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Investimentos

‘Relógio Suíço’: Itaú (ITUB4) reafirma sua qualidade de execução e atende as elevadas expectativas no 2T25

Banco expande lucro líquido em 14% na visão anual e atinge ROE de 23,3%

Por Larissa Quaresma, CFA

07 ago 2025, 09:47

Atualizado em 07 ago 2025, 09:47

itau itub4 ações banco dividendos

Imagem: Wikimedia Commons

O Itaú (ITUB4), novamente, atendeu as elevadas expectativas para o seu resultado no 2T25. A companhia entregou um lucro líquido de R$ 11,5 bilhões no trimestre, em linha com a projeção média de mercado, o que representa expansão anual de 14%.

A rentabilidade cresceu, com retorno sobre patrimônio líquido (ROE) de 23,3%, +0,7 ponto percentual sequencialmente. Finalmente, o Itaú elevou seu guidance do ano, que sugere, agora, um lucro líquido 2,5% superior à projeção anterior, nas nossas estimativas. Mais uma vez, o banco prova sua qualidade de execução, especialmente em ambiente de juro elevado. 

Carteira de crédito do Itaú expande 1,3%

R$ 1,4 trilhão foi o tamanho da carteira de crédito ao final do 2T, expansão sequencial de 1,3%, ou +7,7% anualmente (excluindo variações cambiais). Cartão de crédito (+1,6% trimestralmente) e imobiliário (+2,1%) puxaram o desempenho. Destaque, também, para a carteira de Micro, Pequenas e Médias Empresas (+0,8%), impulsionada pelas originações em programas governamentais.

Tal crescimento resultou em um mix de carteira mais rentável, levando o spread médio das operações com clientes de 9,0% para 9,2% sequencialmente, na visão anualizada. Com isso, a margem financeira com clientes subiu 3% trimestralmente, ou +15% anualmente, para R$ 30,3 bilhões.

A inadimplência seguiu controlada, ao contrário do sistema financeiro como um todo. O índice de atrasos entre 15 a 90 dias caiu 0,1 p.p., para 1,7%; enquanto o índice superior a 90 dias ficou estável em 1,9%. A despesa de inadimplência foi de R$ 9,1 bilhões, o que representa 2,6% da carteira de crédito, estável na visão trimestral e 0,3 p.p. abaixo da leitura do 2T24. Vale notar que Bradesco e Santander tiveram performances piores nessa linha, em função de reforços de provisões para um grande cliente de atacado, no primeiro caso, e para o agro, no segundo.

A margem com o mercado, que reflete o resultado da tesouraria, foi de R$ 858 milhões, retração sequencial de 7%, ou de 39% anualmente. Esse foi um trimestre desafiador nessa linha para todo o setor, em função da abertura das curvas de juros e alta da Selic. Ainda assim, o Itaú performou melhor que os pares (Santander apresentou prejuízo de R$ 730 milhões).

Por sua vez, as receitas de serviços cresceram 3% anualmente, para R$ 13,7 bilhões, puxadas pela administração de recursos (+18%) e pelos seguros (+17%). 

Finalmente, as despesas operacionais cresceram 9,4% na visão anual, principalmente pelos investimentos em tecnologia (+23%), o que foi parcialmente compensado pela redução no quadro de agências do período.

Itaú (ITUB4) justifica valuation premiado e segue com recomendação de compra pela Empiricus

Na linha final, o banco entregou 14% de expansão anual no lucro líquido (R$ 11,5 bilhões), assim como expansão no ROE, de 23,3%.

Vale mencionar que a operação brasileira entregou rentabilidade ainda maior, de 24,4%. O banco ainda revisou para cima sua expectativa de crescimento da margem financeira no ano, enquanto aumentou a projeção de alíquota de imposto corporativo.

No saldo, isso resultou em uma elevação de 2,5% no lucro líquido estimado para o ano, agora de R$ 46,1 bilhão, nas nossas estimativas. Com metade do ano transcorrido e R$ 22,6 bilhões entregues até aqui, a companhia segue no rumo certo. 

Negociando a um P/L 2026 de 7,7x e a um preço/valor patrimonial de 1,9x, entendemos que o valuation premiado foi, novamente, justificado. Por isso, ITUB4 segue com recomendação de compra.

Analista de ações há 10 anos, é responsável pela série As Melhores Ações da Bolsa e pela carteira mensal Empiricus 10 Ideias, além de integrar a equipe da Carteira Empiricus, o portfólio multimercado da casa. Ao longo da carreira, teve passagens pela Núcleo Capital, tradicional fundo de ações brasileiro, e pelo Credit Suisse. Administradora formada pelo Ibmec-MG, aluna visitante da Stanford University e com certificações CFA, CNPI e CGA.