acima das 30 vezes seus lucros projetados para o próximo ano, entendo que o investidor deve ter uma exposição ainda que pequena a companhia (1% a 3% do portfólio), dada a qualidade do negócio e a sua participação no cotidiano de pessoas do mundo inteiro. Considerando que ainda devemos ver um “superciclo” de troca de aparelhos, prefiro ter uma exposição às ações AAPL34 do que ficar de fora.

Administrador pela Universidade Federal do Espírito Santo com pós-graduação em Operador de Mercado Financeiro pela FIA, Enzo Pacheco atua desde 2017 com análise de investimentos nos mercados internacionais. Hoje, é responsável pela série MoneyBets, voltada para os investidores brasileiros que querem expandir as fronteiras dos seus portfólios. Possui certificações CFA e CNPI.