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Assim como antecipado na prévia operacional, a Priner (PRNR3) divulgou resultados do terceiro trimestre de 2025 (3T25) ainda abaixo do seu potencial, com top-line pressionado pela desaceleração da UN Montagem Industrial (MI), parcialmente compensado por atividades de maior valor agregado nas outras verticais.
Como chegamos a comentar em nossa última atualização, a dinâmica setorial de MI tem sofrido com um número anormal de adiamento de projetos, que devem voltar a ganhar tração apenas no próximo ano.
Além disso, também houve redução de serviços nos setores sucroenergético e petroquímico, o que impactou a receita consolidada, que marcou R$ 359,1 milhões, queda de -0,8% para o já fraco 2T25.
Ainda assim, as aquisições e implantação de atividades com maior valor agregado ajudaram a melhorar o indicador de receita líquida per capita e contribuíram para uma retração de -9,2% dos custos com pessoal na comparação trimestral.
Como resultado, lucro bruto cresceu mesmo com a receita em queda, atingindo R$ 74,1 milhões com ganho de +0,8 p.p. de margem.
Na comparação trimestral, as despesas sobre a receita permaneceram praticamente estáveis, mesmo assim o ebitda cresceu +6,4%, para R$ 42,6 milhões, ajudado pela expansão do lucro bruto.
Mas é importante ressaltar que a margem ebitda de 11,9% apresentada está bem abaixo do potencial da companhia que, após a aquisição da Semep e a normalização da unidade de montagem, deveria ficar acima de 15%.
Lucro líquido e alavancagem
Por fim, com um resultado financeiro de -R$ 20,6 milhões (vs -R$ 20,8 milhões no 2T25), o lucro líquido atingiu R$ 3,1 milhões.
A alavancagem terminou o trimestre em 1,75x no fim do 3T25. Apesar de a aquisição da Semep levar esse número para mais próximo de 2,5x no 4T25, esperamos uma desalavancagem rápida nos trimestres seguintes, com o início das contribuições da própria Semep para os resultados e da retomada dos serviços da unidade de montagem.
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PRNR3: Recomendação de compra
O 3T25 não foi um trimestre inspirador, mas já estava nas contas do mercado, tanto que a reação após a divulgação dos resultados até foi positiva.
Olhando para 2026, esperamos uma recuperação importante do volume de serviços e uma maior previsibilidade de receita, o que deveria ajudar a trazer um re-rating para os papéis. Por menos de 4x valor de firma/ebitda, PRNR3 permanece entre as recomendações da Empiricus Research.