
Itaú (ITUB4), Porto (PSSA3), Suzano (SUZB3) e Equatorial (EQTL3) são empresas de diferentes setores da economia, embora tenham uma característica em comum: ajudam a proteger e reduzir a volatilidade dos portfólios de renda variável, afirma a analista Larissa Quaresma, da Empiricus.
Apesar da característica defensiva, três dessas ações tiveram desempenhos muito acima do Ibovespa em 2025 até aqui: PSSA3 (+44%), EQTL3 (+37%) e ITUB4 (+33%).
Por outro lado, os papéis SUZB3 (-20%) recuaram significativamente desde o início do ano.
Itaú, Porto e Equatorial: o que esperar das ações?
A analista separou as quatro empresas em dois grupos para avaliar o potencial de alta de cada uma dessas ações: defensivo cíclico, caso da Suzano, e defensivo independente do ciclo, casos de Itaú, Porto e Equatorial.
Este último grupo está inserido em setores com características de demanda perene, que não sofrem muitas mudanças independentemente do cenário econômico.
“Não temos demanda cíclica para serviços financeiros, casos do Itaú e da Porto, nem para energia elétrica e saneamento básico, setor da Equatorial. São demandas que crescem junto com a população, com o PIB, e que têm baixa volatilidade”, disse.
Com a alta significativa dessas três ações recentemente, a analista vê pouca possibilidade de valorizações resultantes de expansão de múltiplos desses papéis. No entanto, como compounders clássicas da bolsa brasileira, as ações devem valorizar acompanhando o crescimento do lucro registrado pelas empresas.
“Estimamos que essas três empresas cresçam seus lucros entre 10% e 15% ao ano pelos próximos anos. São histórias de composição, de crescimento e de tempo”, disse.
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Suzano ajuda a proteger carteira dos ruídos domésticos
Por outro lado, a tese em Suzano é cíclica e altamente correlacionada ao preço da sua principal commodity.
“O preço da celulose deu uma recuada depois da guerra comercial, apesar de ainda estar melhor do que no ano passado. Mas é difícil saber o upside da ação, pois depende do comportamento da celulose”, afirmou.
No entanto, o papel é recomendado para atuar como uma proteção caso as previsões otimistas com a bolsa brasileira não se confirmem, já que é uma exportadora com resultados altamente correlacionados ao dólar.
“Gosto de ter na carteira porque a ação é o link com o dólar mais próximo que podemos ter ao comprar uma ação brasileira”, disse a analista, que completa:
“Se houver um cenário em que tudo dá errado no Brasil, é uma ação que deveria proteger bem o portfólio. Não é uma ação que busco muito upside, mas que ajuda a comprimir a volatilidade da carteira porque tende a ser inversamente correlacionada às demais”, concluiu.
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